Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Jazz Standards (LXXX)

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)             
             
(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)            
               
All of Me (#71) - Música e Letra de Gerald Marks e de Seymour Simons
A estrela do “vaudeville” Belle Baker estreou, publicamente, "All of Me" na rádio em 1931. Os compositores de Detroit, Seymour Simons e Gerald Marks, ofereceram a composição a Baker, e ela cantou-a no palco do famoso “Motor City Fisher Theatre”. A história passou-se assim: A cantora tinha acabado de perder o marido, e, impressionada com o carácter pessoal de perda transmitida nas letras, desfez-se em lágrimas durante a actuação. A imprensa nacional divulgou a história e, em pouco tempo, a canção foi um sucesso.
A 1 de Dezembro de 1931, a gravação de "All of Me", de Paul Whiteman & His Orchestra, com o vocalista Mildred Bailey, foi o primeiro sucesso desta canção. Ela entrou nas tabelas “Pop” em Janeiro de 1932 e subiu para a posição número um, onde ficou por três semanas. Em Fevereiro três versões de "All of Me" estavam nas tabelas, tendo a versão de Louis Armstrong subindo, também, para o número um.      
        
Ao todo, os êxitos incluíram:   
          
1932 - Louis Armstrong (1);
1932 - Paul Whiteman & His Orchestra (Mildred Bailey, vocal, 1)
1932 - Ben Selvin & His Orchestra (19)
1943 - Count Basie & His Orchestra (Lynne Sherman, vocal, 14)
1948 - Frank Sinatra (21)
1953 - Johnny Ray (12)            
                    
Michael Bublé (Burnaby, British Columbia, EUA, 09-09-1975 - 20xx) – Baden-Baden (Alemanha), 9 de Dezembro de 2009.             
                     
               
                   
Earl Hines (Duquesne, Pensilvânia, EUA, 28-12-1903 - Oakland, Califórnia, EUA, 22-04-1983) & Teddy Wilson (Austin, Texas, EUA, 24-11-1912 - New Britain, Connecticut, EUA, 31-07-1986) – no “Jazz Piano Workshop Berlin” em 1965.                
                 
                   
                  
Louis Armstrong (New Orleans, EUA, 04-08-1901 — New York, EUA, 06-07-1971) e Orchestra             
                
                
                    
Ella Fitzgerald (Newport News, EUA, 25-04-1917 — Beverly Hills, EUA, 15-06-1996) – Em Milão (1984) com Joe Pass.             
                   
            
                
Letra           
              
All of me, why not take all of me?
Can't you see I'm no good without you?
Take my lips, I wanna lose them
Take my arms, I never use them
Your goodbyes they left me with eyes that cry
How can I get along without you?
You took the part that once was my heart
So why not take all of me?
Your goodbyes left me with eyes that cry
Now I am lost without you
And now that you took that part that used to be my heart
All of me, why not take all of me?
Can't you see I'm a mess without you?
You took the part that used to be my heart
So why not take all of me?         
               
Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos)

2 comentários:

  1. Enaaa!
    Este post é Extra Extra Extra large!
    :)))

    (only if I could...)

    Vá, agora a sério:

    Estive a ouvir as várias versões e a que gostei mais foi a mais actual. Mas sou suspeita... porque gosto muito do Michael Bublé.


    Beijos e abraços
    (^^)

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  2. Os meus "Posts" dos Standard de Jazz, são sempre com quatro músicas, escolhidas por mim, e normalmente têm versões instrumentais e cantadas. Quero mostrar que o jazz instrumental poderá não ser assim tão difícil de interpretar. Muitas vezes é preciso que estejamos pré-dispostos a isso. Também Michael Bublé é um cantor que admiro. Talbez um dos últimos melhores intérpretes de Jazz, a para com Jamie Cullum que também toca piano, e ainda Harry Connick Jr.

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!