Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

quarta-feira, 29 de março de 2017

O Rigoleto de Giuseppe Verdi


Mais uma célebre Ópera, obrigatória conhecer.

A escolha erudita desta vez, a penúltima, recai sobre a ópera de Giuseppe Verdi, “Rigoleto”.

Resumo da história desta Ópera

1º. Acto

Salão do Palácio do Duque

A acção decorre em Mântua e arredores, no século XVI.
No palácio do Duque de Mântua há um baile. O Duque conversa alegremente sobre suas aventuras e conquistas amorosas com o seu confidente Borsa. Fala, em especial, da sua mais recente aventura. Vai para três meses que uma bela jovem é observada por ele. Mas, até aquele momento, a oportunidade que teve de vê-la foi na igreja. Ela desconhece quem ele é. O Duque conta que ela mora numa pequena vila e um homem desconhecido a visita todas as noites. Entre os convidados estão o Conde e a Condessa de Ceprano. O Duque encanta-se com a beleza da Condessa e canta sobre os seus amores momentâneos. De um lado, o Duque faz reverências à beleza da Condessa, do outro, o Conde, seu marido, é ridicularizado por Rigoleto, que acaba de entrar. Em seguida entra Marullo, que reúne outros cortesãos para contar um grande segredo. O corcunda Rigoleto, o bobo da corte, tem uma amante ! A gargalhada é geral entre todos os presentes. O Duque e Rigoleto retornam. Na presença de Ceprano, Rigoleto insinua maneiras pelas quais o Duque poderia afastar o Conde e, assim, seduzir a Condessa Ceprano, sua esposa. Rigoleto, quando chega a ponto de sugerir que o Conde fosse executado, o irado Ceprano, irrita-se num impulso de desafiá-lo para um duelo. Outros convidados demonstram repúdio e desprezo pelo repugnante e debochado Rigoleto. Nesse momento, o Duque, mostra-se irritado. De repente, surge o Conde de Monterone, que acusa energicamente o Duque de Mântua de ter desonrado sua filha. Rigoleto, numa atitude desprezível, zomba do infeliz homem, imitando Monterone. Este jura vingança e amaldiçoa Rigoleto pela atitude indigna, ao rir da mágoa de um pai. Rigoleto, nesse momento, mostra-se perturbado e com medo. Todos ficam irritados com Monterone, por ter acabado com a festa.

