Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Jazz Standards (XII)

O que é um “Jazz Standard” ?

Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem ser muito variar muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:
“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.
… e …
Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.
Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

These Foolish Things (Remind Me Of You) (#28) – Música de Jack Strachey & Harry Link e Letra de Eric Maschwitz
Dorothy Dickson actriz e cantora, cantou-a na comédia britânica e musical de 1936 “Spread It Abroad”. Um sucesso modesto que se estreou no dia 1 de Abril no “Saville Theater” em Londres, e esteve em cena durante 209 actuações. O actor francês Jean Sablon tinha sido, originalmente, escolhido para cantar “These Foolish Things”, mas a morte do rei George V, em Janeiro, fez com que o espectáculo fosse adiado. Entretanto Sablon, aceitou um compromisso, na série da rádio americana “The Magic Key”.

Bryan Ferry (Washington, England, 26-09-1945 - 20xx) – Uma aparição na Televisão de 1974, com o cantor interpretando este tema, que deu nome ao seu primeiro álbum (1973) e à faixa nº. 13. Este LP subiu ao 5º. Lugar da tabela britânica.


Letra (versão de Brian Ferry)

A cigarette that bears a lipstick's traces
An airline ticket to romantic places
And still my heart has wings
These foolish things
Remind me of you
A tinkling piano in the next apartment
Those stumbling words that told you what my heart meant
A fairground's painted swings
These foolish things
Remind me of you
You came, you saw, you conquered me
When you did that to me, I somehow knew that this had to be
The winds of March that make my heart a dancer
A telephone that rings - but who's to answer?
Oh, how the ghost of you clings
These foolish things
Remind me of you
Gardenia perfume lingring on a pillow
Wild strawberries only seven francs a kilo
And still my heart has wings
These foolish things
Remind me of you
I know that this was bound to be
These things have haunted me
For you've entirely enchanted me
The sigh of midnight trains in empty stations
Silk stockings thrown aside, dance invitations
Oh, how the ghost of you clings
These foolish things
Remind me of you
The smile of Garbo and the scent of roses
The waiters whistling as the last bar closes
The song that Crosby sings
These foolish things
Remind me of you
How strange, how sweet, to find you still
These things are dear to me
That seems to bring you so near to me
The scent of smoldering leaves, the wail of steamers
Two lovers on the street who walk like dreamers
Oh, how the ghost of you clings
These foolish things
Remind me of you.

Ella Fitzgerald (Newport News, 25-04-1917 — Beverly Hills, 15-06-1996) – Em 23 de Julho de 1957, com Ella Fitzgerald (voz), Oscar Peterson (piano), Herb Ellis (guitarra), Ray Brown (contrabaixo) e Louis Bellson (bateria).


Letra (versão de Ella Fitzgerald)

Oh will you never let me be?
Oh will you never set me free?
The ties that bound us, are still around us
There's no escape that I can see
And still those little things remain
That bring me happiness or pain
A cigarette that bares a lipstick’s traces
An airline ticket to romantic places
And still my heart has wings
These foolish things remind me of you.
A tinkling piano in the next apartment
Those stumblin’words that told you what my heart meant
A fairground’s painted swings
These foolish things
Remind me of you.
You came,
You saw,
You conquered me
When you did that to me
I knew somehow this had to be
The winds of March that made my heart a dancer
A telephone that rings but who’s to answer
Oh, how the ghost of you clings
These foolish things
Remind me of you
First daffodils
And long excited cables
And candle lights
A little corner table
And still my heart has wings
These foolish things remind me of you
The park at evening
When the bell has sounded
The pier in France
With all the gulls around it
The beauty that is spring
These foolish things
Remind me of you
How strange,
How sweet,
To find you still,
These things are dear to me
They seem to bring you near to me
The sigh of midnight trains
At empty stations
Silk stockings thrown aside
Dance invitations
Oh how the ghost of you clings
These foolish things
Remind me of you
Gardenia perfume
Lingering on a pillow
Wild strawberries
Only seven francs a kilo
And still my heart has wings,
These foolish things,
Remind me of you
The smile of Garbo
And the scent of roses
The waiters whistling
As the last bar closes
The song that Crosby sings
These foolish things
Remind me of you
How strange,
How sweet,
To find you still,
These things are dear to me
They seem to bring you near to me
The scent of smoldering leaves
The wail of steamers
Two lovers on the street
Who walk like dreamers
Oh how the ghost of you clings
These foolish things
Remind me of you.

