Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

domingo, 27 de novembro de 2011

Animação o que era e o que é...

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)             
         
A diferença entre o que era a animação e o que hoje é a banda desenhada no cinema.
Lembramos aqui o grande Walt Disney que nos maravilhou com os seus filmes de animação, onde narrou as histórias da infância de alguns de nós.              
                  
Walter Elias Disney (Chicago, EUA, 05-12-1901 — Los Angeles, EUA, 15-12-1966) - Foi um produtor cinematográfico, cineasta, director, argumentista, animador, empresário, filantropo e co-fundador da “The Walt Disney Company”. Tornou-se conhecido, nas décadas de 1920 e 1930, pelos seus personagens de desenho animado, como o rato “Mickey” e o pato “Donald”. Foi, também, o criador do parque temático sediado nos Estados Unidos chamado “Disneyland”, além de ser o fundador da corporação de entretenimento, conhecida como a “Walt Disney Company”.   O lema de Disney sempre foi "Keep moving forward" (“continue seguindo em frente").      
                
Walt Disney nasceu no dia 5 de Dezembro de 1901, em Chicago, nos Estados Unidos. Passou a maior parte de sua infância numa fazenda em Marceline, no Missouri. Foi um período muito difícil, devido aos castigos impostos pelo pai, Elias Disney (1859-1941), homem bastante severo. Depois de descobrir que não tinha uma certidão de nascimento, alimentou a ideia de que era filho adoptivo. Esse fato iria influenciar, posteriormente, algumas de suas atitudes.              
                
Aos 16 anos, começou a estudar arte. Como ainda não havia atingido a maioridade, foi-lhe recusada a entrada para o exército, quando procurou alistar-se durante a Primeira Guerra Mundial. Conjuntamente com um amigo, decidiu então juntar-se à Cruz Vermelha. Pouco tempo depois, foi enviado para França, onde passou um ano a conduzir ambulâncias, da Cruz Vermelha.            
                  
De volta aos Estados Unidos, matriculou-se na "Kansas City Arts School". Foi iniciado na Ordem “DeMolay”, a qual frequentou por muitos anos.         
              
Em seguida, trabalhou em algumas agências publicitárias. Entrou para uma companhia cinematográfica, onde ajudava a fazer os cartazes de propaganda dos filmes. Walt Disney também pertenceu ao Movimento Escuteiro.          
                    
Com o irmão Roy e o amigo Ub Iwerks, criou a pequena produtora "Laugh-O-Gram", que animava contos de fadas. Esses desenhos animados eram exibidos no cinema local, antes dos filmes. Em 1923, mudaram-se para Hollywood, em Los Angeles. Em Hollywood, Walt Disney contactou a distribuidora de filmes “M.J.Wrinkler”, dizendo que o seu estúdio Animação tinha diversos filmes para vender. A M.J.Wrinklers não só aceita a oferta, como também aceita pagar 1500 dólares por cada filme.            
                  
Depois de angariar dinheiro, adquirir material, contratar pessoal e arranjar pessoal, Walt começa a fazer planos.
“Alice”, uma série em que uma moça convivia com personagens de cenário animado. Foi durante este tempo de imenso trabalho em que Walt conheceu a sua futura esposa, Lilian Bonds. Depois de Alice, veio “Oswald”, o coelho sortudo, um grande sucesso que levou à reavaliação dos valores dos contratos quanto aos preços dos filmes. Foi para Nova Iorque, onde foi apanhado de surpresa. O patrão para quem Walt desenhou Alice e Oswald, roubou-lhe os personagens, a equipe de desenhistas e as encomendas, porque as mesmas não foram assinadas em seu nome. Walt enviou um telegrama ao irmão dizendo que tudo estava certo e para não se preocupar, pois ele já tinha em mente uma personagem espectacular “Mickey Mouse”.
…        
                 
Prémios             
              
Walt Disney é recordista do maior número de indicações para o Oscar (59) e, também, para o número de Oscars ganhos (22). Ganhou, também, 4 Oscars honorários.         
              