2º. Acto
É noite. Beco escuro entre a casa de Ceprano e Rigoleto.
Rigoleto recorda a maldição de Monterone com uma sensação estranha, talvez um mau pressentimento. Aproxima-se Sparafucile, oferecendo os seus serviços, como assassino profissional. As suas vítimas são atraídas a sua casa, pela irmã, Madalena. Rigoleto recusa tais serviços, mas aquele encontro fá-lo reflectir. Só, Rigoleto recorda a sua vida, as humilhações pelas quais já passou por ser aleijado e bobo da corte. Somente o amor de sua filha, Gilda, o torna mais terno e mais humano. Encontro de Gilda e Rigoleto. Rigoleto está perdido em pensamentos. Ela pede que o pai conte sobre o seu passado, deseja saber o nome da sua mãe. Rigoleto fala das suas desgraças e do amor perdido. Gilda é a única alegria que tem. Energicamente, diz para Gilda não sair jamais de casa sózinha e reforça o pedido à governanta. Pede a Giovanna que esteja sempre atenta à filha. Rigoleto sai e, sem ser visto, o Duque chega. Suborna Giovanna para deixá-lo entrar. Gilda encontra-se apaixonada pelo Duque, que é belo e jovem e que ela acredita, ingenuamente, ser um estudante. Gilda nunca contou ao pai sobre esta paixão. Nesse encontro, o Duque faz-lhe juras de amor. Gilda está encantada e indefesa pelo amor. Ouvem-se os passos de Ceprano e dos outros.
O Duque, que receia ser descoberto, pensa em fugir. No escuro, Ceprano, Marullo e outros cortesãos encontram-se com o objectivo de raptar a amante de Rigoleto. Rigoleto chega e pensa que quem está sendo levada é a Condessa de Ceprano, com os olhos vendados. Ele participa da acção ajudando a segurar a escada. Quando partem, Rigoleto tira a venda dos olhos. Tarde demais. Lembra angustiado da maldição de Monterone.
3º. Acto
Palácio do Duque
O acto começa com o Duque desolado por não ter ainda tido notícias do seu anjo. O Duque descobriu que Gilda foi raptada. Entra em desespero; deseja encontrá-la para confortá-la. Os cortesãos, com sabor de vitória, contam como prenderam a amante do corcunda. Rigoleto aparece demonstrando indiferença, mas no seu íntimo reina um enorme desespero para encontrar sua filha. Sem querer, com a chegada de um pajem, ele descobre que o Duque está com Gilda. Totalmente fora de si, Rigoleto tenta forçar seu caminho até ao Duque. Ele é afastado e, nesse momento, roga para que ela seja liberta. Gilda, em lágrimas, é levada até junto do pai. Ela confessa sua ligação amorosa com o Duque e que lhe havia tirado a honra. Monterone, ao ser conduzido à prisão, respinga contra a impunidade do Duque. Entretanto, Rigoleto jura que haverá sim, uma vingança. Não existem outros pensamentos para ele, mesmo com as súplicas de Gilda, pois seu único motivo a partir de agora é vingar-se.
4º. Acto
Uma hospedaria afastada da cidade. É noite.
Rigoleto, que havia pago a Sparafucile para assassinar o Duque, vai com Gilda até ao local onde poderiam observar tudo que se passa dentro da casa. Gilda, ao longe, vê o Duque, disfarçado, indo ao encontro de mais uma de suas aventuras amorosas. O Duque canta,  cinicamente, a canção que expressa seu desprezo pelas mulheres. Enquanto isso, Rigoleto e Sparafucile planeiam o seu assassinato. Madalena é chamada e namora com o Duque. Gilda não tem como evitar a cena do Duque com Madalena, pois é forçada a ver a cena. O Duque diverte-se com Madalena, cortejando-a. Gilda amargura-se com as sombrias ameaças de Rigoleto. Madalena, com pena do jovem, tenta convencer o irmão, Sparafucile, a matar outra pessoa em vez do Duque de Mântua. Rigoleto vai-se embora e pede para que a filha saia da cidade. Gilda retorna, pois fica sabendo dos planos para o Duque e resolve sacrificar-se pelo amado. Ela vai ao encontro de Sparafucile, que se esconde atrás de uma porta aguardando com uma faca o momento para executar o assassinato. A porta abre-se. Tudo está escuro. A vítima está escondida dentro de um saco. Muito feliz por estar concretizando sua vingança, Rigoleto está ansioso para atirar o saco ao rio, quando, para seu horror, ouve a voz do Duque, ao longe, cantarolando. Rigoleto abre o saco e vê a sua filha agonizando. Ela implora-lhe o perdão e morre. Rigoleto está transtornado, infeliz. A maldição de Monterone foi cumprida.
Personagens de Rigoleto

Duque de Mântua ………………………………………….Tenor
Rigoleto (seu bobo) ………………………………………. Barítono
Gilda (Filha de Rigoleto) ……………………………….... Soprano
Sparafucile (Espadachim) ……………………………….. Baixo
Madalena (Irmã de Sparafucile) ………………………… Meio-Soprano
Joana (Criada de Gilda) …………………………………. Meio-Soprano
Conde Monterone ………………………………………….Barítono
Conde de Ceprano ………………………………………...Baixo
Condessa de Ceprano …..………………………………...Meio-Soprano
Marullo ………………………………………………………Barítono
Borsa (confidente do Duque) ……………………………..Tenor

Do autor Giuseppe Verdi, … (excertos)

Nascido a 10 de Outubro de 1813, na aldeia de Roncole (Busseto / Parma), desde muito começou a demonstrar uma inequívoca propensão musical. Em criança, Verdi ficava boquiaberto a ouvir os músicos ambulantes e os cegos tocadores de sanfona (instrumento musical de corda friccionada), que vagueavam por estas zonas. Filho de família pobre, para a qual o dinheiro chegava à rasa para o seu sustento, valeu-lhe um músico retirado, chamado Biastrocchi que fazia de organista na freguesia que o iniciou na arte da música. Por essa altura, morreu nas redondezas um certo sacerdote em cujo espólio, figurava velha espineta (espécie de cravo, instrumento com teclado, idêntico ao cravo e ao piano), meio desmantelada, que o pai de Verdi comprou por dez reis de mel coado e que um tal Estêvão Cavaletti - primeiro admirador de Verdi – consertou de graça, em 1821, dando-se, unicamente, por satisfeito “com a boa disposição que o pequeno mostrava para aprender a tocar o instrumentos”. Três anos depois, Verdi já substituía o professor Biastrocchi, a tocar no órgão da igreja. Seu pai, no entanto, decidiu mandar José (Giuseppe) Verdi para a escola, em Busseto. A partir dessa data, todos os Domingos e dias santos, chovesse ou fizesse Sol de rachar, José palmilhava duas vezes o caminho para ir tocar o órgão da velha igreja paroquial de Roncole, sua terra natal.
Como em todos os compositores, mas especialmente em Verdi, que manteve sempre uma independência de técnica, as características de cada obra estão integradas no drama que descrevem; obedecem à sua forma própria, ao estado de alma, reflexo de cada drama musicado, etc. Assim, se encontramos na “Traviata”, a partitura que nos encanta pela emoção e arte de todas as suas páginas e se o drama intenso de Alexandre Dumas nos sensibiliza; no “Trovador”, as forças rítmicas, a violência e a agressividade do drama espanhol; na “Aida” a opulência dos motivos das civilizações primitivas; vamos encontrar no “Rigoleto” a pura harmonia italiana. Nesta obra, mais do que em qualquer outra, a diferença de classes, de educação, de sentimentos, dos que interpretam o drama, é tão notória tão profunda, tão diversa, que a música no seu conjunto, nos descreve as suas sensibilidades tão opostas, numa larga escala…

