Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 13 de julho de 2013

Jazz Standards (XCVI)

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)      
        
(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)       
             
Here’s That Rainy Day (#100) - Música de Jimmy Van Heusen e Letra de Johnny Burke
Dolores Gray apresentou, pela primeira vez, "Here’s That Rainy Day" no musical da Broadway, “Carnaval in Flandres”, que foi estreado em 8 de Setembro de 1953, no “New Century Theatre”.
O musical “Carnaval in Flandres” foi baseado no filme de 1935, da comédia francesa, “La Kermesse Heroique”, que ganhou vários prémios de melhor filme estrangeiro. Apesar do sucesso do material de origem, um sucesso de Jimmy Van Heusen e de Johnny Burke, e um elenco que ostentava John Raitt, a produção necessitou de se esforçar para que tudo batesse certo.
O director veterano Preston Sturges foi contratado para salvar a peça três semanas antes, da sua estreia na Broadway, mas a tentativa de e o esforço de última hora não foi suficiente, e o espectáculo fechou com apenas seis exibições. “Carnaval in Flandres”, embora com todo o seu pouco tempo de existência, deixou a sua marca na Broadway.
A dupla Van Heusen/Burke pontuou e gerou uma composição “standard” de jazz e de topo com "Here’s That Rainy Day", e Dolores Gray que contracenou com John Raitt, ganhou um prémio Tony, no papel de actriz principal.       
              
Kenny Burrel (Detroit, Michigan, EUA, 31-07-1931 - 20xx) – A formação aqui são: Kenny Burrell (guitarra); Will Davis (piano); Martin Rivera (contrabaixo); Bill English (bateria) e Ray Barretto (percussão). Gravado nos “Rudy Van Gelder Studio”, Englewood Cliffs, New Jersey, em 7 de Abril de 1964, para a editora Prestige (PR 7315) e para o álbum “Soul Call”.    
             
                
                
Bill Evans (Plainfield, EUA, 16-08-1929 — New York, EUA, 15-09-1980) – Em New Yoork, Outubro de 1968, para a editora “Verve” e para o álbum “Alone”.       
            
           
              
Nat King Cole (Montegomery, EUA, 17-03-1919 — Santa Monica, EUA, 15-02-1965)    
               
             
                 
Barbra Streisand (Itta Bena, Mississippi, EUA, 16-09-1925 - 20xx) – Do álbum “Love Is the Answer”, de 2009.           
              
            
                
Letra           
            
Maybe I should have saved
Those leftover dreams
Funny
But here's that rainy day
Here's that rainy day
They told me about
And I laughed at the thought
That it might turn out this way
Where is that worn out wish
That I threw aside
After it brought my love so near
Funny how love becomes
A cold rainy day
Funny
That rainy day is here
It's funny
How love becomes
A cold rainy day
Funny
That rainy day is here         
               
Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos)

Zé Chunga



Gira-Discos (XLV)


(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)        
               
Marvin Gaye (Washington, EUA, 02-04-1939 – Los Angels, EUA, 01-04-1984) – Nascido Marvin Pentz Gay, Jr., foi um cantor popular de Soul e R&B, orquestrador, multi-instrumentista, compositor e produtor. Ganhou fama internacional durante os anos 60 e 70 como um artista da editora “Tamla Motown”.
O início da carreira do cantor foi em 1961, na “Tamla Motown”, onde Gaye rapidamente se tornaria o principal cantor da gravadora e teria numerosos sucessos durante os anos sessenta, entre os quais "Stubborn Kind of Fellow", "How Sweet It Is (To Be Loved By You)", "I Heard It Through the Grapevine" e vários duetos com Tammi Terrell, incluindo "Ain't No Mountain High Enough" e "You're All I Need to Get By", antes de mudar sua própria forma de se expressar musicalmente. Gaye é importante pela sua luta por produzir os seus sucessos, mas criativamente restritivo - no processo de gravação da Motown, intérpretes, compositores e produtores eram geralmente mantidos em áreas separadas.
…      
           
"I Heard It Through The Grapevine”, composta por Norman Whitfield e Barrett Strong, em 1966. Aqui numa versão ao vivo no Festival de Montreux (Canadá), em 1980.       
                  
           
             
I Heard It Through The Grapevine by Marvin Gaye
Ooh, I bet you're wondering how I knew
About you plans to make me blue
With some other guy that you knew before.
Between the two of us guys
You know I love you more.
It took me by surprise I must say,
When I found out yesterday.
Don't you know that...
I heard it through the grapevine
Not much longer would you be mine.
Oh I heard it through the grapevine,
Oh and I'm just about to lose my mind.
Honey, honey yeah.
I know that a man ain't supposed to cry,
But these tears I can't hold inside.
Losin' you would end my life you see,
'Cause you mean that much to me.
You could have told me yourself
That you love someone else.
Instead...
People say believe half of what you see,
Son, and none of what you hear.
I can't help bein' confused
If it's true please tell me dear?
Do you plan to let me go
For the other guy you loved before?
Don't you know...
Honey Honey I know
That you're letting me go
said, "I heard it through the grapvine"
Heard it theought the grapevine......      
               
"I Want You”, composta por Arthur "T-Boy" Ross e Leon Ware, em 1976. Aqui ao vivo em 1981.        
           

Estádio da Luz (1954-2003)

Lisboa é a minha cidade, onde nasci, cresci e de onde hei-de partir.
Deixo-vos algumas fotos antigas, da cidade ainda inteira, não destruída, como tem sido, pela sociedade moderna, ou por aqueles que só tem interesse em dinheiro e poder, e ignoram pura e simplesmente a cultura, a tradição e a história de uma urbe. Uma das mais antigas da Europa.

