Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 27 de julho de 2013

Jardim de São Pedro de Alcântara (?)

Lisboa é a minha cidade, onde nasci, cresci e de onde hei-de partir.
Deixo-vos algumas fotos antigas, da cidade ainda inteira, não destruída, como tem sido, pela sociedade moderna, ou por aqueles que só tem interesse em dinheiro e poder, e ignoram pura e simplesmente a cultura, a tradição e a história de uma urbe. Uma das mais antigas da Europa.       
            
(O documento em "Powerpoint" onde estas fotos existiam, tinha o nome de FCosta como sendo o seu autor. Não sei sequer se essa pessoa é o dono das mesmas. São fotos da maravilhosa cidade de Lisboa. Vou passar aqui algumas fotos que esse documento continha para mostrar a minha cidade há mais de 50 anos.)
        
O Jardim de São Pedro de Alcântara é um jardim situado em Lisboa, na freguesia da Encarnação.
Possui uma área de 0,6 ha. Situa-se na Rua de São Pedro de Alcântara, perto do Bairro Alto. O jardim possui um pequeno lago e um miradouro, que oferece uma imponente vista sobre o leste de Lisboa avistando-se parte da zona Baixa de Lisboa e da margem sul do rio Tejo.
Existe um mapa em azulejos junto à balaustrada, que ajuda a identificar alguns locais de Lisboa. O panorama estende-se desde as muralhas do Castelo de São Jorge rodeado pelas árvores e da Sé de Lisboa (século XII), nas colinas a sudoeste, até à Igreja da Penha de França (século XVIII), a noroeste. Também é visível o grande complexo da Igreja da Graça, enquanto que São Vicente de Fora é reconhecível pelas torres simétricas em volta da fachada branca.
Os bancos e as sombras das árvores fazem do miradouro um lugar muito agradável. Para chegar até ao miradouro pode optar por subir a Calçada da Glória ou então subir pelo Elevador da Glória que o deixa bem perto do miradouro.
No jardim, o monumento de autoria de Costa Motta (tio), erguido em 1904, representa Eduardo Coelho, fundador do jornal Diário de Notícias, por baixo dele um ardina apregoa o famoso jornal.
A vista é mais imponente ao pôr-do-sol e à noite, quando o Castelo e a Sé estão iluminados, e o miradouro é um popular ponto de encontro para os jovens lisboetas e para os turistas.

Paulo de Carvalho – Lisboa Menina e Moça       
          

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!