Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Jazz Standards (XXXIV)

O que é um “Jazz Standard” ?              
                      
Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem variar em muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:
“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.
… e …
Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.
Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.              
                      
(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)                  
                          
(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)                   
                     
Over the Rainbow (#63) - Música de Harold Arlen Letra de Yip Harburg 
Judy Garland cantou “Over The Rainbow” em 1939, para o filme da “Metro Goldwyn Mayer”, “The Wizard Of Oz” (O Feiticeiro Do Oz). As filmagens começaram em Outubro de 1938, com a ante-estreia em 15 de Agosto de 1939, no “Grauman’s Chinese Theatre” em Holywood e em 17 de Agosto de 1939, no “Capitol Theatre”, em New York City.
Durante os dias seguintes às duas ante-estreias as gravações de “Over The Rainbow” subiam nas tabelas, com as versões de Glenn Miller e Larry Clinton. A meio de Setembro quatro gravações estavam nos dez primeiros lugares da tabela:           
                 
Nº. 1 – Glenn Miller e a sua orquestra, com a voz de Ray Eberle;
Nº. 2 - Bob Crosby e a sua orquestra, com a voz de Teddy Grace;
Nº. 5 – Judy Garland com a orquestra de Victor Young; e
Nº. 10 – Larry Clinton e a sua orquestra, com a voz de Bea Wain.             
           
Judy Garland (Grand Rapids, Minnesota, 10-06-1922 - Londres, 22-06-1969) – Aqui no filme “O Feiticeiro de Oz” (“The Wizard Of Oz”) de 1925, realizado por Larry Semon.               
                        
                    
                          
Letra (versão de Judy Garland)                    
                    
Somewhere over the rainbow
Way up high,
There's a land that I heard of
Once in a lullaby.
Somewhere over the rainbow
Skies are blue,
And the dreams that you dare to dream
Really do come true.
Someday I'll wish upon a star
And wake up where the clouds are far
Behind me.
Where troubles melt like lemon drops
Away above the chimney tops
That's where you'll find me.
Somewhere over the rainbow
Bluebirds fly.
Birds fly over the rainbow.
Why then, oh why can't I?
If happy little bluebirds fly
Beyond the rainbow
Why, oh why can't I?                       
                         
Keith Jarrett (Allentown, 08-05-1945 - 20xx) – Em Tóquio, 1984.               
                    
             
                         
Frank Sinatra (Hoboken, 12-12-1915 — Los Angeles, 14-05-1998)        
                     
               
                        
Letra (versão de Frank Sinatra)                 
                    
Somewhere, over the rainbow
Way up high
There's a land that I dreamed of
Once in a lullaby
Somewhere, over the rainbow
Skies are blue
And the dreams that you dare to dream
Really do come true
Some day I'll wish upon a star and wake up where the clouds are
Far behind me
Where troubles melt like lemon drops away above the chimney tops
That's where you'll find me
Somewhere, over the rainbow
Bluebirds fly
Birds fly over the rainbow
Why then, oh, why can't I?
When all the world is a hopeless jumble
And the raindrops tumble all around
Heaven opens a magic lane
To a place behind the sun
Just a step beyond the rain
Somewhere, over the rainbow
Bluebirds fly
Birds fly over the rainbow
Why then, oh, why can't I?
If happy little bluebirds fly
Beyond the rainbow
Why, oh, why can't I?                
                              
Jeff Beck (Wallington, Inglaterra, 24-06-1944 - 20xx) - UDO Music Festival 2006, ao vivo em Fuji Speedway, a 22 de Julho de 2006. Com Jeff Beck (guitarra), Jason Rebello (teclas), Randy Hope-Taylor (baixo) e Vinnie Colaiuta (bateria).                 
                       

Nada substitui o papel (*) – Quando Deus Era Um Coelho – Sarah Winman

(*) O papel pensa-se que terá sido inventado na China, durante a dinastia Han, entre 206 AC e 221 DC. Terá seguramente mais de 1.700 anos de história.         

                         
De Sarah Winman (Londres, 1964 – 20xx), “Quando Deus Era Um Coelho”, é a história de um irmão e de uma irmã. Mistérios e recomeços, de amizade e de família, de triunfos e tragédias, e de tudo o que fica pelo meio. O amor em todas as suas formas. Das Ilhas Britânicas às ruas nova-iorquinas, dos anos 60 à tragédia do 11 de Setembro, no “World Trade Center”, navegamos pela história de Elly e Joe, dois irmãos ligados por laços e segredos que vão resistindo e se transformam com o tempo. Aconselho a leitura deste romance/novela.              
                       
Na FNAC, com cartão FNAC, são 17,91€. Sem cartão são 19€                
                                          
Sarah Winman fala sobre a sua primeira novela, a Richard e Judy do “Summer 2011 Book Club”                 
                                
                      
                           
Como Sarah Winman descreve o seu livro. O que ele representa para ela ?               
                           
                  
                          
Quando Deus Era Um Coelho                    
                        

Programa do Jô – Piada do Bombeiro

Ventríloquo - Interacção Humorística (XXXIV)

Em 18-11-2009. Obrigado.          
                 
