Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

domingo, 1 de julho de 2012

Texto de 1934

Um texto humorístico actual e que nos relembra o erro “crasso” de que nunca deveríamos ter deixado de cultivar a terra e de nos modernizarmos com tecnologia agrícola. Aquilo que os “Donos de Portugal” não deixaram !         
             
Texto de 1934 de João de Vasconcelos e Sá lido por Vitor de Sousa, emitido naquele Canal (RTP 2) que infelizmente, vemos tão pouco (alguns !!!).        
                    

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!