Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 30 de julho de 2011

Jazz Standards (XXV)

O que é um “Jazz Standard” ?              
                   
Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem variar em muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:
“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.
… e …
Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.
Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.      
                   
(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)             
                       
(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)                    
                         
Satin Doll (#45) – Música de Duke Ellington & Billy Strayhorn e Letra de Johnny Mercer  
No inícios de 1954, Duke Ellington deixou a “Columbia Records” para assinar com a “Capitol Records”, companhia que ele sentiu dar mais promoção à sua música. Em 6 de Abril desse ano, a banda gravou o seu primeiro disco para para a “Capitol”, produzindo “Satin Doll” “Without a Song,” e “Cocktails for Two”. “Satin Doll” com o solo de Duke ao piano, foi um sucesso modesto, entrando para as tabelas em Junho e subindo ao número 27.               
                   
Gerry Mulligan (Queens Village, Queens, New York, EUA, 06-04-1927 - 20-01-1996) (Quarteto) – Gravado em 1987, na Alemanha, para a estação de televisão “3 sat”. Com Gerry Mulligan (saxofone barítono), Bill Mays (piano), Dean Johnson (contrabaixo), Butch Miles (bateria).          
                      
             
                    
Ella Fitzgerald (Newport News, 25-04-1917 — Beverly Hills, 15-06-1996) – 4 de Setembro de 1956, com Ben Webster (saxofone tenor), Stuff Smith (violin), Paul Smith (piano); Barney Kessel (guitarra), Joe Mondragon (contrabaixo) e Alvin Stoller (bateria).                 
                       
                 
                      
Letra (versão de Ella Fitzgerald)               
                           
Cigarette holder which wigs me
Over his shoulder, he digs me.
Out cattin' that satin doll.
Baby, shall we go out skippin ?
Careful, amigo, you're flippin',
Speaks Latin that satin doll.
He's nobody's fool so I'm playing it cool as can be.
I'll give it a world but I ain't for no boy catching me,
Swich-e-rooney.
Telephone numbers well you know,
Doing my rhumbas with who know
And that'n my satin doll.
Telephone numbers well you know,
Doing my rhumbas with who know
And that'n my satin doll
And that'n my satin doll
And that'n my satin doll                 
                        
Duke Ellington (Washington, 29-04-1899 — New York, 24-05-1974) (Orchestra) – Em New York, 9 de Janeiro de 1962, com Ray Nance, Shorty Baker, Cat Anderson, Bill Berry, Ed Mullens (trompetes), Lawrence Brown, Leon Cox, Chuck Connors (trombones), Russell Procope, Johnny Hodges (saxofone alto), Paul Gonsalves (saxofone tenor), Jimmy Hamilton (clarinet e saxofone tenor), Harry Carney (bars), Duke Ellington (piano), Aaron Bell (contrabaixo), Sam Woodyard (bateria).               
                      
                     
                         
Nancy Wilson (Chillicothe, Ohio, EUA, 20-02-1937 - 20xx)           
                  
                  
                      
Letra (versão de Nancy Wilson)           
                  
Cigarette holder which wigs me
Over his shoulder, I know he digs me.
Out cattin' that satin doll.
Baby, shall we go out skippin ?
Careful, amigo, you're flippin',
Speaks Latin that satin doll.
He's nobody's fool so I'm playing it cool as can be.
I'll give it a try but I ain't for no guy catching me,
Swich-e-rooney.
Telephone numbers well you know,
I am doing my rhumbas with you know
And that'n my satin doll.
He's nobody's fool so I'm playing it cool as can be.
I'll give it a try but I ain't for no guy catching me,
Swich-e-rooney.
Telephone numbers well you know,
I am doing my rhumbas with you know
And that'n my satin doll
And that'n my satin doll

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!