Ventríloquo              
                
Abraão levou o filho para o deserto.... amarrou-o a uma árvore e acendeu uma fogueira debaixo dos seus pés.
De repente, uma voz diz:
- Abraão, Abraão, que é isso ????
- Senhor, Senhor eu estou sacrificando o meu filho, conforme a Vossa ordem !!!!
- Não, Abraão, eu só queria medir a tua fé !!
- Mas Senhor....!!!!
- Abraão, solta o menino !!!!!
Abraão soltou o filho. O menino saiu disparado...correu, correu, correu, e Abraão gritava:
- Filho volte, filho volte, o Senhor libertou-te !!!!
O menino parou, longe, e gritou:
- Libertou o caralho !!! Se eu não fosse ventríloquo estava fodido!

Gosto de Snooker !

Reposição de parte do texto (corrigido!) e o “link”, publicado no “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades, de 20 de Novembro de 2008.              
                       
                   
A observar também se aprende, embora aqui, o nível seja tão elevado que é somente, ficarmos boquiabertos a ver estes grandes senhores da disciplina de “snooker”. Um desporto que já foi unicamente de homens e que de há uns anos para cá, tem uma grande clientela feminina e ainda bem.           
                 
Regras básicas:               
                
O objectivo deste jogo é colocar dentro dos buracos todas as bolas, vermelhas e de cor, como assim é convencionado.           
                       
Bolas vermelhas (15) = 1 ponto cada              
              
Bolas de cor:           
                
                1 Preta        = 7 pontos
                1 Rosa        = 6 pontos
                1 Azul         = 5 pontos
                1 Castanha = 4 pontos
                1 Verde       = 3 pontos
                1 Amarela   = 2 pontos             
               
Começa-se sempre por jogar a uma bola vermelha e de seguida a uma de cor. As bolas de cor voltam sempre a sair, enquanto existirem vermelhas, e são colocadas no seu local correcto, indicado pelas regras. A tacada máxima é de 147 pontos, a qual se obtém, jogando e metendo vermelhas, intercaladas, e sempre com a bola preta que vale 7 pontos (8 x 15 = 120). Finalmente, embolsar toda a sequência final por ordem crescente, bola amarela, verde, castanha, etc. até à bola preta, isto equivale a 27 pontos.           
                      
Concluindo 120 + 27 = 147 pontos, que em muitos Torneios de “snooker” chega a valer um cheque de 20.000€.          
                   
E agora divirtam-se, são alguns minutos com as duas últimas grandes tacadas de 147 pontos do britânico (inglês) Ronnie O’Sullivan, “The Rocket”.              
                      
No “World Open 2010”, versus Mark King.              
                 
                 
                  
No “Paul Hunter Classic 2011”, versus Adam Duffy.                     
                       

domingo, 25 de setembro de 2011

Lumiére – “Midnight in Paris”

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)               
                       
Um casal e os pais dela, numa viagem de negócios do pai, a Paris. Os jovens estão prestes a casar, mas não existem muitas convergências entre eles. Ele quer viver nos Estados Unidos e ele quer viver em Paris. O aparecimento de um casal amigo aguça as divergências. Gil está apaixonado pela cidade e vive o seu sonho de ser escritor.           
                
Realização – Woody Allen;
Argumento – Woody Allen;
Produção – Letty Aronson, Stephen Tenenbaum e Jaume Roures;
Orçamento – 30 milhões de dólares;
Estúdio – Mediapro, Gravier Productions;
Distribuidora – Pathé (UK/France), Sony Pictures Classics;
Estreia – 11 de Maio de 2011, no Festival de Cannes             
                      
Owen Wilson – Gil Pender;
Rachel McAdams – Inez;
Mimi Kennedy – Helen, mãe de Inez;
Kurt Fuller – John, pai de Inez;
Nina Arianda – Carol Bates, a amiga;
Michael Sheen – Paul Bates, o amigo;
Carla Bruni – Guia do Museu de Rodin;
Yves Heck - Cole Porter;
Alison Pill - Zelda Fitzgerald;
Corey Stoll - Ernest Hemingway;
Tom Hiddleston - F. Scott Fitzgerald;
Sonia Rolland - Josephine Baker;
Daniel Lundh - Juan Belmonte;
Kathy Bates - Gertrude Stein;
Marcial Di Fonzo Bo - Pablo Picasso;
Marion Cotillard - Adriana;
Léa Seydoux - Gabrielle;
Emmanuelle Uzan - Djuna Barnes;
Adrien Brody - Salvador Dalí;
Tom Cordier - Man Ray;
Adrien de Van - Luis Buñuel;
Gad Elmaleh - Detective Tisserant;
David Lowe - T.S. Eliot;
Yves-Antoine Spoto - Henri Matisse;
Laurent Claret - Leo Stein;
Vincent Menjou Cortes - Henri de Toulouse-Lautrec;
Olivier Rabourdin - Paul Gauguin;
François Rostain - Edgar Degas.            
               
