Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

terça-feira, 1 de março de 2016

SIC Abandonados – Mosteiro de Santa Maria de Seiça, na Figueira da Foz

“Os Abandonados” foram conhecer a história. Mosteiro, casa de família e fábrica de descasque de arroz.

11 comentários:

  1. Fiquei encantada com toda a história deste magnífico mosteiro, mas triste com estado em que se encontra.
    Pode ser que um dia a enorme vontade dos habitantes de Seiça voltem a dar vida a estas paredes que tantas "estórias" da História encerram.

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  2. Manuela volta por favor a comentar amanhã. Houve aqui um erro nas minhas publicações programadas. este post deveria sair amanhã.
    Desculpa e obrigado

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    1. Manuela afinal não precisas de comentar de novo. O teu comentário ficou ! Nunca tinha feito isto de passar a publicaçao a rascunho para a publicar noutro dia e julgueiq que o comentário se perdesse !...

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  3. Pelo menos parece que há vontades e projeto para recuperar o mosteiro.

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    1. Verdade Luísa. Oxalá fosse assim em muitas outras coisas que se têm perdido para sempre na nossa História, Cultura e Tradição !

      Obrigado

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  4. Ricardo quando se vê a falta de sensibilidade do estado que com tanto espaço à volta, constrói a linha de caminho de ferro em cima de um monumento tão antigo e repleto de história da civilização cristã de onde vem grande parte da nossa cultura :((((

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    1. Estes são problemas de alguma maneira graves na sociedade, não só portuguesa, mas também mundial. Temos de nos preocupar em manter toda a cultura, tradição e história. É isso que nos mantém como seres diferentes dos outros. Alimentarmos as gerações ftuturas com algo que criámos e que convém preservar, para preservarmos a nossa identidade.

      Obrigado Ângela

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  5. Este programa da SIC é muito meritório, sem dúvida ! Dá-nos a conhecer estas situações ! ... No entanto, acho que temos que ser realistas e encarar estas coisas "a frio" !
    Para ser o Estado a recuperar este Património, o dinheiro é "nosso" e não sobra no Estado, nem nós estamos dispostos a pagar mais impostos. Mesmo que se peça à Europa, teremos que pagar ! :(
    Se for recuperado com dinheiros privados, se fosse eu por ex. teria que avaliar o retorno do meu capital investido ! Repare-se que mesmo em projectos aparentemente bons o investidor é sempre visto com "maus olhos" pela comunidade ! ... Habitualmente é visto como um tipo "cheio de massa" que quer é explorar os outros !... É sempre um "grande patife" ! :((
    Nestas condições como esperar que alguém invista em Portugal ? ... e se não há investimento também não haverá empregos nem prosperidade nacional ! :(

    Abraço, Ricardo !

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    1. Há que mudar algumas mentalidades e alterar a maneira de pensar e de investir. Não nos podemos esquecer que precisamos como dizia no comentário à Ângela, de história, de tradição e de cultura, caso contrário ficaremos uns autênticos "avarentos". Tem de haver salvaguarda para estes investimentos e, obviamente, terá de haver retorno. Mas a classe empresarial tem também de perceber que investir em história, cultura e tradição é importantíssimo. O ser humano não poderia ser feliz despido destas três coisas. É um problema de mentalidades e de como a sociedade está construída, vivendo sempre em função do lucro. Há coisas que não podem dar lucro e/ou prejuízo, mas para isso é preciso controlo, controlo, controlo, e isso pouco se faz. Em tempo de "vacas gordas" esbanja-se e depois nas "vacas magras" aperta-se o cinto. Eu começaria por controlar, seriamente, nas "vacas gordas". Mas isto é conversa para outra altura. Estou de acordo contigo, vivemos tempos difíceis de entender, principalmente !

      Abraço, Rui

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  6. Uma pena! E tantos mais por esse país fora! À portuguesa: não há dinheiro para a cultura e para o património. Só para os bancos.

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    1. Ora Graça, sem querer entrar em comentários políticos, sejam eles de que quandrante forem, tenho de reconhecer que é na realidade uma grande verdade incontestável, aquilo que dizes ("Só para bancos.")!

      Obrigado

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!