Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Jazz Standards (XLVIII)

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)                 
                   
(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)                
                 
Summertime (#3) – Música de George Gershwin e letra de DuBose Heyward
Em 10 de Outubro de 1935, a ópera “Folk” norte-americana Porgy and Bess começou a sua exibição no “Teatro Alvin” em Nova York. Durante o acto de abertura Clara, retratado pela cantora / actriz Abbie Mitchell, ela cantou "Summertime", como uma canção de adormecer o seu bebê.
Outros membros do elenco original, da ópera “Porgy and Bess” incluíam: Todd Duncan; Anne Brown; Warren Coleman; John W. Bubbles; e Ruby Elzy. Além de "Summertime", haviam mais de 50 músicas, incluindo, "My Man 's Gone Now", "I Got Plenty' Nuttin 'o", "Bess, You Is My Woman", " It Ain’t Necessarily So" e "I Loves You, Porgy ".             
                   
Um pouco sobre a ópera “Porgy and Bess” de Gershwin…           
                          
Porgy and Bess é uma ópera, estreada em 1935, com música de George Gershwin, “libreto” de DuBose Heyward e  letras de DuBose Heyward  e de Ira Gershwin. Foi baseada no romance de DuBose Heyward de “Porgy”, e subsequente peça de teatro, que ele co-escreveu com sua esposa Dorothy Heyward. Todos as três obras, novela, peça e ópera, lidam com a vida Afro-Americanas a vida na fictícia Catfish Row (nas redondezas de Cabbage Row), em Charleston, Carolina do Sul, no início de 1920.
Originalmente concebida por George Gershwin como uma "ópera popular americana", “Porgy and Bess” estreou em Nova York no Outono de 1935 e contou com um elenco inteiro de formação clássica de cantores Afro-Americanos, uma escolha artística, ousada para a época. Gershwin escolheu o músico Afro-Americano Eva Jessye, como directora do coro para a ópera.             
                    
Harolyn Blackwell (23-11-1955 - 20xx) – Soprano famoso nos anos 80, em óperas e musicais nos Estados Unidos. Aqui com a “The London Philharmonic” dirigida por Sir Simon Rattle e com “The Glyndebourne Chorus”.               
                      
                  
                          
Letra (versão para todos)            
                 
Summertime,
And the livin' is easy
Fish are jumpin'
And the cotton is high
Your daddy's rich
And your mamma's good lookin'
So hush little baby
Don't you cry
One of these mornings
You're going to rise up singing
Then you'll spread your wings
And you'll take to the sky
But till that morning
There's a'nothing can harm you
With daddy and mamma standing by               
                          
Ella Fitzgerald (Newport News, 25-04-1917 — Beverly Hills, 15-06-1996) & Louis Armstrong (Nova Orleans, 04-08-1901 — New York, 06-07-1971) – Esta é talvez uma das melhores versões, excluindo as de ária de ópera.
                    
                
                        
Sarah Vaughan (Newark, 27-03-1924 — Los Angeles, 03-04-1990) - Com a orquestra de Hal Mooney, em 1957.                 
                  
                   
                        
Oscar Peterson (Montreal, 15-08-1925 - 23-12-2007) Trio - A faixa 3 do álbum “Plays Porgy & Bess”, de 1959, com  Oscar Peterson (piano), Ray Brown (contrabaixo) e Ed Thigpen (bateria).                 
                     

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!