Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Discos Vinil (9) The Concerts in China

Nome: The Concerts in China

Autor: Jean-Michel Jarre

Ano: 1982

Produção: Jean-Michel Jarre

Intérprete/s: Jean-Michel Jarre e muitos mais músicos e orquestra

Editora: Disques Dreyfus

 

Texto:

Estes extraordinários concertos, fizeram os chineses vibrar intensamente com a sua apresentação. Uma China que estava politicamente conturbada pelo anterior regime totalitário de Mao Tsé-Tung. Lembro-me de algumas notícias que passaram na televisão sobre este concerto, mostrando o sucesso junto do povo chinês que assistiu “loucamente” aos cinco concertos, dois em Pequim e três em Xangai. Antes das músicas, tomem atenção às duas entrevistas dadas por Jean-Michel Jarre, principalmente a segunda onde se falam destes celebérrimos concertos.

The Concerts in China” foi uma digressão de Jean-Michel Jarre em 1981. Ela marcou a abertura da China pós-Mao Tsé-Tung para vivenciar música ocidental. Cinco concertos foram realizados nas duas maiores cidades, para um público estimado em 120.000 espectadores, em 21 e 22 de Outubro em Pequim, e em 26, 27 e 29 de Outubro em Xangai. O primeiro concerto, mais curto em 50 minutos, foi transmitido pela rádio na China. Os cinco espectáculos foram filmados e gravados para lançamentos comerciais posteriores. Devido à baixa qualidade do som gravado, as faixas foram dobradas para o lançamento do álbum e vídeo, ao vivo.

Neste espectáculo foi a primeira vez que Jarre apresentou a sua música, com outros músicos juntamente com ele no palco, e contou com a primeira actuação da sua “Laserharp”. As actuações incluíram todas as faixas de seu último álbum Magnetic Fields, mas não incluíram a sua peça mais tocada, Oxygène 4.

(In wikipedia)

Entrevista Jean-Michel Jarre em 1979

Entrevista Jean-Michel Jarre sobre os Concertos na China (4 Junho de 2005)

Fotos:



Músicas:

Arpegiator

Fishing Junks at Sunset

Orient Express

Magnetic Fields 4

The Last Rhumba

Souvenir of China

14 comentários:

  1. Jean-Michel Jarre, bem lembrado, quase o tenha esquecido, nunca mais ouvi falar dele. Uma sonoridade que nos encantou, naquela época.
    Um abraço.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Último álbum de estúdio produzido em plena pandemia ...
      https://jeanmicheljarre.com/
      Brancas nuvens negras, obrigado

      Eliminar
  2. Os vídeos estão indisponíveis.
    Abraço, bfds

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ainda por cima vivendo num país neste momento possessão chinesa, não é de admirar.
      Abraço e bom fim-de-semana, Pedro

      Eliminar
  3. Sempre fui grande apreciadora das sonoridades de Jean Michel Jarre.
    Abraço Ricardo

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O JM Jarre é indiscutivelmente um dos melhores compositores contemporâneo de música electrónica.
      Aqui neste video no seu espectáculo em Londres, chamado "Docklands" num tema extremamente político que fala de liberdade e não liberdade !
      https://www.youtube.com/watch?v=PXEgJEg8UoU
      Manuela obrigado

      Eliminar
  4. Vi o último vídeo.
    Vou voltar para ver os outros.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O Jean-Michel Jarre é um excelente músico e compositor de música electrónica. Estes concertos tiveram um grande impacto a nível musical na sociedade chinesa e que se prendeu com temas, como a liberdade de um País que vivia debaixo de alguma opressão política.
      Teresa obrigado

      Eliminar
  5. Bom dia
    Um estilo de musica que se aprende a gostar.
    foi mesmo só com o tempo que comecei a apreciar Jean-Michel Jarre .

    JR

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu sempre gostei de música electrónica com melodia.
      Joaquim Rosário obrigado

      Eliminar
  6. Ena... Alguns temas inconfundíveis.
    Há quanto tempo não ouvia isto...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Às vezes sabe bem rever músicas e artistas que gostámos de ouvir no seu tempo.
      Luísa obrigado

      Eliminar
  7. Gosto imenso de Jarre se bem que não conheça a fundo toda a sua obra... apenas os temas de Oxygene se são mais familiares!
    Tem trabalhos recentes muitos interessantes... estará a apostar numa vertente virtual para futuros concertos, um pouco como os Abba, creio eu...
    Excelente post, Ricardo! Um grande abraço!
    Ana

    ResponderEliminar

Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!