Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 2 de agosto de 2014

Michael Brecker – Groups & Soloists of Jazz (XVI)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Michael Brecker Leonard (Cheltenham, Pennsylvania, EUA, 29-03-1949 - New York City, New York, EUA, 13-01-2007) – Foi um saxofonista de jazz norte-americano e compositor. Reconhecido como "um músico calmo, gentil amplamente considerado como o saxofonista tenor, o mais influente após John Coltrane". Foi agraciado com 15 Grammy, como intérprete e compositor. Ele foi premiado com um doutoramento honorário passado pela “Berklee College of Music”, em 2004, e foi registado ao “Down Beat Jazz Hall of Fame”, em 2007.
Nascido na Filadélfia, Pensilvânia e criado em Cheltenham Township, um subúrbio local, Michael Brecker conviveu com o “Jazz” desde tenra idade, visto que o seu pai, era um pianista de “Jazz” amador. Ele cresceu, como que fazendo parte de uma geração de músicos de “Jazz”, que viram o “Rock” não como inimigo, mas como, uma opção musical viável. Brecker começou, na escola, por estudar clarinete, e em seguida, mudou-se para saxofone alto, decidindo-se, mais tarde, e finalmente, pelo saxofone tenor, como o seu principal instrumento. Ele formou-se em Cheltenham High School, em 1967, e depois de estar, apenas um ano na Universidade de Indiana, ele mudou-se para New York (1969), onde criou para si mesmo uma carreira dinâmica e emocionante, como solista de “Jazz”. Ele deixou a sua marca, aos 21 anos, como membro da banda de “Jazz-Rock” “Dreams”. A banda incluía o seu irmão mais velho, o trompetista Randy Brecker, o trombonista Barry Rogers, o baterista Billy Cobham, o teclista Jeff Kent e o baixista Doug Lubahn. O grupo “Dreams” teve vida curta, durando apenas um ano, no entanto, Miles Davis foi visto em algumas actuações, antes da sua gravação do álbum Jack Johnson (1971).
A maioria do trabalho inicial de Brecker é marcado por uma abordagem informada tanto pela guitarra de “Rock” como por saxofone “R&B”. Depois do grupo “Dreams”, ele trabalhou com Horace Silver (piano) e Billy Cobham (bateria), antes de mais uma parceria com o seu irmão Randy para formar os “Brecker Brothers”. A banda seguiu tendências “Jazz-Rock” da época, mas com mais atenção para arranjos estruturados, um contratempo mais pesado, e uma influência de “Rock” mais forte. A banda manteve-se unida entre 1975 e 1982, com sucesso e musicalidade consistente.
A 13 de Janeiro de 2007, Brecker morre, em New York, de complicações provocadas uma leucemia.

Softly as in a Morning Sunrise, Gravação do Canal “3SAT”, com Michael Brecker (saxofone tenor), Ulf Wakenius (guitarra), Christian McBride (contrabaixo), Benny Green (piano) e Alvin Queen (bateria), no “Jazz Baltica” em 2003.


Madame Toulouse, com o “Michael Brecker Group Live”, em 1998, no “Leverkusener Jazztage” (Alemanha), com Michael Brecker (saxofone tenor), Joey Calderazzo (piano), James Genus (contrabaixo) e Ralph Peterson (bateria).


Pools, com o excepcional grupo norte-americano “Steps Ahead”, com Michael Brecker (saxofone tenor), Mike Mainieri (vibrafone), Chuck Loeb (guitarra, Victor Bailey (contrabaixo) e Peter Erskine (bateria). Perugia (Itália), em 13 de Julho de 1985.



In a Sentimental Mood, com os Steps Ahead, em Tokyo 1986, e aqui com Mike Manieri (teclas, “Moog Synthesyzer”), e Michael Brecker (saxofone sintetizado).

10 comentários:

  1. Não sou grande apreciadora de música jazz, mas ouvi os quatro temas e achei os dois primeiros muito idênticos, já os dois últimos com ritmos totalmente opostos.
    Muita suavidade, sem dúvida. Gostei deveras. Acho que 'educar' o nosso o ouvido para certo género de música é uma aprendizagem como outra qualquer, penso eu!

    A biografia acerca do saxofonista, que eu nunca tinha ouvido, está muito elucidativa.

    Obrigada e um beijinho, Ricardo.
    Tem uma boa semana

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    1. O nosso ouvido tem de se habituar a ouvir o Jazz instrumental. Ainda bem que gostaste, É uma questão de em vez de ouvir uma voz ouvir instrumentos. Pensa neles como sendo várias vozes, uma para o saxofone, outra para o contrabaixo, outra para a bateria e por aí fora. Depois há que tentar perceber o canto de cada um deles.
      Para te mostrar ficam aqui dois "links", já que duas das músicas têm versões vocais:

      Softly as in a Morning Sunrise Lauren Bush
      In a Sentimental Mood Ella Fitzgerald

      Espero que gostes, mas continua a tentar ouvir instrumental, é também muito bonito quando bem tocado. Eu tento não escolher coisas complicadas.

      Obrigado Janita

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  2. Estranho: não consegui ouvir nenhuma das músicas, mesmo pondo o som mais alto. Já experimentei no YouTube e aí consigo ouvir, portanto não é aqui nenhum fio desligado. Amanhã volto a tentar... ;)

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    1. Espero que consigas ouvir amanhã. Obrigado pela visita !!!

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  3. Confesso que não conhecia a obra deste músico
    Aquele abraço e votos de boa semana!

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  4. É a primeira vez que estou no teu blog e gostei muito. Parabéns :)

    Portuguese Girl with American Dreams
    http://fromportugaltonyc.blogspot.pt

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    1. Sê bem vinda a esta casa da música menos ouvida.
      Obrigado pelo elogio e pela visita

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  5. Dos 4 temas... e dado que sou uma sentimentalona, o que gostei mais foi sem dúvida o "In a Sentimental Mood".
    Mas, por muito que admire a voz de Ella, gosto mais desta versão instrumental de Michael Brecker. O saxofone sintetizado ganha alma tocado por este músico...

    Beijinhos "metalizados"
    (^^)

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    1. Ainda bem que gostaste de ouvir Michael Brecker. Era um músico excepcional.
      A versão da última música é excelente na realidade, também gosto imenso dela.
      Obrigado Deusa

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!