Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Há quem imite como alguns animais se alimentam

3 comentários:


  1. Ok... é um bocado parvo... mas não consegui abafar uma gargalhada quando o rinoceronte entrou por ali dentro!!
    ahahahahahah

    (nem envio beijinhos porque ainda não consegui tirar este sorriso parvo da cara)

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  2. Ahahahahah!! Tem muita piada! :)

    O pior é que também estamos a viver de acordo com a Lei da selva... :(

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  3. Tem até bastante piada sendo, simultaneamente, um pouco parvo.
    Obrigado Afrodite, Obrigado Malena
    Hoje publico a versão inversa há meia-noite. Espero que gostem.

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!