Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Jazz Standards (VII)

O que é um “Jazz Standard” ?

Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem ser muito variar muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:

“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.

… e …

Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.

Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

St. Louis Blues (#20) – Letra e Música de W.C. Handy
Quando chegou a standard, escrita antes de 1920, nenhuma versão foi mais gravada por artistas de jazz, do que a clássica “St. Louis Blues” de W.C. Handy. Considerada o “Blues” mais famoso, a canção foi a mais gravada de sempre, desde 1930.

Nathalie Cole (Los Angeles, California, 06-02-1950 – 20xx) – Do documentário sobre “Blues” “Antoine Fuqua's Music” com o título “Lightning in a Bottle”, filmado na “Radio City Music Hall” em New York City, decorria o ano de 2004.



Letra (versão de Nathalie Cole)

I hate to see the evening sun go down
I hate to see that evening sun go down
'Cause it makes me think my … go round

If I feel tomorrow, just like I feel today
If I feel tomorrow, like I feel today
I'm gonna pack my suitecase and make my getaway

Oh, St. Louis woman, with her diamond rings
Well she pulls that man around by her apron strings
Yes she does
And if it wasn't for powder and her store-bought hair
Oh, the man that I know he wouldn't go nowhere

I got St. Louis blues, just as blue as I can be
I got St. Louis blues, just as blue as I can be
And my man's got …
He shouldn’t have gone so far from me

Larry Adler (Baltimore, Maryland, 10-02-1914 - Londres, 07-08-2001) – Lawrence Cecil Adler, judeu, nascido em Baltimore, (EUA) em 10 de Fevereiro de 1914. Foi autodidacta em harmónica e começou a tocar profissionalmente, aos 14 anos de idade.



Louis Armstrong (All Stars) (Nova Orleans, 04-08-1901 — New York, 06-07-1971) – Com Velma Middleton (vocal), Louis Armstrong (trompete e vocal), Trummy Young (trombone), Peanuts Hucko (clarinete), Billy Kyle (piano), Mort Herbert (contrabaixo) e Danny Barcelona (bateria).



Letra (versão de Velma Middleton e Louis Armstrong)

I hate to see that evening sun go down
I hate to see that evening sun go down
'Cause, it makes me feel like I’m on my last go round

If I’m feelin' tomorrow like I feel today
Yes feelin' tomorrow like I feel today
I’m gonna pack my trunk and make my getaway
St. Louis woman, wears her diamond rings
Well she pulls that man around by her apron strings
And if it wasn't for the powder and her store-bought hair
Say that man I love wouldn't have gone nowhere

Say I love my man like a school boy loves his pie
Like Louis Armstrong blow so nice and high
But I love that man till the day I die

Louis Armstrong canta…
Velma Middleton canta…

Mildred Bailey (Tekoa, Washington, 27-02-1907 – Poughkeepsie, New York, 12-12-1951) – Actuação gravada em 1939, com Mildred Bailey (voz) e o seu marido Red Norvo & Orchestra.



Letra (versão de Mildred Bailey)

I hate to see the evening sun go down,
I hate to see the evening sun go down,
'Cause the man I love done left this town.

If I’m feelin’ tomorrow, like I feel today,
Said about feelin’ tomorrow, just like I feel today,
I'm gonna pack my bags and make my getaway.

Oh, that St. Louis woman, with her diamond rings,
She pulls my man around by her apron strings.
If weren’t for powder and her store-bought hair,
The man of mine wouldn't gone nowhere.

I got the St. Louis blues, just as blue as I can be,
Oh, my man's got a heart like a rock cast in the sea,
Or else he wouldn't gone so far from me.

I love my man like a schoolboy loves his pie,
That I love my man like a schoolboy loves his pie,
And I love that sweet man until the day I die.


Lamento, algumas eventuais falhas em todas as letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos)

Sem comentários:

Enviar um comentário

Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!