Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Um 2015 diferente...

Desejo e faço votos para todos que por aqui passam e comentam, um 2015 cheio de necessidades e desejos cumpridos, com muita Saúde, Paz, Amor, Amizade e materialmente, o necessário para vivermos.
Aproveito para dizer quão importante é, nestes tempos difíceis, darmos a mão da Solidariedade a quem dela precisa, o nosso semelhante !