Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
domingo, 2 de dezembro de 2012
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ResponderEliminarhehehe
Havia uma anedota que começava assim: «Ó maezinha... o coração tem pernas!?»
O final também muito parecido!
(^^)
Eu lembro-me dessa sim. O Herman tem tido um fim de carreira que não merecia, digo eu. É um humorista extraordinário pelas personagens que criou. É um "show man" completo. Infelizmente mais uma vítima das guerras de audiência e de alguma vulgaridade de que também é culpado e que fez om que as pessoas deixassem de o ver.
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