Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
terça-feira, 7 de novembro de 2017
Avô e Neto - Interacção Humorística (166)
Em 15-07-2012.
Obrigado.
Avô e Neto
O avô conta ao seu neto João
as grandes mudanças que aconteceram na sociedade, desde a sua juventude até
agora...
“Sabes, João, quando eu era
pequeno, a minha mãe dava-me dez escudos, e com isso mandava-me à mercearia da
esquina. Eu voltava para casa, com um pacote de manteiga, dois litros de leite,
um saco de batatas, um queijo, um pacote de açúcar, um pão e uma dúzia de ovos..!"
E o João respondeu-lhe:
“Mas avô, na tua época não
haviam câmaras de vigilância?”
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Esta contava-se com ciganos :)))
ResponderEliminarAquele abraço
Pois acho que ouvi essa versão Amigo Pedro ! :)
EliminarAbraço
Pois é...
ResponderEliminar...hoje em dia €.,.5 nem dá para uma pastilha elástica... LOL
:)
Verdade ! Tudo se inflacionou com o malvado Euro que deveria ser ECU :)))... que seria um nome muito mais interessante e conveniente ao humor português !
EliminarObrigado Filhos do Desespero
As câmaras de vigilância da época era o arremesso do que estava à mão... :)
ResponderEliminar...e agora lembrei-me da célebre frase do cinema português "Ó Evaristo, tens cá disto?"
Beijinho.
Pois outros tempos outras histórias... mas o puto até esteve bem ! :))
EliminarObrigado mz
Bom Lembra-me que quando o meu filho tinha uns cinco anos o levei ao sítio onde nasci e lhe falei da minha infância, numa barraca de madeira, debaixo daquele pinheiro manso. Sem água, sem luz elétrica, sem radio, nem tv, nem telefone, frigoríficos etc. Uns dias depois, já deitado, preparava-me para começar a ler-lhe a história do Pedro e o Lobo, quando ele se volta para mim e diz:
ResponderEliminar- Essa não mãe. Conta aquela de viveres numa barraca sem luz, sem rádio e TV. Aquela que contaste lá ao pé do pinheiro.
Para ele que tinha tudo aquilo em casa desde que nascera, o que lhe dissera, não passou de uma história.
Um abraço
Obrigado Elvira pela história verídica com o teu filho ! :)
EliminarO teu porta-chaves trago-lo comigo todos os dias. Gostei imenso !
Abraço
Antes de mais deixa-me dizer que amei a imagem! Quanta beleza há nessa doce partilha, da contemplação do lago, entre avô e neto! Lindo.
ResponderEliminarPois...apenas com uma geração de permeio, mas todo um mundo de diferenças.:) Gostei da anedota, que poderia não ser...
Obrigada pelo sorriso! :)
É uma imagem muito terna e feliz, tens toda a razão. A anedota, com a esperteza e argúcia das crianças de hoje em dia, até poderia ser verdade, quem sabe se já não foi !?
EliminarObrigado Janita
eheheh... Realmente,... só roubado !!! :)
ResponderEliminarMas olha que eu, por volta dos 10 anos comi a refeição mais cara que se possa imaginar. Tinha uma "tia rica" no Brasil que veio a Portugal e a nossa casa e tinha pedido para a minha mãe fazer uma tripalhada sem olhar a dinheiro (ela pagaria) e com tudo o que fosse bom (e caro !). Éramos 10 e a minha mãe esmerou-se e ia anotando tudo que comprou ! Feitas as contas eram quase 200 escudos = 1 Euro, ou seja, 10 cêntimos por pessoa !!! Uma pequena fortuna, podem crer !!!
:))
Mais uma história Rui e essa tem o seu quê de engraçada, de financeira e real. Tudo se complicou com o Euro como já disse. A bica custava 50$00 e passou a custar mais de 100$00 (0,60€ no mínimo !!!)
EliminarAbraço e Obrigado
avô e neto, ambos com a paciência que permite a contemplação !!!
ResponderEliminarbonito Ricardo :)
Angela
Obrigado Ângela, Abraço
Eliminar
ResponderEliminarPuto esperto... mas ao mesmo tempo com uma candura bem própria da idade.
As sociedades e a tecnologia estão a evoluir a um ritmo alucinante... pena que não se esteja também a evoluir... em humanidade.
Beijinhos roubados à socapa
(^^)
Essa tua afirmação é muito correcta Afrodite. A miudagem hoje tem respostas de adulto e que nos deixam perplexos com a sua destreza linguística ! Os miúdos estão a evoluir a olhos vistos, nesta sociedade difícil que tem coisas tão boas, mas como sempre tem infelizmente perigos que é preciso cuidar, principalmente perigos que podem afectar os mais novitos !
EliminarObrigado e Abraço... só vou enviar beijos no dia dos meus anos ! ;)
Bom dia, de certeza que o João não tem conhecimento da dificuldade com que se vivia na infância do Avô, ainda bem!.
ResponderEliminarAG
Pois é verdade, mas o João era esperto e ladino !
EliminarObrigado António
Hoje as crianças parece que já nascem ensinadas. Quando é que na nossa infância sabíamos o que eram câmaras de vigilância?
ResponderEliminarAdorei a imagem que escolheste para ilustrar este post.
É isso mesmo Manuela, sem tirar nem pôr. A imagem já vinha com a anedota, quando a recebi. Não é da minha escolha ! :)
EliminarObrigado
Fantástico!
ResponderEliminarEstá com imensa piada, sim!
EliminarObrigado Maria
No tempo do avô não haviam câmaras de vigilância.
ResponderEliminarEu não sei o que são câmaras de vigilância?
Quanto ganhava o pai ou a mãe do avô, no tempo em que se podia comprar tanta coisa por dez escudos???
Bom domingo, Ricardo.
A anedota tem muita graça !
EliminarObrigado Teresa
Olá Ricardo
ResponderEliminarsaudade de ti!
E muito bom encontrar seu lado humorístico que sempre me agrada.
Se tivesse só a foto do avô com o neto já acharia excelente,mas ainda com prosa dos dois fiou especial, maravilha de raciocínio desse 'miúdo' como vocês dizem. E eu gosto muiito dessa expressão.
Abraços e vamos nos vendo,ok?
Também já tinha saudades tuas. espero que esteja tudo bem contigo. A anedota é muito engraçada, e a foto muito terna !
EliminarMiúdo = Garoto = Pirralho = Criança
Obrigado Lis