Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Jazz Standards (CVII)

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

For All We Know (#111) - Música de J. Fred Coots e Letra de Sam M. Lewis

O compositor J. Fred Coots e o letrista Sam Lewis, tanto de quem fez sucesso na Broadway, escreveram "For All We Know", em 1934. O vocalista Morton Downey, o "Irish Thrush", que foi eleito o melhor vocalista masculino em 1932, apresentou a canção no seu programa de rádio.
Duas gravações da música tiveram êxito nas tabelas de venda em 1934. Nos anos 30 e votada pelos leitores da “Metronome”, a versão de Hal Kemp "sweet band", orquestrada por John Scott Trotter, ficou em 3.º lugar na tabela. A banda de Hal Kemp foi duas vezes eleita a “Best Sweet Band”, pelas suas tonalidades românticas, e pela vocalização sensual e intimista de Skinnay Ennis.
Por outro lado, Gordon Jenkins orquestrou a composição para a banda de Isham Jones, que tinha um som de conjunto, forte. A sua versão subiu para o 16.º lugar das tabelas.

Hal Kemp e a sua orquestra (1934, Skinnay Ennis, vocal, # 3);
Isham Jones e a sua orquestra (1934, Joe Martin, vocal, # 16);
Dinah Washington (1962, vocal, # 88).

Chet Baker (Yale, Oklahoma, EUA, 23-12-1929 – Amsterdão, Holanda, 13-05-1988) – Com Chet Baker (trompete e voz), Harold Danko (piano), Hein Van De Geijn (contrabaixo) John Engels (bateria), no "Hitomi Kinen Kodo", Tóquio, Japão, em 14 de June de 1987.


Barbra Streisand (Brooklyn, Nova Iorque, EUA, 24-04-1942 - 20xx) – música exibida, instrumentalmente, no filme “Prince of Tides”, dirigido pela própria Barbra Streisand, e com ela, Barbra Sreisand e Nick Nolte.


Rod Stewart (Highgate, North London, Inglaterra, 10-01-1945 - 20xx)


Alicia Keys (Alicia Augello-Cook) (New York , EUA, 25-01-1981 - 20xx)


Letra        
       
For all we know
We may never meet again
Before you go
Make this moment sweet again
We won't say, "Goodnight"
Until the last minute
I'll hold out my hand
And my heart will be in it
For all we know
This may only be a dream
We come and we go
Like the ripples of a stream
So love me, love me tonight
Tomorrow was made for some
Tomorrow may never come
For all we know, we know

Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos)

2 comentários:

  1. Mais uma prova de que as manifestações de amor são semelhantes, em todos os tempos,
    Estrelas de 1ª grandeza, interpretando com o seu característico talento, dão novas nuances a um simples e belo poema. Rod Stewart, com voz clara, num registo de voz diferente do estamos habituados.
    Foi muito agradável. Uma partilha inteligente e romântica .

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    1. Partilho da tua opinião. Vozes antigas e modernas cantando a mesma composição. Por aqui no "Jazz Standards", sempre foi essa a minha ideia. Dar a conhecer, periodicamente, uma nova canção, interpretada por voz ou por instrumento, para que quem me visita ouça que não é assim tão desagradável ouvir uma versão instrumental do que ouvir uma voz humana. Quero dar a entender às pessoas que instrumental não é complexo ouvir, é preciso para já querer fazê-lo.
      Obrigado pela visita e pelos comentários

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!