Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Jazz Standards (CXXIII)

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

If You Could See Me Now (#127) - Música de Tadd Dameron e Letra de Carl Sigman
Tadd Dameron foi um dos mais influentes compositores / orquestradores da era “Bebop” e escreveu “standards”, como "Hot House", "Good Bait", "Our Delight" e "Fontainebleu". Escreveu partituras para muitas das grandes bandas: Jimmie Lunceford (saxofone), Count Basie (piano), Billy Eckstine (vocal), e Dizzy Gillespie (trompete). Ele também foi pianista, embora ele considerasse isso secundário e menos importante (sideline), mas, mesmo assim, ele gravou alguns álbuns, incluindo “Mating Call” [Tadd Dameron Quartet: John Coltrane (saxofone), Tadd Dameron (piano), John Simmons (contrabaixo) e Philly Joe Jones (bateria)], gravado no “Rudy Van Gelder Studio”, em Hackensack, New Jersey, a 30 de Novembro de 1956, para o qual Dameron escreveu todas as composições.
"If You Could See Me Now", foi escrito especificamente para a vocalista Sarah Vaughan, para quem Dameron trabalhou como orquestrador. Ela cantou-a pela primeira vez em 1946, com a letra de Carl Sigman, e tornou a composição, como uma de suas canções de assinatura. Em 1998, a sua interpretação ficou registada no “Grammy Hall of Fame”. Mel Torme gravou uma versão memorável da música em 1995, com o trombonista canadiano e chefe de banda Rob McConnell.

Sarah Vaughan (Newark, EUA, 27-03-1924 — Los Angeles, EUA, 03-04-1990) – para a Musicraft Records, em 1946. Voltou a ser editada em 1981 no álbum “Send in the Clowns” com a “Count Basie Orchestra”, editada pela “Pablo”.


Bill Evans (Plainfield, EUA, 16-08-1929 — New York, EUA, 15-09-1980) trio – Ao vivo em Oslo, Noruega, 28 de Outubro de 1966, com Bill Evans (piano), Eddie Gomez (contrabaixo) e Alex Riel (bateria).


Chet Baker (Yale, Oklahoma, EUA, 23-12-1929 – Amsterdão, Holanda, 13-05-1988) septet  - com Chet Baker (trompete), Herbie Mann (flauta), Pepper Adams (saxofone barítono), Bill Evans (piano), Kenny Burrell (guitarra), Paul Chambers, (contrabaixo) e Connie Kay (bateria), 30 de Dezembro de 1958, para a Riverside.


Kenny Burrell (Detroit, Michigan, EUA, 31-07-1931 - 20xx) – com Kenny Burrell (guitarra), Art Blakey (bateria), Tina Brooks (saxofone tenor), Roland Hanna e Bobby Timmons (piano) e Ben Tucker (contrabaixo). 25 de Agosto de 1959 para a “Blue Note”.


Letra

If you could see me now
You know how blue I've been
One look is all you need to see the mood I'm in
Perhaps then you'd realize
I'm still in love with you
If you could see me now
You'll find me being grave
And trying awfully hard to make my tears behave
But thats quite impossible
I'm still in love with you
You halfen my way and some memorable day
And the month will be made, for a while
I'll try to smile but can I play the part
Without my heart
Behind the smile
The way I feel for you, I never could disguise
The look of love is written plainly in your eyes
I've seen you'll be mine again
If you could see me now
You would be mine if you could see me now

Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos)

2 comentários:

  1. Eu já alguma vez dei boleia ao Ricardo>
    Dá essa impressão.
    Está aqui sempre a publicar a música que me acompanha no carro :))
    Aquele abraço

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    1. Pedro tenho-te na conta de uma pessoa de bom gosto e o teu comentário, confirmou-o !
      Obrigado

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!