Texto extraído e adaptado de:
Colecção "Ópera", Volume 1, Direcção Mário de Sampayo Ribeiro, Editor Manuel B. Calarrão, Lisboa, “meados” de 1946, Preço 3$50.

DVD indicativo:

Plácido Domingo, Illeana Cotrubas, Cornell MacNeil, Isola Jones e Justino Diaz. Orquestra e Coros do Metropolitan de Nova Iorque, dirigida por James Levine, para a Editora Deustche Grammophone.


Trechos Musicais:

1º. Acto

Piotr Beczala (Duque de Mântua), Tenor, ária “Questa o quella“


Fabian Veloz (Rigoleto), Barítono, ária “Pari siamo!”


Eglise Gutierrez (Gilda), Soprano, ária “Caro Nome“

3º. Acto

Ingvar Wixell (Rigoleto), Barítono, ária “Cortigiani vil razza dannata”


4º. Acto

Mario Lanza (Sparafucile), Tenor, ária “La donne é mobile”

segunda-feira, 27 de março de 2017

Recordações de Lisboa (1951) e do Porto (1956)


Agradecimento a Diamantino Antunes o carregamento no Youtube, deste vídeo da cidade de Lisboa (1951)


Agradecimento a Maria Gomes Gomes o carregamento no Youtube, deste vídeo da cidade do Porto (1956)




Curta-metragem do Manoel de Oliveira que o Rui teve a gentileza de partilhar connosco e enriqueceu a minha publicação. Abraço Rui

sexta-feira, 24 de março de 2017

Eyes Thru Glass (15) – Passeando por Belém

Aqui neste blogue e no “Eyes thru Glass“ mostro aquilo que os meus olhos vêem, através da objectiva.

Aqui ficarão somente as fotos, sem texto ficcional e sem música, apenas uma breve introdução, onde são tiradas e quando, e eventualmente alguma especificação técnica. Cliquem sobre a primeira foto para poderem vê-las em formato maior.


No dia 8 de Fevereiro de 2015, fiz umas quantas fotos da zona de Belém junto ao Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa. 









quarta-feira, 22 de março de 2017

Janita Salomé – Nascidos Aqui (4)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Janita (17-05-1947) – Janita Salomé é o nome pelo qual é conhecido João Eduardo Salomé Vieira, um cantor português. É irmão de Vitorino Salomé.
“O Vinho dos Amantes”, um dos últimos trabalhos Janita Salomé, foi apresentado no dia 12 de Janeiro de 2007, no Teatro López de Ayala, em Badajoz, uma obra que conta com onze faixas e que homenageia o vinho, o amor e a amizade. Venceu em 2015 o prémio Pedro Osório da Sociedade Portuguesa de Autores devido ao disco “Em Nome da Rosa”.
...

Era um Redondo Vocábulo, homenagem a José Afonso


Cantar ao Sol, do álbum “Cantar ao Sol” de 1983.


Saias, do álbum “Cantar ao Sol” de 1983. Com a participação na viola braguesa de Júlio Pereira.


E Alegre se Fez Triste, do álbum “Lavrar em Teu Peito”, de 1985.

segunda-feira, 20 de março de 2017

Reconstruação do Pavilhão Carlos Lopes

Antes: “Os Abandonados foram conhecer a história.”

E este tem uma história de antes e depois do 25 de Abril. Erigido no Brasil, quando da Exposição Universal do Rio de Janeiro em 1922.
Não são saudosismos, são História de Portugal, mais Respeito por ela !!!


Depois: Reconstrução do Pavilhão Carlos Lopes e sua inauguração

sábado, 18 de março de 2017

Solução: A música é ?... (2)

Vencedores: Afrodite, Janita, Rui, Luísa e António.
Participantes: Elvira, Catarina, Gabriela, Pedro, Manuela, Papoila e Teresa.

