Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Jazz Standards (166)

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

God Bless the Child (#170) - Música e Letra de Arthur Herzog Jr. e Billie Holiday
Billie Holiday gravou a sua composição, co-escrita, em 9 de Maio de 1941, para a “Columbia Records”. O número entrou nas tabelas desse ano e subiu ao lugar 25. Em 30 de Dezembro de 1938, Billie Holiday começou a cantar na “boite” da sociedade “Cafe Society de Barney Josephson” com um salário de 75 dólares, por semana, durante os sete dias da semana. O espectáculo foi organizado pelo empresário John Hammond, que, apesar de não ser o patrão de Billie Holiday, foi importante em muitos momentos da sua vida artística. Holiday estava feliz por ter, finalmente, uma permanência constante em Nova York, depois ter andado na estrada, com as grandes bandas de Count Basie e Artie Shaw.

Billie Holiday (Filadélfia, EUA, 07-04-1915 — New York, EUA, 17-07-1959) – Em 1995


Wes Montgomery (Indianapolis, Indiana, EUA, 06-03-1923 - Indianapolis, Indiana, EUA, 15-06-1968) – Jimmy Jones Orchestra, com Phil Bodner (woodwinds), Mac Ceppos, Winston Collymore, Arnold Eidus, Leo Kruczek, Harry Lookofsky, David Nadien, Gene Orloff, Raoul Poliakin, Isadore Zir (violinos), Alfred Brown, Burt Fisch (violas) Charles McCracken, George Ricci (violoncelos), Gloria Agostini (harpa) Hank Jones (piano, celeste) Kenny Burrell, Wes Montgomery (guitarras), Milt Hinton (contrabaixo), Osie Johnson (bateria) e Jimmy Jones (orquestrador e maestro). Plaza Sound Studios, em New York City, 18 de Abril de 1963.


Ella Fitzgerald (Newport News, EUA, 25-04-1917 — Beverly Hills, EUA, 15-06-1996)


Stanley Turrentine (Pittsburgh, EUA, 05-04-1934 - New York, EUA, 12-09-2000) – Com Stanley Turrentine (saxofone tenor), Shirley Scott (orgão), Major Holley (contrabaixo), Al Harewood (bateria) e Ray Barretto (congas, tambourine -1, 3, 5 e 6). Nos estúdios “Rudy Van Gelder”, Englewood Cliffs, New Jersyey, a 13 de Fevereiro 13, de 1963.


Letra

Them that's got shall get
Them that's not shall lose
So the Bible said and it still is news
Mama may have, Papa may have
But God bless the child that's got his own
That's got his own
Yes, the strong gets more
While the weak ones fade
Empty pockets don't ever make the grade
Mama may have, Papa may have
But God bless the child that's got his own
That's got his own
Money, you've got lots of friends
Crowding round the door
When you're gone and spending ends
They don't come no more
Rich relations give
Crust of bread and such
You can help yourself
But don't take too much
Mama may have, Papa may have
But God bless the child that's got his own
That's got his own

Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos).

12 comentários:

  1. Que colar de pérolas!
    Hoje também deixei uma lá no meu cantinho.

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  2. Sempre que entro num lugar que passe jazz, já me conquistou! Por isso, não lamente qualquer falha Ricardo Santos.



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    1. mz aqui passa sempre aquilo que eu gosto, e jazz é uma das coisas que mais gosto de ouvir. Cantado, tocado, tudo....
      Obrigado

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  3. Bom dia, a partilha da historia da musica é perfeita para recordar ou conhecer.
    Bom fim de semana,
    AG

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    1. É sempre necessário tentar enquadrar a música no tempo !
      Obrigado António

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  4. Fiquei aqui durante algum tempo embalada por estes temas, adorei a voz arrastada de Billie Holiday, o segundo tema é bom para ouvir no silêncio a bebericar um bom vinho, mas seja como for gostei das quatro versões.

    Muito obrigada pela partilha Ricardo

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    1. Billie Holiday será sempre uma das minhas preferidas !
      Obrigado Manuela

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  5. Esta série é daquelas que vou fazendo tocar enquanto vagueio pela net... :)

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    1. Luísa ainda bem que ficaste para ouvir. Gosto de ter ver por aqui !!!
      Obrigado

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  6. Costumo preferir temas cantados... desta vez prefiro os instrumentais!
    Vou ouvir a segunda de novo.

    Beijinhos bisados
    (^^)

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    1. Estás no bom caminho para começares a apreciar o jazz instrumental, com mais atenção !
      Obrigado Afrodite

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!