Trailer Oficial                
                    
               
                
Entrevista (excertos) Festival Cannes, sob a estreia do filme            
                  
               
                    
Entrevista (excertos) Owen Wilson e Woody Allen, sobre o filme                  
                    
               
                         
Opinião         
           
Para quem gosta de cinema, aconselho vivamente.E quando já julgávamos que tínhamos visto tudo pela mão de Allen, eis que com 75 anos, eles nos brinda com uma comédia ligeira bem engendrada e contada que nos leva a pensar mais uma vez sobre aquilo que nos faz sonhar e se essas realidades ilusórias, os sonhos, valem a pena.
É em Paris, mais uma vez, a maravilhosa cidade da “Luz” que somos levados pela noite dentro, numa viagem temporal, do nosso personagem principal Gil Pender (Owen Wilson). Acredito que Owen tenha visto, cuidadosamente, as interpretações de Woody Allen, ao qual assentaria, perfeitamente, esta personagem.
Parece-me ser um filme bem conseguido e que não nos espantaria ser possível acontecer (será ??!!). Por incrível que pareça foi essa a sensação com que saí do cinema. Talvez porque a dimensão tempo, é tão misteriosa e apaixonante. Penso que esta sensação, todos a terão ao ver o filme.
Mais uma vez, o actor, realizador, argumentista e escritor, Woody Allen, nome artístico de Allan Stewart Königsberg, nascido em New York em 1 de Dezembro de 1935, mostra a sua qualidade cinematográfica.
Muito em breve irá figurar na minha galeria periódica “Notícia de Coluna”.

http://www.sonyclassics.com/midnightinparis/

sábado, 24 de setembro de 2011

Jazz Standards (XXXIII)

O que é um “Jazz Standard” ?              
                  
Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem variar em muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:
“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.
… e …
Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.
Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.              
                      
(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)               
                        
(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)                  
                
It Could Happen to You (#60) - Música de Jimmy Van Heusen Letra de Johnny Burke 
Em 1944, Dorothy Lamour and Fred MacMurray, apresentaram “It Could Happen To You”, na comédia musical da “Paramount  Pictures”, “And The Angels Sing”. O filme conta-nos a história do quarteto/grupo musical “Angel Sisters”, composto por Dorothy Lamour, Betty Hutton, Diana Lynn e Mimi Chandler e as suas aventuras com mum chefe de orquestra, papel interpretado por Fred MacMurray.
Outras canções do reportório da dupla Van Heusen/Burke incluíam, “His Rocking Horse Ran Away,” “Bluebirds in My Belfry,” “For the Next Hundred Years,” “Knocking on Your Own Front Door,” “My Heart’s Wrapped Up in Gingham,” “When Stanislaus Got Married,” e “How Does Your Garden Grow?” onde a voz de Diana Lynn foi dobrada por Julie Gibson.               
                       
Miles Davis (Alton, Illinois, EUA, 26-05-1926 — Santa Monica, California, EUA, 28-09-1991) (Quinteto) – Do álbum “Relaxin” de 1956 com Miles Davis (trompete), John Coltrane (saxofone tenor), Red Garland (piano), Paul Chambers (contrabaixo) e Philly Joe Jones (bateria).                 
                       
                      
                        
Chet Baker (Yale, Oklahoma, 23-12-1929 – Amsterdão, 13-05-1988)         
               
              
                          
Letra (versão de Chet Baker)                
                      
Hide your heart from sight, lock your dreams at night
It could happen to you
Don't count stars or you might stumble
Someone drops a sigh and down you tumble
Keep an eye on spring, run when church bells ring
It could happen to you
All I did was wonder how your arms would be
And it happened to me
Keep an eye on spring, run when church bells ring
It could happen to you
All I did was wonder how your arms would be
And it happened to me              
                        
Harry Pickens (Brunswick, Georgia, nn-nn-19nn – 20xx) (Trio) – No 20º. Celebração Anual do Jazz. Com Harry Pickens (piano), Chris Fitzgerald (contrabaixo) e Jonathan Higgins (bateria).              
                     
                   
                         
Brian McCarthy (13-04-1981 – 20xx)  (Quinteto) – Um summit especial de saxofone em Vermont, em honra de Matt Clancy (saxofonista, compositor, e educador). Gravado ao vivo nos concertos de Clancy em 2 de Fevereiro de 2008. Com os saxofonistas Brian McCarthy, Chris Peterman e Michael Zsoldos, e ainda Steve Blair (guitarra), Art  Dequasie (conrabaixo) e Rich Magnuson (bateria).