Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 17 de setembro de 2011

Jazz Standards (XXXII)

O que é um “Jazz Standard” ?            
                     
Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem variar em muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:
“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.
… e …
Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.
Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.             
                 
(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)                
                     
(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)                 
                     
Tea for Two (#59) - Música de Vincent Youmans Letra de Irving Caesar 
 Tea for Two” foi cantado pela primeira vez por Louise Groody e John  Barker, no musical da Broadway “No, No, Nanette”, o qual se estreou em 16 de Setembro de 1925, no Teatro “Globe” e que esteve em cena por 321 actuações. A canção ficou conhecida do público antes da sua apresentação oficial na Broadway, dado que a versão pré-Broadway de “No, No, Nanette”, teve tanto sucesso em Chicago que o seu produtor, Harry, Frazee, deixou-a lá em cena, durante um ano.                 
                      
Edgar A. Benson (?) (Orchestra) – Em 1924, a orquestra estava localizada nos “Marigold Gardens” de Chicago, um local famoso pelas suas conexões com “gangsters”. A música for gravada em 28 de Agosto de 1924, em Camden, New Jersey, para a Victor com a referência 19438-A.                 
                     
                       
                            
Joe Loss (22-06-1909 – 06-06-1990) (Orchestra) – Em ritmo de chá-chá-chá.                
                  
                     
                       
Doris Day (Cincinnati, Ohio, USA, 03-04-1922 - 20xx)
                  
                  
                        
Letra (versão de Doris Day)              
                 
Oh honey
Picture me upon your knee,
With tea for two and two for tea,
Just me for you and you for me, alone!
Nobody near us, to see us or hear us,
No friends or relations
On weekend vacations
We won't have it known, dear,
That we own a telephone, dear.
Day will break and I'm gonna wake
And start to bake a sugar cake
For you to take for all the boys to see.
We will raise a family,
A boy for you , and a girl for me,
Can't you see how happy we will be.
Picture you upon my knee
Tea for two and two for tea
Me for you and you for me, alone!
Nobody near us, to see us or hear us,
No friends or relations on weekend vacations
We won't have it known, dear,
That we own a telephone,
Dear.
Day will break and I'm gonna wake
And start to bake a sugar cake
For you to take for all the boys to see.
We will raise a family,
A boy for you, and a girl for me,
Oh can't you see how happy we will be.
How happy we will be           
                            
Art Tatum (Toledo, Ohio, 13-10-1910 - Los Angeles, Califórnia, 05-11-1956) – Uma estupenda execução, pelo pianista Art Tatum, desta música dos anos 20.             
               

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!