Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
quarta-feira, 18 de março de 2015
Jazz Standards (CXXXIV)
(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)
(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)
I Remember Clifford (#138) - Música de Benny Golson e Letra de Jon Hendricks
"Threnody", como o dicionário define, descreve perfeitamente este lamento pela morte do grande trompetista Clifford Brown, nascido em 1930 e que morreu antes de seu tempo, aos 25 anos, num acidente de automóvel. Profissionalmente, era admirado pela sua técnica, a sua entrega emocional e o seu sentido rítmico. No entanto, foi a sua personalidade e bondade que elevou o ser humano que era, para além do músico, intensamente, admirado.
O trompetista Art Farmer chamou-o de "Sweet Cat"
Em 1954, Brown uniu-se ao baterista Max Roach, para formar um dos grupos mais admirados do Jazz, que somente durou 27 meses, visto que Clifford Brown morreu em 1956. A sua morte produziu uma onda enorme de tristeza, na comunidade jazzística.
Em 1957, o saxofonista e chefe de banda, Benny Golson compôs uma elegia a Brown para a qual, Jon Hendricks contribuíu, mais tarde, com a letra.
Hendricks homenageou o legado de Clifford Brown, com estas palavras:
Eu só sei que eu oiço-o agora
E eu acredito que eu sempre o ouvirei
Têm que acreditar
Lembro-me de Clifford ainda, sim ainda o ouço
Sei que ele nunca irá ser esquecido
Ele era um rei sem coroa
…
Art Blakey (Pittsburgh, Pennsylvania, EUA, 11-10-1919 - New York City, EUA, 16-10-1990) and The Jazz Messengers (1955-1990) – Com Lee Morgan (trompete), Benny Golson (saxofone tenor), Bobby Timmons (piano), Jymie Merritt (contrabaixo) e Art Blakey (bateria). Ao vio na Bélgica, em 1958.
Modern Jazz Quartet (1952 - 1992) - Com Milt Jackson (vibrafone), John Lewis (piano, director musical), Percy Heath (contrabaixo), e Kenny Clarke (bateria).
Sarah Vaughan (Newark, EUA, 27-03-1924 — Los Angeles, EUA, 03-04-1990) – Praga (Checoslováquia), 1978.
Stan Getz (Filadélfia, Pensilvânia, EUA 02-02-1927 - Malibu, California, EUA, 06-06-1991)
Letra
I know he'll never be forgotten
He was a king uncrowned
I know I'll always remember
The warmth of his sound
Lingering long I'm sure he's still around
For those who heard they respect him yet
So those who hear won't forget
The sound of each phrase
Echoing time uncountable by days
The things he played are with us now
And they'll endure should time allow
Oh yes I remember Clifford
I seem to always fed him near somehow
Every day I hear his lovely tone
In every trumpet sound that has a beauty all its own
So how can we say something so real has really gone away?
I hear him now, I always will
Believe me I remember Clifford still
Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos).
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A Sarah é outra das "passageiras" frequentes no meu carro :))
ResponderEliminarAquele abraço
Boas notícias Pedro. Se algum ainda, for a Macau, quero andar no teu carro !
EliminarUm abraço
Sou fã incondicional de jazz e por isso adorei a escolha.
ResponderEliminarUm abraço
Manuela se és fã incondicional de Jazz, então gostava de te ver aqui de quando em vez, se quiseres e puderes, claro !
EliminarObrigado
Boa tarde, gostei principalmente Sarah Vaughan que já conhecia do meu tempo dos bailes particulares.
ResponderEliminarAG
A Sarah Vaughan faz parte de um quarteto das melhores. São elas, a Ella Fitzgerald, a Billie Holiday e a Nina Simone.
EliminarObrigdao António
olá Ricardo,
ResponderEliminarmuitas novidades para mim no teu blogue, apesar de já terem uns aninhos claro!
bom fim de semana :)
Angela
A época actual está recheda de grandes talentos a nível musical, mas eu gosto de recordar, muitas vezes, os mais antigos. Aqueles que serviram de inspiração a muitos dos que hoje ouvimos com imenso agrado.
EliminarÂngela Obrigado
ResponderEliminarEstou a ouvir e a gostar.
Mas ainda só vou no primeiro.
Fico aqui mais um bocadinho, pode ser?
Beijinhos mas sem abusar
(^^)
EliminarJá ouvi tudo.
Normalmente costumo gostar mais das versões cantadas do que apenas tocadas por as achar mais expressivas. Desta vez, curiosamente foi ao contrário. Gostei mais das versões instrumentais dos dois primeiros vídeos.
E vou seguir viagem...
Gosto principalmente da versão que eu carreguei no Youtube do "Modern Jazz Quartet". Nesta gravação há um instrumento que virá mais que uma vez à rúbrica dos "Grupos e Solistas de Jazz" e que sempre me fascinou, desde criança- O "xilofone" como antigamente se designava e que hoje, se passou a chamar "vibrafone". Existem meia dúzia de célebres vibrafonistas dos quais é necessário falar.
EliminarObrigado Afrodite