Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
quinta-feira, 14 de junho de 2018
Entre-Aspas (14) Traz Outro Amigo Também
(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)
Músicas do CD Duplo “Os Filhos da Madrugada” editado em 27 de Abril de 1994, onde o Grande José Afonso, foi homenageado pelos artistas das principais bandas portuguesas. É também a minha homenagem a esta figura IMPORTANTÍSSIMA na vida musical portuguesa e no respeito que demonstrava e defendia pela liberdade de todos os cidadãos.
José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Aveiro, 02-08-1929 – Setúbal, 23-02-1987)
Desenho meu, feito a lápis de carvão, no ano de 1988, após a morte do Artista
Entre-Aspas (1990)
É a única versão que não existe no Youtube e que foi interpretada pelo grupo Entre Aspas. Ficaremos somente com a versão do José Afonso.
Amigo maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Em terras
Em todas as fronteiras
Seja benvindo quem vier por bem
Seja benvindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também
Aqueles
Aqueles que ficaram
Em toda a parte todo o mundo tem
Em toda a parte todo o mundo tem
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também
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Tão bom, recordar o grande Zeca Afonso.
ResponderEliminarAbraço
Faltam 7 publicações desta Homenagem ao nosso Zeca Afonso. Ainda vai passar por aqui muito boa música !
EliminarObrigado Elvira
Não me recordava dos "Entre-aspas" ! Também, porque durou pouco mais de 10 anos !
ResponderEliminarMas quanto a este tema do Zeca Afonso, eu sei que é difícil classificar, mas sinto que é um dos que mais sempre me apaixonou !
Abraço, Ricardo
Estou de acordo, é na realidade um dos temas mais conhecidos do Zeca e mais cantado. É uma canção que nos arrepia os pelos dos braços ! :)
EliminarObrigado Rui
Este tema faz-me recuar até à minha infância profunda.
ResponderEliminarGosto mesmo muito!
Um beijo amigo
(^^)
Este álbum é de 1970. Editado pela Orfeu (STAT 005 Estereofónico).
EliminarCompreio-o no dia 24 de Dezembro de 1977. É o meu vinil N.º 61 :) !
Nele consta um prefácio de Bernardo Santareno sobre o homem e compositor José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Zeca Afonso). Estávamos nos anos finais da ditadura, já com Marcelo Caetano no poder (Setembro 1968 a Abril 1974), e Santareno termina assim:
.... E o amor do povo, dos jovens, de todos aqueles que ainda não estão definitivamente contaminados, esclerosados, é, tenho a certeza! a recompensa e glória de José Afonso. Nem tudo está podre no reino da Dinamarca.
Obrigado Afrodite
Tantas vezes a cantei com amigos!!
ResponderEliminarAquele abraço, bfds
Fomos dois Pedro !
EliminarAbraço
Para o Zéca 'Afonso', todos os mimos,todas as homenagem!
ResponderEliminarE para si Ricardo, os meus parabéns, tem alma de artista no carvão e na sensibilidade!
Zéca sempre!
Merece muito respeito pela Boa Alma Portuguesa que ele é/era !
EliminarMuita gentileza tua em relação ao meu carvão.
Muito Obrigado mz
E ficamos muito bem. Grande tema. :)
ResponderEliminarÉ um grande tema na realidade !
EliminarObrigado Luísa
Gostei muito de ouvir. vou ouvir outra vez.
ResponderEliminar: )
Faz favor ! Podes ouvir as vezes que te apetecer !
EliminarObrigado Catarina
Meu caro Ricardamigo
ResponderEliminarINFORMAÇÃO
Como deixei escrito no final do quarto texto da saga É DIFÍCIL VIVER COM UM IRMÃO MONGÓLICO fiquei seriamente a pensar em terminar a sua publicação. Isto porque o primeiro episódio teve uma boa aceitação (52 comentários e correspondentes respostas), o segundo ficou-se pelos 20 e o terceiro ainda menos, 18…
O apelo para uma boa polémica só teve uma resposta. A da Nonamamiga.
Escuso de matutar mais no problema: fico-me por este último texto. Continuarei a escrever a saga mas para outra finalidade. Obrigado a todos os que me acompanharam e também a quem o não fez
Henrique
EliminarAbraço
É sempre um prazer ouvir esta canção que na minha adolescência sabia de cor.
ResponderEliminarObrigada pela partilha Ricardo
Muitos de nós a cantámos em situações diversas. Era uma canção que, como disse atrás, nos arrepiava os pelos do braço !
EliminarObrigado Manuela