Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 6 de agosto de 2011

Jazz Standards (XXVI)

O que é um “Jazz Standard” ?          
                    
Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem variar em muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:
“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.
… e …
Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.
Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.          
                 
(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)                 
                     
(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)             
                  
Prelude to a Kiss (#46) – Música de Duke Ellington e Letra de Irving Gordon & Irving Mills                     
                    
 Prelude To A Kiss” tornou-se sem dúvida um dos sucessos dos “jazz standards”, mas a sua evolução até esse estado, foi lenta. Em 9 de Agosto de 1938, a orquestra de Duke Ellington, com Johnny Hodges (saxofone alto) gravaram-na para a etiqueta “Brunswick”.   
Uma segunda versão foi gravada 15 dias mais tarde para a etiqueta “Vocalion”. Desta vez foi a orquestra de Johnny Hodges com a vocalista Mary McHugh.
A orquestra de Hodges era composta de membros da orquestra de Duke Ellington, incluindo o próprio Duke. Mary McHugh estava com a orquestra de Ellington em 1938, gravando um pouco mais de doze canções. Ao mesmo tempo que “Prelude To A Kiss” ela tinha sido a primeira a gravar “Lost In Meditation” com Duke.
O público gostou da dupla lírica Mills/Gordon, e a interpretação de Mary McHugh entrou nas tabelas em Outubro, subindo ao 13º. Lugar.
A versão instrumental entrou para as mesmas tabelas, uma semana mais tarde, e subiu ao 18º. Lugar.          
                  
Billie Holiday (Filadélfia, 07-04-1915 — New York, 17-07-1959)           
                
             
                  
Letra (versão de Billie Holiday)          
                
If you hear a song in blue
Like a flower crying for the dew
That was my heart serenading you
My prelude to a kiss
And if you hear a song that grows
From my tender sentimental woes
That was my heart trying to compose
A prelude to a kiss
Though it's just a simple melody
With nothing fancy, nothing much
You could turn it to a symphony
A Schubert tune with a Gershwin touch
Oh how my love song gently cries
For the tenderness within your eyes
My love is a prelude that never dies
A prelude to a kiss
Though it's just a simple melody
With nothing fancy, nothing much
You could turn it to a symphony
A Schubert tune with a Gershwin touch
Oh how my love song so gently cries
For the tenderness within your eyes
My love is a prelude that never dies
A prelude to a kiss           
                  
Duke Ellington (Washington, 29-04-1899 — New York, 24-05-1974)          
                   
               
                  
Ella Fitzgerald (Newport News, 25-04-1917 — Beverly Hills, 15-06-1996)
                        
                   
                         
Letra (versão de Ella Fitzgerald)          
                
If you hear a song in blue
Like a flower crying for the dew
That was my heart serenading you
My prelude to a kiss
If you hear a song that grows
From my tender sentimental woes
That was my heart trying to compose
A prelude to a kiss
Though it's just a simple melody
With nothing fancy, nothing much
You could turn it to a symphony
A Schubert tune with a Gershwin touch
Oh how my love song gently cries
For the tenderness within your eyes
My love is a prelude that never dies
A prelude to a kiss
Though it's just a simple melody
With nothing fancy, nothing much
You could turn it to a symphony
A Schubert tune with a Gershwin touch
Oh how my love song so gently cries
For the tenderness within your eyes
My love is a prelude that never dies
A prelude to a kiss                  
                    
Gilad Hekselman (Israel 1983 - 20xx) (Trio) – No Festival Jazz Montreux 2006, com Gilad Hekselman (guitarra), Dave Robaire (contrabaixo) e Ferenc Nemeth (bateria).            
              

Sem comentários:

Enviar um comentário

Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!