Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 25 de novembro de 2017

Jazz Standards (167)

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

Squeeze Me (#171) - Música de Fats Waller e Letra de Clarence Williams
Uma gravação obscura de 1925 pelo clarinetista Buster Bailey, é a estreia pública de "Squeeze Me", mas mais duas gravações nesse ano, provavelmente, teriam mais a ver com o estabelecimento da popularidade da melodia.
Em meados da década de 1920, o centro da indústria de gravação era Nova York, embora um segundo lugar muito forte, a cena musical vital e as empresas ficassem em Chicago. No entanto, as grandes empresas de gravação de New York, perceberam que havia talento para ser encontrado fora da “Big Apple” e “Windy City” e começaram a enviar escuteiros por todo o país, para encontrar novos artistas. Consequentemente, cidades como Atlanta, Saint Louis e New Orleans que não possuíam instalações de gravação foram visitadas por unidades de gravação portátil. A “Columbia Records”, numa visita a New Orleans em Setembro de 1925, gravou o popular grupo de jazz local, “The Halfway House Orchestra”, liderado pelo cornetista Abbie Brunies. Esta banda de Brunies fez a primeira importante gravação de "Squeeze Me" como instrumental.

Diana Krall (Nanaimo, Canadá, 16-11-1964) – álbum “Only Trust Your Heart” de 1995


Fats Waller (New York, EUA, 21-05-1904 - Kansas, EUA, 15-12-1943)


Peggy Lee (Jamestown, North Dakota, EUA, 26-05-1920 – Bel Air, California, EUA, 21-01-2002) – do álbum "Peggy Lee Sings The Blues".


Jimmy Smith (Norristown, Pennsylvania, EUA, 08-12-1925 - Scottsdale, Arizona, EUA, 08-02-2005) – do álbum “Jimmy Smith Plays Fats Waller” de 1962, com Jimmy Smith (teclas), Quentin Warren (guitarra) e Donald Bailey (bateria).


Letra

Want you to know I go for your squeezin'
Want you to know it really is pleasin'
Want you to know I ain't for no teasin'
Treat me sweet and gentle when you say goodnight
Just squeeze me but please don't tease me
I get sentimental when you hold me tight
Just squeeze me but please don't tease me
Missing you since you went away
Singing the blues away each day
Counting the rights and waiting for you
I'm in the mood to let you know
I never knew I loved you so
Please say you love me too
When I get this feelin' I'm in ecstasy
So squeeze me but please don't tease me
Treat me sweet and gentle when you say goodnight
Just squeeze me but please don't tease me
I get sentimental when you hold me tight
Just squeeze me but please don't tease me
Missing you since you went away
Singing the blues away each day
Counting the rights and waiting for you
I'm in the mood to let you know
I never knew I loved you so
Please say you love me too
When I get this feelin' I'm in ecstasy
So squeeze me but please don't tease me

Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos).

12 comentários:

  1. Uma agradável descoberta nesta minha primeira visita a este blog. A voz inconfundível de Diana Krall e de outros grandes vultos do jazz.
    Abraço.

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    1. Bem vindo Jaime. Penso que é o teu primeiro comentário aqui em minha casa. Aqui música, há sempre !!! ... e jazz muito !!!
      Para mim é boa, para os outros também penso que sim, principalmente porque vem comentar !
      Abraço

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  2. Sou fã de Diana Krall! Mas a menina Peggy Lee conquistou-me.

    Beijinhos e boa semana.

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    1. Pois de vez em quando vale a pena ouvir os mais antigos. Peggy Lee muita qualidade, mesmo !!!
      Obrigado mz

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  3. Ah... Tenho que me demorar neste post. Se calhar vou abri-lo numa janela à parte para ir ouvindo enquanto sigo pelos anteriores. :)

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    1. Luísa senta-te, a casa é também tua !
      Tenho uns bons cadeirões espalhados por aí.
      Obrigado

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  4. Sou da mesma opinião que mz, apesar de ser fã da Diana, a voz de Peggy é a minha preferida na interpretação deste bonito tema.
    Com a letra esta música ainda se torna mais bonito!

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    1. Eu também gosto muito da versão da Peggy Lee que penso aqui ser mais convincente que a da Diana Krall. A versão instrumental é a de Jimmy Smith com aquele orgão dos anos 60 !
      Obrigado Manuela

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  5. Não consigo escolher um/a
    Vou ouvir todas, ponto final.
    Aquele abraço, boa semana

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  6. Boa tarde, partilha para recordar a beleza do JAZZ, musica que se aprende a gostar.
    Boa semana,
    AG

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    1. Na realidade António, o Jazz é como dizes algo de que se aprende a gostar !
      Obrigado

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!