1932- Oscar Melhor Curta-Metragem Animação “Flores e Árvores”;
1932- Prémio Honorário da Academia para a criação de “Mickey Mouse” ;
1934- Oscar Melhor Curta-Metragem Animação, “Os Três Porquinhos”;
1935- Oscar Melhor Curta-Metragem Animação, “A Tartaruga e a Lebre”;
1936- Oscar Melhor Curta-Metragem Animação, “Três Gatinhos Órfãos”;
1937- Oscar Melhor Curta-Metragem Animação, “Primo País”;
1938- Oscar Melhor Curta-Metragem Animação, “The Old Mill”;
1939- Oscar Melhor Curta-Metragem Animação, “Ferdinando, o Touro”;
1939- Oscar Honorário, “Branca de Neve e os Sete Anões” - Para “Branca de Neve e os Sete Anões” , reconhecido como uma inovação significativa do cinema que tem encantado milhões e foi pioneiro de uma nova área de entretenimento (o prémio foi uma estatueta e sete estatuetas em miniatura);
1940- Oscar Melhor Curta-Metragem Animação, “Patinho Feio”;
1941-  Oscar Honorário, “Fantasia”, compartilhada com William E. Garity e JNA Hawkins - Pela sua extraordinária contribuição para o avanço do uso do som no cinema, através da produção de “Fantasia";
1942- Oscar Melhor Curta-Metragem Animação, “Empreste uma pata”;
1943- Oscar Melhor Curta-Metragem Animação, “Fuehrer's Face Der”;
1949- Oscar melhor curta-metragem Live Action, “Seal Island”;
1949- Thalberg Memorial Award Irving G. (Honorário);
1951- Oscar Melhor Curta-Metragem Live Action, “Beaver Valley”;
1952- Oscar Melhor Curta-Metragem Live Action, “Nature's Half Acre”;
1953- Oscar Melhor Curta-Metragem Live Action, “Aves de Água”;
1954- Oscar Melhor Documentário, “Living Desert”;
1954- Oscar Melhor Documentário Curta-Metragem, “O esquimó do Alasca”;
1954- Oscar Melhor Curta-Metragem Animação, “Toot Whistle Plunk e Boom”;
1954- Oscar Melhor Curta-Metragem Live Action, “Bear Country”;
1955- Oscar Melhor Documentário, “Vanishing Prairie”;
1956- Oscar Melhor Documentário Curta-Metragem, “Homens Contra o Ártico”;
1959- Oscar Melhor Curta-Metragem Live Action, “Grand Canyon”; e
1969- Oscar Melhor Curta-Metragem Animação “Ursinho Pooh e o dia tempestuoso”.      



Obrigado Carlos !

sábado, 26 de novembro de 2011

Jazz Standards (XXXVIII)

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)               
                   
(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)                          
                           
September Song (#76) - Música de Kurt Weill e Letra de Maxwell Anderson
O actor Walter Huston introduziu pela primeira vez, “September Song” na Broadway, durante a estreia do musical “Knickerbocker Holiday” em 19 de Outubro de 1938, no Teatro “Ethel Barrymore”, por 168 exibições.
A gravação de Huston da composição “September Song” entrou nas tabelas em 28 de Janeiro de 1938, para o 12º. Lugar.                 
                     
Jimmy Durante (Nova York, EUA, 10-02-1893 — Santa Mônica, Califórnia, EUA, 29-01-1980) – Em 1955.                 
                     
                
                    
Letra (versão de Jimmy Durante)                 
                     
Well, it's a long, long time
From May to December.
But the days grow short,
When you reach September.
And the autumn weather
Turns the leaves to gray
And I haven't got time
For the waiting game.
All the days dwindle down
To a precious few
September, November
All these few precious days
I spend with you.
These precious days
I’ll spend with you.                   
                      
Wynton Marsalis (New Orleans, Louisiana, EUA, 18-10-1961 - 20xx) & Sarah Vaughan (Newark, 27-03-1924 — Los Angeles, 03-04-1990) – Com Wynton Marsalis (trompete), Sarah Vaughan (voz) e a orquestra “Boston Pops” conduzida pelo maestro John Williams.             
                    
               
                     
Letra (versão de Sarah Vaughan)             
                  
Well, it's a long, long time
From May to December.
But the days grow short,
When you reach September.
And the autumn weather
Turns the leaves to gray
And I haven't got time
For the waiting game.
And the days dwindle down
To a precious few
September, November
And these few precious days
I spend with you.
These precious days
I spend with you.                 
                 
