Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Amizade é um metal precioso !

Pois é, há quanto anos nos conhecemos, já nem sei !
E há quantos anos temos uma sapateira por comer. Xiiiiii … sei lá !
Dedico-te este pequenino espaço, acho que o mereces.
Desejo-te as maiores felicidades, como escritora, e agora que tens um "ebook" espero que não fiques por aí. Vou lê-lo com toda atenção quando o conseguir descarregar.          
                
http://sentirpositivo.com/              
                                           

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!