Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 13 de agosto de 2011

Jazz Standards (XXVII)

O que é um “Jazz Standard” ?               
                         
Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem variar em muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:
“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.
… e …
Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.
Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.                 
                     
(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)            
                           
(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)                     
                                  
I Should Care (#47) – Letra e Música de Sammy Cahn, Axel Stordahl e Paul Weston
Bob Allen interpretou “I Should Care”, com a orquestra de Tommy Dorsey, para o musical da “Metro Goldwyn Mayer”, “Thrill Of A Romance”, de 1945. Logo após a estreia do filme, Martha Tilton (vocalista) teve um sucesso com a composição, na primeira de quatro aparições, e fez com que ele subisse nas tabelas desse ano.                      
                          
Thelonious Monk (Rocky Mount, 10-10-1917 — Weehawken, New Jersey, 17-02-1982) – Gravado em 2 de Julho de 1948, em New York. Do álbum “Monk's Mood” (Original 1944-1948 Recordings), com Thelonious Monk (piano). Nesse álbum tocaram também, Milt Jackson (vibraphone), John Simmons (contrabaixo), Shadow Wilson (bateria), Kenny Hagood (vocal).                  
                       
          
                          
Letra (versão de Kenny Hagood)            
                         
I should care, I should go around weeping
I should care, I should go without sleeping
Strangely enough, I sleep well
'cept for a dream or two
But then I count my sheep well
Funny how sheep can lull you to sleep
But I should care, I should let it upset me
I should care, just doesn't get me
Maybe I won't find someone as lovely as you
But I should care and I do
Maybe I won't find someone as lovely as you
But I should care and I do                       
                              
Jane Monheit (Oakdale, Long Island, 03-11-1977 - 20xx) – Actuação da cantora no episódio “The American Songbook”.                         
                      
                   
                         
Letra (versão de Jane Monheit)               
                       
I should care, I should go around weeping
I should care, I should go without sleeping
Strangely enough, I sleep well
'cept for a dream or two
But then I count my sheep well
Funny how sheep can lull you to sleep
But I should care, I should let it upset me
I should care but it just doesn't get me
Maybe I won't find someone as lovely as you
So I should care and I do                          
                          
Bud Powell (New York, 27-09-1924 – New York, 31-07-1966) – Gravado em New York, em 10 de Janeiro de 1947, com Bud Powell (piano), Curly Russell (contrabaixo) e Max Roach (bateria).                    
                               
                          
                              
Frank Sinatra (Hoboken, 12-12-1915 — Los Angeles, 14-05-1998)    
                   
                  
                          
Letra (versão de Frank Sinatra)       
                   
I should care, I should go around weepin'
I should care, I should go without sleepin'
Strangely enough I sleep well,
'cept for a dream or two
But then I count my sheep well
Funny how sheep can lull you to sleep
So I should care, I should let it upset me
I should care, but it just doesn't get me
Maybe I won't find someone as lovely as you
But I should care and I do
Maybe I won't find someone as lovely as you
But I should care and I do

1 comentário:

Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!