A VOAR POR CIMA DAS ÁGUAS



Fausto Dias e Orlando Costa – No Centro Cultural de Belém


Fausto Dias e Orlando Costa – Na RTP1 programa Miguel Ângelo



Letra:

Ó ai meu bem como baila o bailador
Ó meu amor a caravela também
Ó bonitinha ai que é das penas, que é das mágoas
Sendo nós como a sardinha
A voar por cima das águas

Vai de roda quem quiser
E diga o que tem a dizer (Certo!)

Sonhei muitos, muitos anos por esta hora chegada
De Lisboa para a Índia vou agora de abalada
Mas em frente de Sesimbra
Logo um corsário francês
Nos atirou para Melides
Com o barco feito em três
E por Deus e por El-Rei
Que grande volta que eu dei

Ó é tão lindo, ó é tão lindo
Ó é tão lindo, ó é tão lindo

Ó ai meu bem como baila o bailador
Ó meu amor a caravela também
Ó bonitinha ai que é das penas, que é das mágoas
Sendo nós como a sardinha
A voar por cima das águas

Ena que alegria enorme
Uns mais ou menos conforme (Certo!)

Mas que terras maravilha mais parece uma aguarela
Que eu vejo da minha barca branca, azul e amarela
A Lua dormia ali e com o Sol é tal namoro
Que as montanhas estavam prenhas e pariam prata e ouro
Com Jesus no coração faz as contas ó Fernão

Ó é tão lindo, ó é tão lindo
Ó é tão lindo, ó é tão lindo

Ó ai meu bem como baila o bailador
Ó meu amor a caravela também
Ó bonitinha ai que é das penas, que é das mágoas
Sendo nós como a sardinha
A voar por cima das águas

Mais cuidado no bailado
Que andamos tão baralhados (Certo!)

Nunca vi bichos medonhos tão soltos e atrevidos
Que nos fomos logo a pique c'o bafo dos seus grunhidos
E todo nu sobre um penedo de mãos postas a rezar
'Té me tremiam as carnes por os não ter no lugar
'Inda por cima a chover vejam lá o meu azar

Ó é tão lindo, ó é tão lindo
Ó é tão lindo, ó é tão lindo

Ó ai meu bem como baila o bailador
Ó meu amor a caravela também
Ó bonitinha ai que é das penas, que é das mágoas
Sendo nós como a sardinha
A voar por cima das águas

Eh valente rapazinho
A cantar ao desafio (Certo!)

Matei mouros malabares quem foi à guerra fui eu
Afundei grandes armadas nunca ninguém me venceu
Mas ao ver o cu de um mouro foi tal susto grande e forte
Qu'inté a bexiga mijei e de todo estive à morte
Siga a roda sem parar que a gente vai a voar!

Ó é tão lindo, ó é tão lindo
Ó é tão lindo, ó é tão lindo
Ó é tão lindo, ó é tão lindo 
Ó é tão lindo, ó é tão lindo

quinta-feira, 16 de março de 2017

A música é ?... (2)

Algumas palavras sobre:

No dia 11 de Fevereiro, este meu Blogue “O Pacto Português” fez 6 anos de existência. Tem sido um prazer muito grande manter e dar a conhecer música, menos ouvida, fotos e palavras minhas. Não irei fazer nenhuma comemoração especial, somente um novo tipo de desafio, com uma música para adivinharem, baseada nas palavras de um pequeníssimo texto meu. Deixo já o aviso de que a composição, que é o que têm de adivinhar, pode ser portuguesa ou estrangeira. Mas vamos começar por uma música muito conhecida ! 😁

Regras e informações:

Comentários NÃO moderados;
Três respostas possíveis;
Soluções para o meu email (ricardosantos1953@gmail.com);
Dois dias (16 e 17) para tentar adivinhar;
Dois dias (18 e 19) para comentar o/s intérprete/s, o que a compôs e os outros que trouxer aqui a público, no dia 18.

Texto:

“Se Deus quisesse que voássemos tinha-nos dado asas !”

Iria-me sentir muito melhor se pudesse viajar de borla, de um lugar para outro, sem ter de pagar bilhete de avião. Era só bater as asas e partir com destino ou sem ele, voando por cima das águas e das montanhas. Sem ter de saber que só posso levar 10kg de bagagem. Uma mochila às costas e pronto lá ia eu.
Ver as terras que mais parecem aguarelas, vistas lá cima, descer pela costa alentejana, Sesimbra, Sines, Melides…

Se eu tivesse asas iria visitar-te todas as semanas !