Benny Goodman (Chicago, Illinois, 30-05-1909 – 13-06-1986) (Orchestra) – Com Helen Ward (vocal)


Letra (versão de Helen Ward)

A cigarette that bears a lipstick's traces
An airline ticket to romantic places
A fairground's painted swings
These foolish things
Remind me of you
A tinkling piano in the next apartment
Those stumbling words that told you
What my heart meant
Oh, how the ghost of you clings
These foolish things
Remind me of you
You came, you saw, you conquered me
When you did that to me, I knew somehow that this had to be
The winds of March that make my heart a dancer
A telephone that rings - but who's to answer?
Oh, how the ghost of you clings
These foolish things
Remind me of you

Thelonious Monk (Rocky Mount, 10-10-1917 — Weehawken, New Jersey, 17-02-1982) – Do seu álbum "Solo Monk" de 1964, para a Columbia Records, faixa nº. 12.

Pat Metheny – De novo por cá (IV)

(In Wikipédia ou http://www.patmetheny.com - Os excertos das biografias foram adaptados e traduzidos, o resto dos textos são da minha autoria – Ricardo Santos)

Se quiserem ler/ouvir todos os artigos/músicas deste grupo, é irem ao meu “velho” Blogue “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades” e procurarem as etiquetas “PMG” e “Fusão”, aconselho também a etiqueta “Jazz o que é” (“link” aqui em baixo), onde se explica o que é este género musical, pela vozes do saudoso Luís Villas-Boas (“música de vivos para vivos” !!!) e pelo trompetista Laurent Filipe.


So May It Secretly Begin” (do álbum do grupo, intitulado “Still Life (talking)” de 1987), no “Legends Of Jazz”, com Antonio Sanchez (bateria), Christian McBride (contrabaixo) e Pat Metheny (guitarras).


So May It Secretly Begin” (do álbum do grupo, intitulado “Still Life (talking)” de 1987), com a "Metropole Orchestra" ou "Het Metropole Orkest", e a voz de Fay Lovsky, gravado em 2003. É uma orquestra popular de jazz, de origem holandesa. Foi fundada em 1945 por Dolf van der Linden e é administrada e subsidiada pela "Netherlands Public Broadcasting". O nome do grupo foi sugerido por um dos músicos. Dolf van der Linden liderou durante 35 anos até sair em 1980. Foi substituído por Rogier van Otterloo, que conduziu a orquestra até 1998, altura da sua morte súbita. Dick Bakker herdou a batuta até 1995, altura em que o actual maestro Vince Mandoza assumiu a sua liderança.

Gravado no “Festival Norh Sea Jazz” de 2003 – Evento de três dias, na Holanda, e um dos melhores festivais internacionais de jazz na Europa. Ano após ano, os convidados nunca deixam de impressionar, e o fim de semana inteiro é soberbamente organizado. Todas as salas estão localizadas no interior do labirinto, que é o complexo do Centro de Congressos holandês, "Den Haag". Cada um dos dias do Festival atrai uma população de 22.000 ou mais amantes do Jazz, aqueles que simplesmente apreciam umas horas bem passadas.

De Barbosa du Bocage, conta a história que... - Interacção Humorística (XII)

Em 24-06-2009. Obrigado.

De Manuel Maria Barbosa du Bocage conta a história que...

...Bocage, ao chegar a casa um certo dia, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal.

Chegando lá, viu um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com os seus amados patos, disse-lhe:

- Oh, bucéfalo anácrono! Não te interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo... mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com a minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.

