Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Jazz Standards (CVI)

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

Mack The Knife (#110) - Música de Kurt Weill e Letra de Marc Blitzstein e Bertolt Brecht 

Esta balada foi parte de “A Ópera dos Três Vinténs” do compositor Kurt Weill, que era uma adaptação de “A Ópera dos Mendigos” (1728) de John Gay (1685-1732), dramaturgo e crítico social inglês. O personagem principal da ópera de John Gay é nomeado capitão MacHeath, um cavalheiro que prefere a companhia de assassinos e prostitutas. O tema central de “A Ópera dos Mendigos”, a peça mais popular do século XVIII, é que os mesmos personagens tanto habitam as prisões, como tem posições governamentais.
Na Europa de 1920 estava recuperava-se da “Primeira Guerra Mundial” e Kurt Weill estava interessado na música para o movimento político das pessoas. Juntou-se com o poeta marxista Bertolt Brecht, para adaptar, actualizar, e traduzir para o alemão “A Ópera dos Mendigos”, fazendo com que o personagem MacHeath se tornasse num “gangster” chamado Mackie Messier ou Mack the Knife. "The Ballad of Mack the Knife" foi originalmente intitulado "Moritat", que significa "canção do assassinato" ("mord", que significa “assassinato” e "tat" significa “acção”), e a composição foi posicionada logo após a abertura, de modo a estabelecer, cedo na produção, a natureza maléfica de Mack. Foi cantada por um cantor de rua que apontou para os crimes que Mackie cometeu, tais como incêndios criminosos, estupros e assassínios.

Dinah Shore (Winchester, Tennessee, EUA, 29-02-1916 - Beverly Hills, California, EUA, 24-02-1994) e Pearl Bailey (Southampton County, Virginia, EUA, 29-03-1918 - Philadelphia, Pennsylvania, EUA, 17-08-1990)


Lotte Lenya (Karoline Wilhelmine Charlotte Blamauer) (Vienna, Austria-Hungary, 18-10-1898 - New York City, EUA, 27-11-1981)


Robbie Williams (Stoke-on-Trent, Staffordshire, Inglaterra, 13-02-1974 - 20xx) – Ao vivo no “Royal Albert Hall”, em Londres.


Michael Bublé (Burnaby, British Columbia, Canadá, 09-09-1975 - 20xx) – do álbum “Babalu” de 2001.


Letra

Oh, the shark has pretty teeth, dear
And it shows them pearly white
Just a jackknife has MacHeath, babe
And it keeps it way out of sight
When that shark bites with his teeth, dear
Scarlet billows begin to spread
Fancy gloves, wears old MacHeath, babe
So there's never, never a trace of red
On the sidewalk, one Sunday mornin
Lies a body oozin' life
Someone's sneakin' round that corner
Could that someone be Mack the Knife?
Oh there's a tugboat down, down by the river dontcha know
Where a cement bag's just a'drooppin' on down
That cement's there, it's there for the weight, dear
Five'll get ya ten old Macky's back in town
Now d'ja hear 'bout Louie Miller? He disappeared, babe
After drawin' out all his hard-earned cash
Now MacHeath spends, he spends like a sailor
Could that boy have done somethin' rash?
Ahhhh Jenny Diver, ho, Sukey Tawdry
Ooh, Miss Lotte Lenya and old Lucy Brown
Oh, the line forms on the right, babe
Now that Macky's back in town
I said Jenny Diver, whoa, Sukey Tawdry
Miss Lotte Lenya and old Lucy Brown
Oh, the line forms on the right, babe
Now that Macky's back in town
Look out, old Macky is back!

Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos)

8 comentários:

  1. A versão que mais gostei de ouvir foi a primeira, Dinah Shore e Pearl Bailey. :)

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    1. Os duetos são sempre muito interessantes quando as duas pessoas que cantam se envolvem bem na canção que estão a interpretar.
      Obrigado Luísa

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  2. Gostei da primeira versão, mas como sou uma apaixonada pelo Robbie Williams e pelo Michael Bublé...fico com eles :)

    Beijinho :)

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    1. Também gosto imenso de ouvir, principalmente Bublé.
      Está bem podes levá-los, eu deixo :))
      Obrigado Maria

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  3. Independentemente de quem a cante, intemporal!!
    Aquele abraço!

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  4. Um dos clássicos de sempre ! :))) ... que já passou por tantas e tantas vozes !!! ... mas gosto mais de a ouvir pelo Louis Armstrong ! rsrs

    Boa, Ricardo ! Abraço ! :))
    .

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    1. Rui também gosto imenso da versão do Louis Armstrong, mas o lema do meu blogue, como sabes, é difundir coisas diferentes, neste caso vozes diferentes, e desconhecidas, embora este o não seja. Precisamos urgentemente fugir à rotina que nos "mata" !
      Obrigado e um Abraço

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!