Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Magia Chinesa

Ninguém percebe nada do que eles dizem, a não ser que existam aqui, de entre os meus leitores, alguns entendedidos na língua chinesa. Mas, mesmo não percebendo nada, vale a pena ver.               
                 
Serão peixes artificiais robotizados ?              
                              
Qual será o truque, não sei, obviamente, mas que ainda não tinha visto nada assim, isso é uma verdade !               
               


Obrigado António !

1 comentário:

Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!