Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Jazz Standards (CXXXI)

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

Days of Wine and Roses (#135) - Música de Henry N. Mancini e Letra de Johnny Mercer
Ambos compositor e letrista alegaram que a sua canção vencedora do “Oscar” foi de rápida inspiração para eles. O título do filme determinou a melodia, e como Mancini disse na sua autobiografia, Será que eles mencionavam a música ? "A música surgiu do nada e ali estava...” Johnny Mercer, também, diz que ele "não conseguia obter as palavras rápido o suficiente."
Andy Williams cantou "The Days of Wine and Roses" na banda sonora do filme e ganhou um disco de ouro para a “Columbia Records”. A sua versão esteve nas tabelas de vendas por 12 semanas, chegando ao lugar 26, à frente da versão instrumental de Henry Mancini que subiu somente ao lugar 33. A canção também recebeu um Grammy de “Canção do Ano”, e Mancini recebeu Grammies de “Gravação do Ano” e “Melhor Orquestração”. O Oscar para a “Melhor Canção” foi o segundo atribuído à dupla Henry Mancini e Johnny Mercer letrista. Eles tinham vencido em 1961, o mesmo Oscar, com a composição "Moon River" do filme “Breakfast at Tiffany”.

Frank Sinatra (Hoboken, EUA, 12-12-1915 — Los Angeles, EUA, 14-05-1998) – orquestração de Nelson Riddle


Bill Evans (Plainfield, EUA, 16-08-1929 — New York, EUA, 15-09-1980) –gravado entre 31-08 e 07-09 de 1980 em São Francisco, no Jazz Club Keystone Korner. Com Bill Evans (piano), Mark Johnson (contrabaixo) e Joe Labarbera (bateria).


Andy Williams (Wall Lake, Iowa, EUA, 03-12-1927 - Branson, Missouri, EUA, 25-09-2012)


Wes Montgomery (Indianapolis, Indiana, EUA, 06-03-1923 - Indianapolis, Indiana, EUA, 15-06-1968) – no “Plaza Sound Studios”, New York City, 22 de Abril de 1963, com Mel Rhyne (orgão), Wes Montgomery (guitarra) e Jimmy Cobb (bateria)


Letra

The days of wine and roses laugh and run away like a child at play
Through a meadow land toward a closing door
A door marked "nevermore" that wasn't there before
The lonely night discloses just a passing breeze filled with memories
Of the golden smile that introduced me to
The days of wine and roses and you
(The lonely night discloses) just a passing breeze filled with memories
Of the golden smile that introduced me to
The days of wine and roses and you-oo-oo

Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos)

12 comentários:

  1. Prefiro as versões do Frank Sinatra e do Andy Williams - bem bonitas! Cada uma no seu estilo.

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    1. Eu sei que sim Graça !!!
      No entanto, já aqui disse que temos de dar um jeito aos nossos ouvidos de ouvir também as instrumentais, com prazer :)

      Eu a pouco e pouco quando comecei a ouvir jazz instrumental, dissecava a música no meu ouvido e ouvia várias vezes a mesma canção, mas de cada vez que a ouvia, tentava isolar um instrumento, e depois de os ouvir a todos separadamente na minha cabeça, ouvia então a música na sua totalidade e o conjunto de instrumentos.

      Sou um amante incondicional de música, seja ela vocal ou instrumental. Infelizmente como já disse sou um "amador" que não sabe ler uma pauta ! :(((

      Obrigado Graça

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  2. Concordo com a Graça, embora tenha achado as outras bastante agradáveis. :)

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    1. Obrigado pela tua visita Luísa e ainda bem que gostaste !

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  3. Como me conheço e sei que aprecio (quase sempre) mais as versões cantadas, ao começar a ouvir os quatro temas achei logo que ia dizer o mesmo que a Graça e a Luísa... quando me surpreendo agradavelmente com a última versão, o tema de Wes Montgomery.
    Já ouvi duas vezes... e vou ouvir de novo. :))

    Beijinhos na noite calma
    (^^)

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    1. Wes Montgomery era um excelente guitarrista e esta balada/"standard" intitulada "The Days of Wine and Roses" é um tema muito agradável para ouvir e também para dançar. Ainda bem que gostaste. Um "trio" de jazz um pouco fora do normal (guitarra, orgão e bateria), já que o "trio" clássico costuma ser piano, contrabaixo e bateria, mas que nos preenche auditiva e completamente.

      Às vezes é necessário fazer um pouquinho de esforço, para tentarmos ouvir outro sons. O ser humano precisa de o fazer. É isso uma das coisas que nos diferencia em relação aos outros animais, a procura de algo diferente, inovador para a nossa mente. Fugir à rotina !

      Obrigado Afrodite

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  4. O difícil aqui é escolher uma das versões como favorita: são todas boas! :)

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    1. A ideia é dar a entender a todos que todas elas podem ser boas, independentemente de serem vocais ou instrumentais. É engraçado ver a exploração do mesmo tema de maneiras diferentes.
      Obrigado Teresa

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  5. Isto hoje está para chegar e ficar recostado a escutar a magnífica música que se ouve
    Aquele abraço, boa semana

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    1. Obrigado Pedro. São na realidade para escutar com atenção !

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  6. Boa tarde, ambas as versão são agradáveis, acontece que depois de ouvir o Frank é difícil preferir outra.
    AG

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    1. Também preferes as versões cantadas pelo que vejo :). O Frank era uma voz que cantava tudo. Aquilo que se chama em Ópera de "absoluto" !
      Obrigado António

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!