Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 10 de setembro de 2011

Jazz Standards (XXXI)

O que é um “Jazz Standard” ?                
                       
Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem variar em muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:
“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.
… e …
Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.
Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.                  
                 
(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)             
                       
(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)                 
                    
Misty (#56) Música de  Erroll Garner e Letra de Johnny Burke 
Em 1954, o trio de Errol Garner introduz o instrumental “Misty”. Um ano mais tarde Johnny Burke escreveu a letra, criando a canção que hoje conhecemos. “Misty” permaneceu relativamente desconhecida, até que Johnny Mattis a popularizou com a sua versão vocal, que vendeu milhões, em 1959.               
                        
Algumas versões da composição que subiram nas tabelas, foram:              
                     
Nº. 30 - Error Garner Trio, somente instrumental, em 1954;
Nº. 12 - Johnny Mathis, em 1959;
Nº. 21 - Lloyd Price, em 1963; e
Nº. 14 - Ray Stevens, em 1975.
                         
Apesar de nunca ter sido um sucesso número um, “Misty” foi cantado e tocado, por centenas de vocalistas e instrumentistas.                         
                          
Erroll Garner (Pittsburgh, Pennsylvania, 15-06-1921 – Los Angeles, California, 02-01-1977) (Trio) – O Trio toca “Misty” no velho estúdio BRT, em Bruxelas (Bélgica). O trio era composto de mais dois músicos Eddie Calhoun (contrabaixo) e Denzil Best (bateria).                 
                        
                 
                                
Ella Fitzgerald (Newport News, 25-04-1917 — Beverly Hills, 15-06-1996)              
               
                
                    
Letra (para as duas versões de Ella Fitzgerald e de Sarah Vaughan)           
                  
Look at me, I’m as helpless as a kitten up a tree;
And I feel like I’m clingin’ to a cloud,
I can’ t understand
I get misty, just holding your hand.
Walk my way,
And a thousand violins begin to play,
Or it might be the sound of your hello,
That music I hear,
I get misty, the moment you’re near.
Can’t you see that you’re leading me on?
And it’s just what I want you to do,
Don’t you notice how hopelessly I’m lost
That’s why I’m following you.
On my own,
When I wander through this wonderland alone,
Never knowing my right foot from my left
My hat from my glove
I’m too misty, and too much in love.
Too misty,
And too much
In love.....              
                      
Sarah Vaughan (Newark, 27-03-1924 — Los Angeles, 03-04-1990) – No “Cascais Jazz 73” (Novembro), com Sarah Vaughan (voz), Carl Shroeder (piano), John Giannelli (contrabaixo) e Jimmy Cobb (bateria).                                  
Agradecimentos ao Blog “Jazz No País Do Improviso” e ao João Moreira Santos. Infelizmente o som não se encontra em muito boas condições de audição.           
                             
                        
                             
Tal Farlow (Greensboro, North Carolina, EUA, 0706-1921 - 25-07-1998) – Do DVD da etiqueta “Vestapol” para o “Jazz Masters, Volume Two”.              
                      

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!