Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

domingo, 2 de março de 2014

Reciprocidade - Interacção Humorística (CXVII)

Reciprocidade

Um gajo levanta-se de madrugada para fazer um xixi e diz prá pila:      
            
- Tás a ver? Quando tu queres, eu levanto-me...

4 comentários:


  1. AHAHAHAHAHAH...
    Ele bem que tentou a chantagem emocional... mas cheira-me que não vai ter sorte!

    Muito boa! Para mim, uma piada é tão mais interessante quanto menos óbvia for.


    Beijinhos nada óbvios
    (^^)

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    1. Estas anedotas fazem-me sempre lembrar trovoadas... não sei porquê !?
      Obrigado Afrodite

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!