Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
terça-feira, 6 de outubro de 2015
Jazz Standards (CXLIV)
(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)
(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)
C Jam Blues (#148) - Música e Letra de Duke Ellington
O clarinetista Barney Bigard é o mais provavelmente, possível o criador desta melodia, uma melodia simples de “Blues”, na nota C. Como Bigard era um membro veterano na orquestra de Duke Ellington em 1941, Duke aproveitou e orquestrou a peça para a sua orquestra. No entanto, não foi simpático na apreciação da composição, a qual apelidou de banal.
Foi apresentada a público numa curta-metragem sonora. Esses três minutos de som foram produzidos, para ser mostrados com a banda imitando uma actuação pré-gravada. Intitulada “Jam Session” a curta-metragem, foi filmada nos finais de 1941, simultaneamente com outras quatro composições de Ellington. Duke apresentou a composição “C Jam Blues”, com vários membros da sua banda, em solo: Ray Nance (violino); Bem Webster (saxofone tenor); Rex Stewart (corneta); Joe “Tricky Sam” Nanton (trombone); e Sonny Greer (bateria). O conjunto termina com o compositor Bigar (clarinete) improvisando num registo superior.
“C Jam Blues” for formalmente gravada com esse nome, em Janeiro de 1942, para a etiqueta “RCA Victor Records”. Continuo sendo uma composição forte no reportório de Duke, onde se mostravam a solo, alguns dos seus músicos.
Oscar Peterson (Montreal, Quebec, Canadá, 15-08-1925 – Mississauga, Ontário, Canadá, 23-12-2007) – Com Oscar Peterson (piano), Ray Brown (contrabaixo) e Ed Thigpen (bateria). Ao vivo, na Dinamarca, corria o ano de 1964.
Ella Fitzgerald (Newport News, EUA, 25-04-1917 — Beverly Hills, EUA, 15-06-1996) – Na Alemanha, em 1974, com Ella Fitzgerald (vocal), Joe Pass (guitarra), Tommy Flanagan (piano), Keeter Betts (contrabaixo), Bobby Durham (bateria), Roy Eldridge (trompete), Eddie Lockjaw Davis (saxofone tenor), Peter Herbolzheimer Rhythm Combination & Brass [Peter Herbolzheimer (trombone), Herb Geller (saxophone), Art Farmer (trompete) ...]
Michel Petrucciani (Orange, Vaucluse, França, 28-12-1962 - New York City, EUA, 06-01-1999) – Ao vivo em Estugarda, Alemanha, em 1993.
Barney Bigard (New Orleans, Louisiana, EUA, 03-03-1906 - New Orleans, Louisiana, EUA, 27-06-1980) – Uma “club session” em 1968, com Art Rhodes (piano), Barney Bigard (clarinete), Rails Wilson (contrabaixo) e Bob Cousins (bateria).
Letra
Baby, take me down to Duke's Place
Wildest box in town is Duke's Place
Love that piano sound in Duke's Place
Saxes do their tricks in Duke's Place
Fellas swing their chicks in Duke's Place
Come on! Get your kicks in Duke's Place
You find yourself a seat, and when you want to eat
You look around and yell, waiter
You fill your cup chock full of dreams and drink it up
You're jetting along with your girlie
It's after three o'clock, but baby, it's still early
If you've never been to Duke's Place
Take your tootsies into Duke's Place
Life is in a spin in Duke's Place
Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos).
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Sempre boas escolhas. :)
ResponderEliminarTento que o sejam Luísa. Sou um apaixonado por piano e por pianistas famosos. Como disse uma vez é um desejo que não vai ser concretizado :(..... vou ouvindo !
EliminarObrigado
Para mim, o jazz é sempre bem vindo!
ResponderEliminarGostei que partilhasses estes temas.
Abraço.
Obrigado Isabel ! Sempre gostei de partilhar boa música e dar a conhecer sons fora da rotina !
EliminarSabes que sou teimosa e que me esforço por ouvir de tudo um pouco.
ResponderEliminarMas hoje foi mesmo isso: fiz esforço para conseguir ouvir os temas todos de enfiada. (já deve ser do sono)
Até podia ouvir um de cada vez... mas depois perdia a referência e a lição ficava mal estudada.
(e logo eu que tento ser boa aluna!)
Apesar de tudo, gostei da interpretação com Oscar Peterson ao piano.
Beijinhos com o João Pestana à espreita
(^^)
O Oscar Peterson é mais um canadiano musicalmente sublime e a composição do Duke Ellington é jazz dos primórdios, tipicamente, "New Orleans". Ainda bem que gostaste !
EliminarObrigado
Ella, sempre.
ResponderEliminarUma diva que não cansa.
Aquele abraço
A Ella é sempre uma voz que enaltece qualquer música. A Ella ouvir-se-á muito para lá dos séculos, sempre com a mesma beleza e grandiosidade !
EliminarObrigado Pedro
Isto é maravilhoso, mas é para ir "degustando", saboreando e apreciando aos poucos ! Já aqui vim várias vezes, mas o tema, no seu conjunto, é absorvente para ouvir e mais difícil para escrever !
ResponderEliminarPoderemos dizer que o Séc. XX foi o Sec. do Jazz ? ... eu não sei, mas que está cheio de Grandes Nomes é uma verdade ! Dois do que mais se destacaram aqui estão presentes ; o Duke Ellington, e a Ella Fitzgerald, cada um no seu campo ! ... mas o tema que mais me agradou foi o do instrumental piano do Oscar Peterson, que nos pões mesmo a mexer, ainda que não queiramos !
:))
Por causa da degustação é que eu normalmente publico de 3 em 3 dias. Durante Agosto, até foi de 4 em 4.
EliminarO século XX foi como dizes o século do Jazz e de muita outra música. Muita que nem sequer conheceremos durante o nosso tempo de vida e alguma de certeza que valeria a pena conhecer. Nomeadamente os compositores "Modernos" e mais recentemente os "Contemporâneos".
Duke Ellington e Ella Fitzgerald ficarão obviamente para a História do Jazz como dois dos grandes.
Duke era pianista, mas naquela primeira fase em que o "leader" da orquestra o era, no entanto, Oscar Peterson esse sim, era um exímio e brilhante instrumentista de piano, um autêntico "concertista" de Jazz.
Obrigado Rui e um Abraço
Ricardo, Uma escolha de músicas tão boa que em apetece ir embora!
ResponderEliminarVenho desejar um optimo encontro para amanhã, eserando que tudo corra pelo melhor e que se divirtam, como já tinha dito não irei pois estou a trabalhar e fora de Lisboa.
beijinhos para todos, espero ver fotos da animação.
Papoila podes ficar aqui a ouvir música o tempo que quiseres, é de borla ! :)
EliminarTenho muito prazer em dar música agradável às pessoas !
Fica para uma próxima oportunidade a tua vinda.
Obrigado