Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

domingo, 7 de outubro de 2012

Uma história curtíssima do som

O som e a sua gravação numa curtíssima história. Lamento não estar em português, mas acho que vão perceber, e..... usem os vossos auriculares !            
            

1 comentário:

  1. Foi complicado chegar aqui... só aparecia que o blogue tinha sido removido, no entanto, na minha Lista de Leitura apareciam os posts...
    Via o post sobre o som mas... nem som... nem imagem ;)
    Finalmente... agora vou ouvir!

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!