Qual o nome da música portuguesa, escrita por um músico português, que este texto te sugere ?!

segunda-feira, 13 de março de 2017

Jazz Standards (160)

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

My Melancholy Baby (#164) - Música de Ernie Burnett e Letra de George A. Norton
Esta canção foi provavelmente introduzida pelo intérprete de “vaudeville” Jack O'Leary, conhecido como "That Singer", que foi retratado na folha original da música. Uma gravação 1915 com o actor de vaudeville e vocalista, Walter Van Brunt, tornou-se um sucesso popular. A canção e o seu percurso ao longo dos anos:

Walter Van Brunt (1915, vocal, Nº. 9)
Gene Austin (1928, vocal, Nº. 3)
Al Bowlly (1935, vocal, Nº. 20)
Teddy Wilson e a sua orquestra (1936, Ella Fitzgerald, vocal, Nº. 6)
Bing Crosby (1939, vocal, Nº. 14)
Sam Donohue e a sua orquestra (1947, Nº. 5)

O título original de "My Melancholy Baby" foi "Melancholy". Gravaram-se os direitos de autor, em 1911, com música de Ernie Burnett e letras de Maybelle Watson, a mulher de Burnett. Burnett vendeu-a a Theron C. Bennett, editores de música que gostavam da música, mas não das letras. George A. Norton, um compositor e letrista, escreveu uma nova letra e a música foi publicada em 1912 com uma dedicatória para "Miss Maybelle Watson de Berkeley, Califórnia." Nesse mesmo anos os direitos foram transmitidos para “Joe Morris Music” com o título "My Melancholy Baby". Durante a década de 1930, o nome de Miss Watson encontrou-se inúmeras vezes como co-letrista desta composição, mas o “site” da ASCAP somente mostra Burnett e Norton, como músico e letrista.

Barbra Streisand (Brooklyn, Nova Iorque, EUA, 24-04-1942) – do álbum “The Third Album” de 1964, para a “Columbia Records”.


Billy Evans (Plainfield, EUA, 16-08-1929 — New York, EUA, 15-09-1980) e Lee Konitz (Chicago, Illinois, EUA, 13-10-1927) – em Berlin, Alemanha, 29 de Outubro de  1965, com Bill Evans (piano), Lee Konitz (saxofone alto), Niels Henning Ørsted Pedersen (contrabaixo) e Alan Dawson (bateria).


Gene Austin (Gainesville, Cooke County, Texas, EUA, 24-06-1900 - Palm Springs, California, EUA, 24-01-1972) – Em 1927.


Charlie Parker (Kansas, Missouri, EUA, 29-08-1920 – New York, EUA, 12-03-1955) – com Charlie Parker (saxophone), Dizzy Gillespie (trompete), Thelonious Monk (piano), Curley Russell (contrabaixo) e Buddy Rich (bateria).


Letra

Come to me, my melancholy baby
Cuddle up and don't be blue
All your fears are foolish fancies, maybe
You know, honey, I'm in love with you
Every cloud must have a silver lining
Just wait until the sun shines through
Smile, my honey dear, while I kiss away each tear
Or else I shall be melancholy too
Every cloud must have a silver lining
Just wait until the sun shines through
Smile, my honey dear, while I kiss away each tear
Or else I shall be melancholy too

Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos).

sexta-feira, 10 de março de 2017

Eyes Thru Glass (14) – À volta do Cais do Sodré e Terreiro do Paço

Aqui neste blogue e no “Eyes thru Glass“ mostro aquilo que os meus olhos vêem, através da objectiva.

Aqui ficarão somente as fotos, sem texto ficcional e sem música, apenas uma breve introdução, onde são tiradas e quando, e eventualmente alguma especificação técnica. Cliquem sobre a primeira foto para poderem vê-las em formato maior.

No dia 11 de Janeiro de 2015, fiz umas quantas fotos num percurso entre o Cais do Sodré e a o Terreiro do Paço.





 










sábado, 4 de março de 2017

Esta semana estarei de Luto…

Quando a morte atinge um Amigo prematuramente, é algo que ninguém espera e que nos magoa profundamente. Teresa dorme em Paz !!!



ADITAMENTO :

O BLOG DA NOSSA AMIGA :     QUIPROQUÓ

HOMENAGEM DOS AMIGOS :

DE MÃOS DADAS, POR ELA,  DE MÃOS  BEM APERTADAS E  TODOS EM SEU REDOR ,  COMO NUM ABRAÇO COLECTIVO,  EM COMUNHÃO DE SENTIMENTOS :













CELULOIDE SECRETO, OUTRO VIÉS