Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
quarta-feira, 11 de junho de 2014
Lisboa (XVI) – Nora em terrenos do Aeroporto
(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)
Nora é um engenho ou aparelho para tirar água de poços ou cisternas. É constituído por uma roda com pequenos reservatórios ou alcatruzes.
Possui uma haste horizontal acoplada a um eixo vertical que por sua vez está ligado a um sistema de rodas dentadas. Este sistema faz circular um conjunto de alcatruzes entre o fundo do poço e a superfície exterior. Os alcatruzes descem vazios, são enchidos no fundo do poço, regressam e quando atingem a posição mais elevada começam a verter a água numa calha que a conduz ao seu destino. O ciclo de ida e volta dos alcatruzes ao fim do poço para tirar água mantém-se enquanto se fizer rodar a haste vertical e o poço tiver água.
Tradicionalmente as noras são engenhos de tracção animal. Estes engenhos vieram em muitos casos substituir a picota ou cegonha anteriormente utilizados como engenhos principais para tirar água na Península Ibérica onde se pensa que tenham sido introduzidos pelos árabes.
O meu prazer pela fotografia levou-me desta vez, terrenos dentro do Aeroporto de Lisboa, e num parque de estacionamento, com um cemitério de carros à mistura, fui encontrar vedada, mas em estado de ruína uma “nora”. As fotos ficam num pequeno “clip” que elaborei com uma música de título sugestivo.
Pat Metheny (12-08-1954) – Nascido em Kansas City. Começa pelo trompete com 8 anos e passa para a guitarra aos 12. Aos 15 já toca regularmente com os melhores músicos de Jazz de Kansas City. Em público num Festival de Jazz em Kansas, pela primeira vez em 1974. Primeiro álbum em 1975 (Bright Size Life). Prémios para o “Melhor Guitarrista de Jazz” são incontáveis. Grammy Awards ganhou-os 20 vezes. Sete consecutivos para sete álbuns. Desde 1974, são 120 a 240 espectáculos por ano.
Música: Country Life; Intérprete: Pat Metheny; Álbum: New Chautauqua; Ano: 1989;
Etiqueta: ECM Records GmbH; Gravado: Estúdios “Talent” em Oslo, Noruega, em Agosto de 1978; Instrumentos tocados por PM: Guitarra acústica; Guitarra eléctrica de 6 e 12 cordas; Guitarra Harpa de 15 cordas; e Baixo eléctrico; Engenheiro Som: Jan Erik Kongshaug; Foto capa & “Design”: Dieter Rehm; Fotografia interna: Jodi Sawa; Produção: Manfred Eicher.
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Vi algumas na juventude.
ResponderEliminarMas quase sempre em madeira.
Também vi algumas aqui há muitas anos, nalgumas férias de província.
EliminarUm abraço Pedro
Boa tarde,
ResponderEliminarGosto de fotografar noras, felizmente no Algarve e no Alentejo ainda existe muitas noras, muitas ainda trabalham.
Abraço
AG
http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/
António eu gosto de fotografar também arquitectura, como já deves ter percebido. Gostava muito de poder fotografar caras, mas legalmente, e isso nbão é fácil.
EliminarUm abraço