Dave Grissman (bandolim, banjo), Robin Nolan (guitarra), Frank Vignola (guitarra) e Michael Papillo (contrabaixo) - Quatro músicos tocando o jazz cigano Django Reinhardt juntaram-se numa tarde chuvosa para gravar, ao vivo, um álbum no quarto de alguém.              
                     
                  
                       
Billy Eckstine (Pittsburgh, Pennsylvania, EUA,  08-07-1914 – Pittsburgh, Pennsylvania, EUA, 08-03-1993)                
                     
              
                      
Letra (versão de Billy Eckstine)                     
                       
Well, it's a long, long time
From May to December.
But the days grow short,
When you reach September.
And the autumn weather
Turns the leaves to gray
And I haven't got time
For the waiting game.
And the days dwindle down
To a precious few
September, November
And these few precious days
I spend with you.
These golden days
I spend with you.               
                 
Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos)

Programa do Jô - Piada de Ibama e do Veado

Orgulho de Filho - Interacção Humorística (XLII)

Em 08-02-2010. Obrigado.               
                 
Orgulho do filho            
                      
Quatro amigos encontraram-se numa festa, após trinta anos sem se verem.
Uns copos daqui, conversa de lá e de cá até que um deles resolve ir ao WC. Os que ficaram, começam a falar sobre os filhos.
O primeiro diz:
- O meu filho é o meu orgulho. Começou a trabalhar como paquete numa empresa, estudou, formou-se em Administração, foi promovido a gerente da empresa, e hoje é o Presidente. Ele ficou tão rico, tão rico, que no aniversário de um amigo, deu-lhe um Mercedes novinho.
O outro disse:
- Que maravilha! Mas o meu filho também é motivo de orgulho. Começou a trabalhar a entregar passagens. Estudou e tornou-se piloto. Foi trabalhar numa grande companhia aérea. Resolveu entrar de sociedade da empresa, e hoje ele é o dono! Ele ficou tão rico que no aniversário de um amigo, deu-lhe um 737 de presente!
O terceiro falou:
- Estão ambos de parabéns!!! Mas o meu filho também ficou muito rico.
Estudou, formou-se em engenharia, abriu uma construtora e deu-se tão bem que ficou milionário. Ele também deu um presente para um amigo que fez anos há pouco tempo. Construiu-lhe uma casa de 500 m2!
O quarto amigo que entretanto chega do wc, perguntou:
- Qual é o assunto?
 Estamos falando do orgulho que temos dos nossos filhos.
E o seu? O que é que ele faz?
- Meu filho é "gay", ganha a vida fazendo programas.
E os amigos disseram:
- Fogo, que decepção!!!
E ele respondeu:
- Qual quê, ele é o meu orgulho, é um grande sortudo. Sabem que no último aniversário, ele recebeu uma casa com 500 m2, um avião 737 e um Mercedes, tudo presentes de 3 "bichonas" que ele anda  a "comer"!

sábado, 19 de novembro de 2011

Jazz Standards (XXXVII)

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)               
                      
(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)                  
                  
Just One of Those Things (#74) - Letra e Música de Cole Porter 
June Knight e Charles Walters apresentaram “Just One Of Those Things” no musical “Jubilee” da Broadway que se estreou a 12 de Outubro de 1935, no “Imperial Theatre” e que se manteve em cena durante 169 exibições. “Jubilee” era uma sátira política que contava a história de um rei deposto e de uma rainha que foram forçados a tornarem-se incógnitos no seu próprio país.             
                     
Ella Fitzgerald (Newport News, 25-04-1917 — Beverly Hills, 15-06-1996) - Em 1957, num concerto realizado no "Het Concertgebouw", em Amsterdão. Apresentada pelo produtor de "Jazz at the Philharmonic", Norman Granz. Pianista privado Don Abney, e com uma incrível secção rítmica com Ray Brown (contrabaixo), Herb Ellis (guitarra) e Jo Jones (bateria).               
                     
