Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 13 de julho de 2013

O sono e a Língua Portuguesa - Interacção Humorística (CI)

Em 22-03-2011. Obrigado.         
              
O sono e a Língua Portuguesa         
              
O marido, ao chegar em casa, no final da noite, diz à mulher que já estava deitada.
     

- Querida, eu hoje quero amá-la.      
        
A mulher, que estava dormindo, com voz de sono, responde:           
               
- A mala... ah não sei onde está, não! Use a mochila que está na arrecadação do quarto de visitas.           
             
- Não é isso querida, eu queria dizer que hoje vou amar-te.           
             
- Por mim, você pode ir até Júpiter, Saturno e até à merda, desde que me deixe dormir em paz...

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!