Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
quarta-feira, 13 de maio de 2015
Jazz Standards (CXXXVIII)
(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)
(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)
Sweet and Lovely (#142) - Música e Letra de Gus Arnheim, Charles N. Daniels e Harry Tobias
A orquestra de Gus Arnheim foi a banda de dança mais popular na Costa Oeste, no final dos anos 20 e início dos anos 30, e eles eram a banda da elegante “boite” (termo antigo usado nos anos 60 e 70 e equivalente à actual “discoteca”) “Cocoanut Grove”, em Los Angeles. As honras vocais eram do vocalista Donald Novis, e a versão deste “standard” de Gus Arnheim, "Sweet and Lovely", teve um lugar privilegiado nas tabelas de vendas, por 14 semanas em 1931, foi número um.
Gus Arnheim e a sua orquestra (1931, Donald Novis, vocal, Nº.1);
Guy Lombardo e “His Royal Canadians” (1931, Nº. 2);
Bing Crosby (1931, vocal, Nº. 9);
Ben Bernie e a sua orquestra (1931, Nº. 12);
Russ Columbo (1931, vocal, Nº. 19); e
Bing Crosby (1944, Nº. 27).
Em "Sweet and Lovely", Harry Tobias foi o letrista. Segundo, Gus Arnheim era um chefe de banda e astuto empresário - não era um compositor. Por isso, o compositor da melodia foi Charles N. Daniels. Mas na partitura original ele aparece sob um de seus pseudónimos, "Jules Lemare", embora tivesse outro, "Neil Moret".
Mary Stallings (San Francisco, California, EUA, 16-08-1939 - 20xx) – O Trio de Mary Stallings (vocal), com Michael Bluestein (piano), Geoff Brennan (contrabaixo) e Babatunde Lea (bateria).
Ella Fitzgerald (Newport News, EUA, 25-04-1917 — Beverly Hills, EUA, 15-06-1996)
Thelonious Monk (Rocky Mount, EUA, 10-10-1917 — Weehawken, New Jersey, EUA, 17-02-1982) – do álbum “Solo Monk”, Los Angeles, 31 de Outubro de 1964.
Bryan Ferry (Washington, County Durham, Inglaterra, 26-09-1945 - 20xx) – do álbum “As Time Goes By” de 1999.
Letra
Sweet and lovely
Sweeter than the roses in May
Sweet and lovely
Heaven must have sent him my way
Skies above me
Never were as blue as his eyes
And he loves me
Who would want a sweeter surprise?
When he nestles in my arms so tenderly
There's a thrill that words cannot express
In my heart a song of love is taunting me
Melody haunting me
Sweet and lovely
Sweeter than the roses in May
And he loves me
There is nothing more I can say
When he nestles in my arms so tenderly
There's a thrill that words cannot express
In my heart a song of love is taunting me
Melody haunting me
Sweet and lovely
Sweeter than the roses in May
And he loves me
There is nothing more I can say
There is nothing more I can say
There is nothing more I can say
There is nothing more I can say
There is nothing more I can say
Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos).
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
É sempre interessante acompanhar este exercício que faz, expondo aqui diversas versões/interpretações do mesmo tema.
ResponderEliminarSempre foi meu propósito dar a ouvir várias versões, cantadas e instrumentalizadas. As cantadas porque sei que são as que maioritariamente as pessoas gostam. As instrumentalizadas porque o público de Jazz gosta delas, como eu, e para que as pessoas percebam que afinal não é assim tão complicado ouvir versões instrumentais.
EliminarObrigado Luísa
Ella, sempre Ella.
ResponderEliminarEmbora versão de Brian Ferry também seja muito curiosa.
Aquele abraço
A Ella será sempre uma das melhores vozes do Jazz, de todos os tempos. Bryan Ferry interpreta esta versão muito bem.
EliminarObrigado Pedro
Interessante, mesmo antes de ver a letra eu ia escolher como minha preferida Mary Stallings, embora Ella seja sempre uma referência intemporal.
ResponderEliminarBeijos Ricardo
Vozes diferentes dá para ouvir e escolher. O piano de Thelonious Monk é também muito bom !
EliminarObrigado Manuela
Ella Fitzgerald, é a única cantora de Jazz que conheço deste leque que apresentas.
ResponderEliminarAqui é sempre um reviver e aprender de boa música, que aprendemos a ouvir e gostar.
Obrigada pela diversidade de temas e ritmos que por cá tenho ouvido, Ricardo.
Bom som é de facto, no Pacto...:-)
Fica bem! Bom resto de semana, ou melhor, bom fim...
Vai voltando, sempre que te apetecer, porque eu tento sempre pôr música boa de ouvir e também coloco outros cantores menos conhecidos para que as pessoas ouçam outras vozes, outros timbres !
EliminarObrigado Janita
Meu ponto de refêrencia se quero muúsica de qualidade é vir no Ricardo Santos.
ResponderEliminarA Fitzgerald é de uma voz que nos eleva _amo ouvi-la.Fabulosa!
E,gostei muito da Mary Stallings e do piano que sobressai, lindamente.
grande abraço Ricardo
A Ella sabia cantar, tinha uma voz maravilhosa e o dom natural !
EliminarObrigado Lis