                  
                          
Letra (versão de Ella Fitzgerald)            
                  
As Dorothy Parker once said
To her boyfriend, "fare thee well"
As Columbus announced
When he knew he was bounced,
"it was swell, Isabel, swell"
As Abelard said to Eloise,
"don’t forget to drop a line to me, please"
As Juliet cried, in her Romeo’s ear,
"Romeo, why not face the fact, my dear"         
               
It was just one of those things
Just one of those crazy flings
One of those bells that now and then rings
Just one of those things
It was just one of those nights
Just one of those fabulous flights
A trip to the moon on gossamer wings
Just one of those things
If we’d thought a bit, of the end of it
When we started painting the town
We’d have been aware that our love affair
Was too hot, not to cool down
So good-bye, dear, and amen
Here’s hoping we meet now and then
It was great fun
But it was just one of those things
If we’d thought a bit, of the end of it
When we started painting the town
We’d have been aware that our love affair
Was too hot, not to cool down
So good-bye, dear, and amen
Here’s hoping we meet now and then
It was great fun
But it was just one of those things
Just one of those things                    
                    
Doris Day (Cincinnati, Ohio, USA, 03-04-1922 - 20xx) - Doris Day cantando e sapateando, excelentemente, esta composição de Cole Porters em 1951, no musical “Lullaby of Broadway”.                
                 
                 
                     
Letra (versão de Doris Day)             
                      
It was just one of those things
Just one of those crazy flings
One of those bells that now and then rings
Just one of those things
It was just one of those nights
Just one of those fabulous flights
A trip to the moon on gossamer wings
Just one of those things
If we'd thought a bit about the end of it
When we started painting the town
We'd have been aware that our love affair
Was too hot not to cool down
So good-bye, dear, and amen
Here's hoping we meet now and then
It was great fun
But it was just one of those things
So good-bye, dear, and amen
Here's hoping we meet now and then
It was great fun
But it was just one of those things                 
                  
Frank Sinatra (Hoboken, 12-12-1915 — Los Angeles, 14-05-1998) – Com o pianista Bill Miller.              
                  
                
                      
Letra de Frank Sinatra)                
                 
It was just one of those things
Just one of those crazy flings
One of those bells that now and then rings
It was one of those things
It was just one of those nights
Just one of those fabulous flights
A trip to the moon on gossamer wings
It was one of those things
If we'd thought a bit about the end of it
When we started painting the town
We'd have been aware that our love affair
Was too hot not to cool down
So good-bye, dear, and amen
Here's hoping we meet now and then
It was great fun
But it was just one of those things                
                    
Eliane Elias (São Paulo, 19-03-1960 - 20xx) – Nos “Heineken Concerts”, em 1996, com Eliane Elias & Convidados: Eliane Elias (piano), Jack Dejohnette (bateria), Marc Johnson (contrabaixo) e Mannolo Badrena (percussão). Projeto & Produção de “LPC Projetos Culturais”, Direcção Artística de Toy Lima e gravação para a TV Cultura de São Paulo.                 
                  

Programa do Jô – Oração de Mulher Tarada

Hospital português - Interacção Humorística (XLI)

Em 03-02-2010. Obrigado.             
                
Hospital em Portugal (?!)             
                 
- Bom dia ! É da recepção ? Eu gostaria de falar com alguém que me desse informações sobre os doentes. Queria saber se determinada pessoa está melhor ou se piorou...
         - Qual é o nome do doente ?
         - Chama-se Celso e está no quarto 302.
         - Um momentinho, vou transferir a chamada para o sector de enfermagem
         - Bom dia, sou a enfermeira Lourdes. O que deseja ?
         - Gostaria de saber as condições clínicas do doente Celso do 302, por  favor!
         - Um minuto, vou localizar o médico de serviço.
         - Aqui é o Dr. Carlos, de serviço. Em que posso ser-lhe útil ?
         - Olá, Sr. doutor. Precisaria que alguém me informasse sobre o estado de saúde do Celso que está internado há três semanas no quarto 302.
         - Ok, vou consultar a ficha do doente... Só um instante ! Ora aqui está… ele alimentou-se bem hoje, a tensão arterial e a pulsação estão estáveis,  responde bem à medicação prescrita e vai ser retirado do monitor cardíaco até amanhã. Continuando bem, o médico responsável dar-lhe-á alta em três dias.
       - Ahhhh, graças a Deus ! São notícias óptimas ! Que alegria !
       - Pelo seu entusiasmo, deve ser alguém muito próximo, certamente da família ?!
       - Não, sou eu o próprio Celso que telefona daqui do 302 !!! É que toda a gente entra e sai do quarto, mas ninguém me diz a ponta de um corno... só queria saber se estou melhor !...