Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Jazz Standards (CLV)

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

The Song Is You (#159) - Música de Jerome Kern e Letra de Oscar Hammerstein II

Esta peça de Jerome Kern e de Oscar Hammerstein II foi apresentada pela primeira vez, por Tulio Carminati e Natalie Hall, no musical da Broadway “Music In The Air”. O espectáculo estreou no Teatro Alvin, a 8 de Novembro de 1932, e terminou a 16 de Setembro de 1933, depois de 342 representações.
A gravação de 1932 pela Victor Recordings, do chefe de orquestra Jack Denney, com "I’ve Told Every Little Star” no lado B,  e do mesmo espectáculo, subiu para a tabela de vendas em 1933, para o 12º. lugar.
De acordo com a biografia de Hugh Fordin, “Getting to Know Him: A Biography of Oscar Hammerstein II”, "The Song Is You" foi uma das melodias favoritas de Kern. Assim que ele completou a canção, telefonou a Hammerstein para ele a escutar. Fordin continua: "The Song Is You” tem sido citada como uma obra-prima de composição para teatro, porque combina um clima romântico com uma história cómica."

Chet Baker (Yale, Oklahoma, EUA, 23-12-1929 – Amsterdão, Holanda, 13-05-1988) – Possivelmente do álbum, visto que existem/se ouvem cordas, “Chet Baker Octet With Strings” de 28 de Setembro de 1959 (Milão, Itália) – (Jazzland JLP 21, JLP 921), com Chet Baker (trompete), Mario Pezzotta (trombone), Glauco Masetti (saxofone alto) Gianni Basso (saxofone tenor) Fausto Papetti (saxophone barítono) Giulio Libano (piano) Franco Cerri (contrabaixo) Gene Voctory (bateria), 50 instrumentos de corda, e Len Mercer (maestro e orquestrador).


Frank Sinatra (Hoboken, EUA, 12-12-1915 — Los Angeles, EUA, 14-05-1998) – Ao vivo no Egipto, em 27 de Novembro de 1979.


Oscar Peterson (Montreal, Quebec, Canadá, 15-08-1925 – Mississauga, Ontário, Canadá, 23-12-2007) - com Oscar Peterson (piano), Ray Brown (contrabaixo) e Ed Thigpen (bateria).


Dave Brubeck (Concord, California, EUA, 06-12-1920 - Norwalk, Connecticut, EUA, 05-12-2012) Quartet – Com Paul Desmond (saxofone alto), Dave Brubeck (piano), Bob Bates (contrabaixo) e Joe Dodge (bateria). Gravação para a Columbia Records.


Letra

I hear music when I look at you
A beautiful theme of every dream I ever knew
Down deep in my heart I hear it play
I can feel it start, then it melts away
I hear music when I touch your hand
A beautiful melody from some enchanted land
Down deep in my heart, I hear it say
"Is this the day?"
I alone have heard this lovely strain
I alone have heard this glad refrain
Must it be forever inside of me?
Why can't I let it go? Why can't I let you know?
Why can't I let you know the song my heart would sing?
Beautiful rhapsody of love and youth and spring
The music is sweet, and the words are true
The song is you
Why can't I let you know the song my heart would sing?
That beautiful rhapsody of love and youth and spring
The music is sweet, and the words are true
The song is you

Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos).

14 comentários:

  1. Sinatra, sempre. E os instrumentais. Ah, tenho que voltar aqui aos instrumentais. :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Luísa é isso que eu queria... Que todos voltassem para ouvir os instrumentais que são nada mais nada menos de que um conjunto de vozes criadas pelo homem, em metal, em madeira, em marfim, e que soam de maneira diferente das nossas cordas vocais, mas que não deixam de ser tão maravilhosas só por não terem linguagem lexical !
      Obrigado

      Eliminar
  2. Onde é que assino o comentário da luisa??
    Aquele abraço, bfds

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pedro se eu estivesse por Macau, haveríamos de nos encontrar muitas vezes a ouvir Jazz ao vivo !
      Abraço

      Eliminar
  3. Com Chet na liça, não há Sinatra que me convença. Já a versão de Brubeck é simplesmente espetacular! :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. São diferentes, mas também gosto imenso de Chet Baker, a cantar e a tocar o seu trompete. Entre Brubeck e Peterson venha o diabo e escolha !
      Obrigado Teresa

      Eliminar
  4. Neste momento estamos aos pares e por equipas! Eu estou com a Teté!! :D

    A jovialidade deste tema pede uma voz e uma interpretação jovial... e nesse contexto, Chet Baker veste este tema wonderfuly!!

    Beijinhos cantados
    (^^)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Chet Baker gosto imenso, mas o estilo de Sinatra é completamente diverso deste. Dos instrumentais sou apaixonado por piano e gosto mais de Peterson. Os meus pianistas preferidos são Oscar Peterson (canadiano), Bill Evans (norte-americano), Tete Montoliu (espanhol), António Pinho Vargas (português), mas o instrumento que eu mais gostaria de tocar ouço-o tocado por qualquer um !
      Obrigado Afrodite

      Eliminar
  5. Primeiro deixa que te dê os parabéns pelo excelente trabalho que nos mostras, sei que não deve ser fácil.
    Quanto às músicas, gostei das vozes, mas aquele instrumental de Oscar Peterson faz todo o meu estilo.
    Muito obrigada pela partilha Ricardo

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Manuela no dia em que escolha as música e faço as publicações desta rúbrica, dá-me um gozo imenso vaguear no Youtube à procura de versões diferentes, bem cantadas e bem tocadas.

      Este rúbrica que já leva, nada mais nada menos do que 155 edições (muitas mais levará!) quando a decidi fazer, porque ela foi aquela que deu o pontapé de saída no meu outro Blogue e neste, tive de me controlar para não levar mais de 4 músicas por rúbrica, eu, para dizer a verdade queria 6, 8, eu sei lá... :)) ! Mas tive de me controlar e ficar pelos 4 videos.

      Partilhar nesta vida tão curta, a Amizade, o Amor, O Bem, é o melhor que podemos durante a nossa estadia por cá !

      Obrigado Manuela

      Eliminar
  6. Já cá tinha estado ontem, não os ouvi todos, voltei para terminar. Gosto de Sinatra, mas fechar os olhos e ouvir Peterson e Brubeck em instrumental foi muito bom.

    Bom fim de semana Ricardo.

    Beijinho

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Exactamente Adélia. Muitas vezes sabe ouvir somente os instrumentos a soar na nossa cabeça. É como se quiséssemos estar sózinhos e não estivéssemos para ouvir ninguém. Basta a música !
      Obrigado

      Eliminar
  7. Bons remédios para relaxar e sem contra-indicações :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A melhor receita de Culinária que poderias dar aqui ! :)
      Obrigado M.

      Eliminar

Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!