Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
domingo, 8 de novembro de 2015
Jazz Standards (CXLVI)
(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)
(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)
Gee Baby Ain't I Good to You (#150) - Música de Don Redman e Letra de Andy Razaf
O talentoso saxofonista, orquestrador, chefe de orquestra e vocalista Don Redman apresenta a composição em 1929 numa gravação para a Victor Records com os “McKinney’s Cotton Pickers”. Quatorze anos depois, com uma ligeira reescrita da letra, por Andy Razaf, Nat "King" Cole trouxe a música de volta para a ribalta. A versão de Cole foi a sua quarta gravação que chegou às tabelas de venda:
Nat "King" Cole Trio (1944, vocal, Nº. 15)
Redman foi responsável por integrar a abordagem rítmica de Louis Armstrong nos seus arranjos para a orquestra de Fletcher Henderson durante os meados de 1920. Em 1927, ele foi assediado de longe por Henderson e juntou-se aos “McKinney’s Cotton Pickers”, a banda da casa no Ballroom Greystone em Detroit. Durante a sua estadia com McKinney, ele escreveu e gravou as suas três melodias, mais conhecidas: “Gee Baby Ain't I Good to You” “Cherry,” and “Save it Pretty Mama. Esta última composição foi gravada, enquanto convidado da banda de Louis Armstrong, em Chicago, decorria o mês Ddezembro do ano de 1928.
Ella Fitzgerald (Newport News, EUA, 25-04-1917 — Beverly Hills, EUA, 15-06-1996) e Joe Pass (New Brunswick, New Jersey, EUA, 13-01-1929 – Los Angeles, California, EUA, 23-05-1994) na guitarra
Diana Krall (Nanaimo, Canadá, 16-11-1964 - 20xx) – No Festival de Jazz de Montreal (Canadá), em 1996.
Billie Holiday (Filadélfia, EUA, 07-04-1915 — New York, EUA, 17-07-1959) – com a sua orquestra, para a Verve Records em 1957, a 9 de Janeiro, na cidade de Los Angels. Os músicos são: Harry Edison (trompete); Ben Webster (saxofone tenor); Jimmy Rowles (piano); Barney Kessel (guitarra); Red Mitchell (contrabaixo); e Larry Bunker (bateria).
Peggy Lee (Jamestown, North Dakota, EUA, 26-05-1920 – Bel Air, California, EUA, 21-01-2002) – com Lou Levy (piano), Bill Pitman (guitarra), Buddy Clark (contrabaixo) e Larry Bunker (bateria/vibrafone).
Letra
Love makes me treat you the way that I do
Baby, ain't I good to you
Nothing in this world too good for a girl so good and true
Whoa, baby, ain't I good to you
I bought you a fur coat for Christmas
And a diamond ring, yes I did
And a big Cadillac car, and everything
What makes me treat you the way that I do
It must be love baby
That's why I'm so good to you
I bought you a fur coat for Christmas
And a diamond ring,
And a great big Eldorado, and everything
It must be love that makes me treat you the way that I do
Gee,
Baby ain't I good to you
Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos).
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Todas elas, grandes vozes! Extraordinárias!
ResponderEliminarA melhor maneira de ouvir uma determinada canção é ouvir várias vozes a cantar uma versão dessa mesma composição.
EliminarObrigado Catarina
Como é que Diana Krall se consegue intrometer com toda a naturalidade e justiça entre aqueles monstros sagrados???
ResponderEliminarAquele abraço, boa semana
A Diana Krall é talvez uma das últimas grandes vozes do Jazz, que acumula a voz ao piano, onde se comporta razoavelmente, uma Nina Simone contemporânea !
EliminarObrigado Pedro
ResponderEliminarEsta coisa dos "standards" sempre me fez confusão por causa da questão da letra e para quem ela é escrita.
Eu explico:
Em casos (como este) em que a letra é escrita para ser cantada por alguém do sexo masculino, fica depois caricato ver alguém do sexo oposto a cantar a mesma letra. (ou vice versa)
E logo escolheste as quatro versões todas de mulheres!
Na versão da Peggy Lee, ela resolveu facilmente o problema do seu género trocando alguns detalhes da letra... é que oferecer um casaco de peles ou um relógio de pulso... faz toda a diferença!
:D
Standard kisses
(^^)
A Diana Krall tem uma versão da "Garota de Ipanema" que alterou e passou a ser The Boy from Ipanema
EliminarNo fundo aquilo que fez a Peggy Lee nesta canção. Por isso as letras estão muitas vezes "adulteradas" no bom sentido e adaptadas à caontora ou ao cantor.
Obrigado Afrodite
Todas as vozes interessante, mas destaco a primeira.
ResponderEliminarContudo, nada como a de Nat King Cole (e fui ouvi-la).
Beijinho
Fazes bem diversificar. Quantos mais ouvires mais gostas de fugir à rotina. Precisamos ouvir outras versões para podermos sentir-mo.nos bem em aprender a ouvir outras coisas !
EliminarObrigado Maria
Todas as versões são muito boas, mas a minha preferência vai para a 1ª.
ResponderEliminarVozes poderosas!!! E a canção é um mimo.
Beijinhos, Ricardo do Jazz....
Eu sempre gostei muito da Billie Holiday. Mas todas elas são boas dentro do timbre de voz de cada uma destas grandes Senhoras do Jazz !
EliminarObrigado Graça
Ah, a Peggy Lee!
ResponderEliminarBeijinhos, Ricardo. :)
Muito Bom a Peggy Lee sim !
EliminarObrigado Maria