(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com -
Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por
Ricardo Santos; e ainda In Duarte, José, História do Jazz, 2ª. Edição, Editora
Sextante, Novembro de 2009)
Se Luís Villas-Boas é considerado o pai do Jazz em
Portugal, José Duarte é também uma figura proeminente e importante na
divulgação deste género musical no nosso País.
Estamos a passar, com o auxílio do “Youtube”, como é habitual,
algumas das músicas, consideradas obrigatórias pelo José Duarte e constantes
numa edição de três CD’s sobre o programa “Cinco Minutos de Jazz”, começado na
década de 60 (1966), no “Rádio Renascença”, depois na Rádio Comercial e mais
tarde na Antena 1, onde ainda hoje e há mais de 40 anos se divulga o improviso
na rádio do nosso país.
Ornette
Coleman (Fort Worth, Texas, EUA, 09-03-1930 – 20xx) - É um saxofonista e compositor de
Jazz norte-americano. Coleman é um dos grandes inovadores do movimento do “Free
Jazz” dos anos 50 e 60. Em 9 de Julho de 2009 recebeu o prestigiado “Miles Davis
Award”.
Ornette Coleman nasceu e cresceu em Forth Worth, Texas,
no sul dos Estados Unidos. Iniciou sua carreira tocando “Rhythm & Blues” e “Bebop”
em sax tenor. Procurando sair da sua terra natal, empregou-se no espectáculo
itinerante de variedades “Silas Green from New Orleans”. Uma noite, após um
espectáculo em Baton Rouge foi atacado por desconhecidos e o seu saxofone foi
destruído.
Mudou, então para o saxofone alto que se tornará o seu
instrumento principal. Juntou-se então à banda de “Pee Wee Crayton”, com quem
foi para Los Angeles. Aí teve vários empregos a par da actividade musical.
Desde o início da sua carreira que a forma de tocar de
Coleman era pouco ortodoxa. Seguia mais o seu ouvido do que o bem comportado
temperamento. O seu sentido de harmonia e progressão de acordes, muito menos
rígido do que o dos músicos de “Swing” ou “Bebop”, era flutuante e, por vezes,
apenas sugerido e não explícito. Muitos músicos de Los Angeles consideravam-no
desafinado e Coleman tinha dificuldades em encontrar outros músicos que
pensassem como ele. O pianista Paul Bley foi um dos seus seguidores desde o
início.
Em 1958 Coleman conduziu a sua primeira sessão de
gravação para o disco “Something Else: The Music Of Ornette Coleman”.
Participaram também o trompetista Don Cherry, o baterista Billy Higgins, o
baixista Don Payne e o pianista Walter Norris.
"Eventually" do álbum “The Shape Of Jazz To
Come”, de 22 de Maio de 1959 (*), com Ornette Coleman (saxophone alto), Don
Cherry (cornet), Charlie Haden (contrabaixo) e Billy Higgins (bateria).
O álbum “The Shape of Jazz to Come” é um dos influentes
de Ornette Coleman. Foi seu primeiro álbum para a “Atlantic Records”, que o lançou
em 1959. Foi um dos primeiros álbuns de “Avant Garde Jazz” já alguma vez
gravado. Foi gravado em 1959 pelo quarteto de Coleman. O álbum foi considerado
chocante na época, porque não tinha estrutura de acordes reconhecíveis e
incluiu improvisação simultânea pelos músicos num estilo muito mais livre do
que até ali se ouvira em jazz.
Grande avanço Coleman foi deixar de fora instrumentos
de corda. Cada selecção contém uma breve
melodia, assim como a melodia de uma música jazz típica, em seguida, alguns
minutos de improvisação livre, seguido de uma repetição do tema principal,
enquanto esta se assemelha a estrutura convencional de “Head-Solo-Head a
estrutura do “Bebop”. O uso de estruturas de acordes é abandonado.
(*) 1959
– Morre a intérprete Billie Holiday; Miles Davies grava “Kind Of Blues”; Fidel
de Castro assume o poder em Cuba; e Jean-Luc Godard realize “À Bout De
Souffle”.
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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!