Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
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"Quem é que deu cabo disto?!"
ResponderEliminarUma boa pergunta! Uma resposta difícil!
Abração 25 de Abril 1974 com cravo vermelho ao peito, enfrentando com coragem os próximos 40 anos.
Amanhã vou comentar o teu post sobre o 25 de Abril. Pareceu-me interessante e ainda não o li, como deve de ser.
EliminarEnfrentar os próximos 40 anos para mim é que vai ficar difícil. Sempre me posso candidatar a outro Manoel de Oliveira :))
Obrigado Teresa
EM CADA ESQUINA UM AMIGO
ResponderEliminarSão amigos demais para o meu gosto. Eu prefiro poucos, mas verdadeiros!
"E EM CADA ROSTO IGUALDADE; EMATEJOCA" Não esqueças!
EliminarNeste contexto não se fala de amigos pessoais, mas da solidariedade entre todos os portugueses.
Amanhã irei ler-te, até lá vamos dormir!:))
Eu sei, querida Janita, o que ele queria dizer!
EliminarQuando conheci o Zeca Afonso, em Düsseldorf, foi para mim um GRANDE DIA, embora ele tivesse um ar cansado e doente.
Tudo o que mais queria era ter de volta a esperança de sermos uma Nação Livre, Independente, onde a liberdade de expressão e a Igualdade fosse uma realidade.
ResponderEliminarO que deu cabo disto, Ricardo? Lembra-te dos sucessivos governos provisórios e da polémica gerada à volta da descolonização ultramarina, feita à pressa.
O PREC infindável e quando finalmente o povo foi às urnas, tinha mais dúvidas que certezas. Os sucessivos governos e a sede de poder acabaram por nos conduzir para o precipício onde nos encontramos à beira de cair nas garras de credores impiedosos. Quem fica espoliado dos seus direitos de trabalho e justiça social? Não são eles, os que sempre levaram a melhor, é o povo que somos todos os que trabalhámos uma vida inteira e vemos, no final das nossas vidas, sermos reduzidos a simples marionetes.
Quem deu cabo disto, não foi um nem dois, foram muitos, na guerra partidária pela disputa do poder
Aguardemos, mas não de braços caídos!
Viva o verdadeiro espírito que Liberdade que motivou os Capitães de Abril de 74. E, sobretudo, que saibamos manter vivo o orgulho de sermos portugueses.
Viva Portugal, a Pátria que amo!
Abraço fraterno.
Apoio o teu último parágrafo totalmente !
EliminarObrigado Janita
25 de abril, sempre! E Zeca Afonso também... :)
ResponderEliminarBom feriado!
Estamos de acordo Teresa. Obrigado
EliminarNão se compare o que veio depois, com todos os defeitos, com o 24 de Abril, Ricardo.
ResponderEliminarPara muitos de nós, uma realidade que só conhecemos por nos ser descrita.
Aquele abraço e votos de um bfds!
Eu ainda vivi alguns bons anos no 24 de Abril, por isso estou de acordo com o que dizes, mas... há muita coisa que precisa mudar porque nunca o foi, ou foi tentada e nunca efectivada. Somos demasidamente bombardeados pelos "media" com mentiras e nem nos apercebemos disso !
EliminarObrigado Pedro