(O documento em "Powerpoint" onde estas fotos existiam, tinha o nome de FCosta como sendo o seu autor. Não sei sequer se essa pessoa é o dono das mesmas. São fotos da maravilhosa cidade de Lisboa. Vou passar aqui algumas fotos que esse documento continha para mostrar a minha cidade há mais de 50 anos.)       
            
O Estádio da Luz foi um estádio multi-usos situado em Lisboa, Portugal, utilizado pelo clube “Sport Lisboa e Benfica” entre 1954 e 2003. Foi inaugurado, simbolicamente, a 1 de dezembro de 1954 e tinha uma capacidade aproximada para 120.000 pessoas, sendo na altura o maior estádio da Europa e o terceiro maior do Mundo. A demolição do estádio iniciou-se em 2002 para dar lugar ao novo Estádio da Luz, construído imediatamente a sudoeste do antigo.


José Pissarra – Hino do Benfica       
               

As aves no Rio Tejo

Excelente documentário sobre as aves do Rio Tejo e Lisboa         
              

sábado, 6 de julho de 2013

Os Festivais das Canções (1965)


(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Vou andar por aqui a mostrar um pouco da música dos Festivais da Canção, o da RTP e o da Eurovisão. Ouvirão e verão, sempre que haja vídeo no Youtube , os três primeiros lugares de cada um deles.   
        
Euro Festival 1965, em 20 de Março, Nápoles (Itália).           
            
1º. France Gall (09-10-1947) - Poupée de cire         
             
            
               
2º. Kathy Kirby (20-10-1938 – 19-05-2011) – I belong        
             
          
             
3º. Guy Mardel (30-06-1944) - N'avoue jamais             
                 
             
              
Festival RTP da Canção de 1965, a 6 de Fevereiro, nos estúdios da Tóbis Portuguesa, em Lisboa.             
              
1º. Simone de Oliveira (11-02-1938) – Sol de Inverno          
                
           
                
2º. Artur Garcia (15-04-1037) - Amor             
               
         
                
3º. Madalena Iglésias (24-10-1939) – Silêncio entre Nós         
               

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Lisboa (I) - Largo Dona Estefânia

Lisboa (I) - Largo Dona Estefânia (reposição do Blog “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades”)

O Largo de Dona Estefânia está localizado na freguesia de São Jorge de Arroios, em Lisboa. O Largo de Dona Estefânia encontra-se a meio da extensão da Rua de Dona Estefânia e próximo do Hospital de Dona Estefânia. Nele desembocam, a já referida rua de Dona Estefânia que o atravessa, a Rua Almirante Barroso, a Avenida Casal Ribeiro, e a Rua Pascoal de Melo.
O topónimo homenageia Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, rainha consorte, mulher de D. Pedro V.
Dona Estefânia Josefa Frederica Guilhermina Antónia de Hohenzollern-Sigmaringen (Krauchenwies, 15 de Julho de 1837 – Lisboa, 17 de Julho de 1859) foi a rainha consorte de D. Pedro V de Portugal. O seu nome completo, em alemão, era Josepha Friederike Wilhelmine Antónia von Hohenzollern-Sigmaringen. Nascida no Castelo de Krauchenwies, Estefânia era a filha mais velha de Carlos António, príncipe de Hohenzollern e da princesa Josefina de Baden. Teve cinco irmãos, entre os quais estavam aquele que viria a ser o primeiro rei da Roménia, da dinastia Hohenzollern, Carlos I, e a mãe de Alberto I da Bélgica, Maria Luísa, a condessa de Flandres. Recebeu, naturalmente, educação católica. A estátua de Neptuno (Deus Romano dos Mares) que ornamenta a fonte no centro do largo já esteve anteriormente no centro da Praça do Chile e é originária do antigo Chafariz do Loreto, que se ergueu no Largo do Chiado entre 1771 e 1853.

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

O tema escolhido para ilustrar musicalmente estas fotografias é o fabuloso tema de António Pinho Vargas, “Uma Já Antiga”, do álbum “Outros Lugares” de 1989, com a presença de APV (piano e sintetizadores), José Nogueira (saxofones alto e soprano, e clarinete baixo), Mário Barreiros (bateria, guitarra e percussão), Pedro Barreiros (baixo) e Artur Guedes (contrabaixo).


António Pinho Vargas (1951-20xx) – Nascido em Agosto em Vila Nova de Gaia, tem uma carreira musical longa e rica de experiências. Funda em 1970, a “Associação de Música Conceptual, conjuntamente com Carlos Zíngaro e Jorge Lima Barreto. Licenciado em História pela Faculdade de Letras do Porto, enfrenta alguns anos de dificuldade pessoal por querer ser músico de “jazz”. Malpertuis, Bambu, Faces, Fora de Moda, Ritual, são álbuns de outros músicos com quem participa. Em 1983 estreia-se com o álbum “Outros Lugares”. Depois não pára e compõe e edita outros álbuns, tais como: Cores e Aromas; As Folhas Novas mudam de Cor; Os Jogos do Mundo; Selos e Borboletas. No teatro e cinema, com bandas sonoras: “Hamlet”; Tempos Difíceis; Aqui na Terra, Cinco Dias, Cinco Noites. Também música erudita e ópera, com “Os Dias Levantados”.

E nunca mais parávamos de falar de APV, este excelente compositor e intérprete que é mais uma pérola do tão abandonado panorama musical português.