Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
terça-feira, 29 de julho de 2014
Lisboa (XIX) – À volta da Avenida da República
(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)
Esta é a segunda parte da minha manhã do dia 6 de Dezembro de 2009, na Avenida da República e nas ruas transversais. Rapidamente, fiz 150 fotografias. Nesta e na semana que passou, publiquei aqui os dois “videoclip” habituais, onde mostrei/mostro alguns prédios recuperados e limpos, e outros em “vias de extinção”, todos eles à volta desta avenida.
Sobre os degradados, direi somente que é uma questão homicídio voluntário, praticado por quem não ama a sua cidade. Eles vão cair, é uma questão de tempo.
Musicalmente e a acompanhar os meus instantâneos digitais, a música “If I Could”, do álbum “First Circle” (1984), do Pat Metheny Group, editado para a ECM Records GmbH.
Pat Metheny – Guitarras;
Steve Rodby – Baixos;
Lyle Mays – Teclas;
Pedro Aznar – Guitarras, percussão, vocais; e
Paul Wertico - Bateria
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Enquanto houver pessoas como o Ricardo, a mostrar estas situações de abandono e negligência, há esperança que venham a ser resolvidas
ResponderEliminarPelo menos tento ! Acho que é importante alertar para estas situações.
EliminarObrigado Pedro
Concordo com o Pedro.
ResponderEliminarObrigado pela vossa simpattia e pelos vossos comentários. Tento fazer aquilo que a nossa arte quer que lhe façamos. Mostrá-la e preservá-la !
EliminarMostrá-la faço o melhor que sei, fotografando-a. Preservá-la, alerto para as situações "gritantes" de conservação dos edfícios que são história desta cidade, no caso de Lisboa, e do país.
Obrigado Catarina
~
ResponderEliminar~ ~ Lindos edifícios, na maior parte dos casos, lamentavelmente pouco cuidados...
~ ~ Gostei muito da apresentação-- momentos plácidos no meio de notícias de guerra!
~ ~ Música de muito bom gosto... Parabéns pelo notável trabalho.
Obrigado Maria José pelos comentários !
EliminarTrabalhei num prédio da avenida duque de Ávila, mas a empresa foi à falência. Não cheguei a perceber se era algum destes, pois já lá vão muitos anos. Também não sei quem ficou com o prédio, que era quase inteiramente do dono da empresa...
ResponderEliminarEstas voltas que dei à volta da Avenida da República deram-me a conhecer alguns edifícios muito bonitos arquitectonicamente. Foi muito agradável !
EliminarObrigago Teresa pela visita e pelo comentário !
Um foto-filme de contrastes, bem intencionados, Ricardo. A par de belíssimas frontarias, outras em desleixo, ao abandono, ou mal conservadas ! :((
ResponderEliminarÉ pena, numa Lisboa tão bela e tão rica em construções, verem-se algumas delas em tal estado !
É bom "denunciar" e colaborar, mesmo que como o beija-flor, que no seu bico transportava água para apagar o fogo na floresta !
Abraço ! :))
.
Verdade, para quem é de Lisboa há mais de 60 anos e que vi coisas tão belas em miúdo pela mão dos meus pais, é muito triste. Mas não vou desistir !!!
EliminarVou continuar a fotografar e aqui no Blogue a alertar, mostrando a todos os que me visitam as coisas boas e más que se fazem, em termos arquitectónicos.
Obrigado Rui
Boa tarde,
ResponderEliminaras arquitecturas antigas repletas de cultura e historia são substituídas pelas arquitecturas de linhas (caixotes) direitas por interesse económicos, passa-se em todas as cidade de Portugal.
Abraço
AG
http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/
Infelizmente tenho de te dar razão na tua afirmação. É isso mesmo, tudo se destrói porque todos querem deixar o cunho da geração.
EliminarNão havia necessidade de destruir o que é bonito e pura arte !!!
Obrigado António
ResponderEliminarImagino-te a escolher o lindíssimo e inspirador tema "If I could" do Metheny e a pensares com os teus botões que se tu pudesses, se dependesse de ti, muitas destas obras de arte estariam já recuperadas!
Mas a realidade é que recuperar um imóvel destes não custa "meia dúzia de tostões"... e os proprietários não têm, na sua maioria, condições económicas para o fazer.
As fachadas são todas lindas, mas gostei especialmente da que aparece ao minuto 03:12.
"If I could" dava-te um beijinho e um abraço pessoalmente, como não posso, deixo-te um virtual ao som de P.M.
(^^)
Infelizmente a sociedade em que vivemos não é a sociedade que se interessa na protecção destas obras arquitectónicas. Tens razão é muito caro manter edifícios como estes, se eu pudesse (If I could) de certeza que o faria, e tentaria mudar a mentalidade dos empresários de muita empresa para lhe mostrar que as coisas belas da vida devem ser preservadas.
EliminarA música de Pat Metheny faz parte da minha vida, daquilo que me acontece e aconteceu de muito bom.
Obrigado Afrodite e obrigado também pelo beijinho e abraço virtuais.