Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 2 de julho de 2011

Jazz Standards (XXI)

Gostaria de salientar e após 20 semanas, aqui neste meu Blog O Pacto Português”, de « Jazz Standards », que isto não é um curso, mas sim, um prazer meu e de vos dar a ouvir outro tipo de música.
Apreciem-na sempre e de preferência, da que tem qualidade. A música é ainda das poucas coisas verdadeiras e universais.
A explicação abaixo, sobre o que é um “Jazz Standard” é importante para quem ler o meu Blog pela primeira vez, por isso a repito, todas as semanas.
 
Como vos disse já mais que uma vez, não sou músico, não sei música, sou simplesmente um melómano, interessada em ouvir sons com qualidade e diferentes das trivialidades que passam pela grande maioria da nossa rádio e televisão.             
                    
O que é um “Jazz Standard” ?            
                   
Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem ser muito variar muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:
“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.
… e …
Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.               
                  
Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.            
                   
(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)                
                    
(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)                  
                        
Indiana (Back Home Again in Indiana) (#41) – Música de James Hanley e Letra de Ballard MacDonald 
Carros velozes e Jazz não são, de maneira alguma, assuntos que se possam associar em muitas mentes; contudo, a composição “Indiana” é a favorita de ambos, os ouvintes de jazz e os apaixonados de carros. Para os aficionados do automobilismo reconhecem a canção, e identificam-na, como “Back Home Again in Indiana”, um dos destaques na abertura das cerimónias, das 500 milhas de Indianápolis, pela cortesia da voz inconfundível de Jim  Nabors. Os ouvintes de Jazz, por outro lado, é mais provável que digam que é “Indiana”, a favorita dos músicos de jazz e a base para outras numerosas composições, incluindo “No Figs” de Lennie Tristano e “Donna Lee” de Charlie Parker. O título oficial é simplesmente “Indiana”. “Back Home Again in Indiana” é a primeira linha do refrão.              
                 
Louis Armstrong (Nova Orleans, 04-08-1901 — New York, 06-07-1971) (Orchestra)                 
              
                 
                      
Scott Hamilton (Providence, Rhode Island, 12-09-1954 - 20xx) (quinteto) – Gravado nos “Sun West Studios”, Hollywood, Califórnia, em 8 de Novembro de 1977, com Scott Hamilton (saxophone tenor), Bill Berry (trompete), Nat Pierce (piano), Monty Budwig (contrabaixo) e Jake Hanna (bateria).                
                           
                     
               
                    
Ad Astra – Num video de Rita Aleman, “The Ad Astra Clarinet Quartet” executa “Back Home Again in Indiana”, em 2008, no “International Clarinet Association Convention”, em Kansas City.
Os músicos são: Stephanie Zelnick, da Universidade do Kansas, Jeff Pelischek, do “Hutchinson Community College”, Rachelle Goter, da “Friends University”, em Wichita, e Tod Kerstetter, da “Kansas State University”.                
                       
                       
                   
Indiana University's Straight No Chaser (1996 - 20xx) – O grupo Amador da “Indiana University” agora conhecidos como "Indiana University's Straight No Chaser" é composto de 10 a 12 graduados, cuja programação muda todos os anos.                
                    
              
                  
Letra (versão de Indiana University's Straight No Chaser)                
                 
Back home again in Indiana
And it seems that I can see
The gleaming candlelight, still shining bright
Thru the sycamores for me
The new mown hay sends all its fragrance
From the fields I used to roam
When I dream about the moonlight on the Wabash
Then I long for my Indiana home

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!