E o ladrão, confuso, diz:

- "Doutor, afinal eu levo ou deixo os patos?"

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O 25 de Abril foi há 37 anos

Quase quatro dezenas em que a nossa história em vez de progredir para uma melhoria e bem estar de todos nós, deixá-mo-la avançar para aquilo que as familias que nos têm governado, desde o final da Monarquia, querem. Poder, dinheiro e a consequente miséria de muitos milhões em detrimento de alguns milhares.

Importante visitar, para não andarmos a dizer disparates, por falta de conhecimento, e a ouvirmos as asneiras que se dizem pelos nossos "media" sobre esta crucial data, é o link http://www.25abril.org/a25abril/

"Inquietação", do álbum de José Afonso “Fados de Coimbra e Outras Canções”, de 1981.

sábado, 23 de abril de 2011

Jazz Standards (XI)

O que é um “Jazz Standard” ?

Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem ser muito variar muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:
“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.
… e …
Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.
Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

The Way You Look Tonight (#27) – Música de Jerome Kern e Letra de Dorothy Fields
Fred Astaire apresentou-a no musical da “RKO” “Swing Time”, o sexto de dez filmes onde ele e Ginger Rogers seriam as estrelas principais. Dorothy Fields and Jerome Kern escreveram para este filme, um dos mais populares temas de sempre. Com “The Way You Look Tonight” ganharam o prémio da Academia em 1936, batendo “I’ve Got You Under My Skin” e “Pennies from Heaven”.

Fred Astaire (Omaha, 10-05-1899 — Los Angeles, 22-06-1987) – Aqui o original do filme “Swing Time”, realizado por George Stevens, para “RKO Radio Pictures” em 1936, e começado a exibir em 27 de Agosto do mesmo ano, com um orçamento de 886 mil dolares que deram um lucro de 2.6 milhões.


Letra (versão de Fred Astaire)

Some day, when I'm awfully low,
And the world is cold,
I will feel a glow just thinking of you...
And the way you look tonight.
But you're lovely, with your smile so warm
And your cheeks so soft,
There is nothing for me but to love you,
Just the way you look tonight.
With each word your tenderness grows,
Tearing my fear apart...
And that laugh that wrinkles your nose,
Touches my foolish heart.
Lovely ... never, never change.
Keep that breathless charm.
Won't you please arrange it ?
'Cause I love you ... just the way you look tonight.
Mm, Mm, Mm, Mm,
Just the way you look to-night.

Michael Bublé (Burnaby, British Columbia, 09-09-1975 - 20xx) – Fazendo parte do seu primeiro álbum de Fevereiro de 2003, intitulado “Michael Bublé”.


Letra (versão de Michael Bublé)

Some day, when I’m awfully low,
When the world is cold,
I will feel a glow just thinking of you
And the way you look tonight.
You’re lovely, with your smile so warm
And your cheeks so soft,
There is nothing for me but to love you,
Just the way you look tonight.
With each word your tenderness grows,
Tearing my fear apart...
And that laugh that wrinkles your nose,
Touches my foolish heart.
Lovely ... never, ever change.
Keep that breathless charm.
Won’t you please arrange it?
’cause I love you ... just the way you look tonight.
Mm, tonight.

Rod Stewart (Highgate, Londres, 10-01-1945 – 20xx)


Letra (versão de Rod Stewart)

Some day, when I’m awfully low,
When the world is cold,
I will feel a glow just thinking of you
And the way you look tonight.
You’re lovely, with your smile so warm
And your cheeks so soft,
There is nothing for me but to love you,
Just the way you look tonight.
With each word your tenderness grows,
Tearing my fear apart...
And that laugh that wrinkles your nose,
Touches my foolish heart.
But you're lovely ... never, ever change.
Keep that breathless charm.
Darling please arrange it?
’cause I love you ... just the way you look tonight.
...
Darling, and the way you look tonight
Sweetheart, just the way you look tonight

Eliane Elias (São Paulo, 19-03-1960 - 20xx) (and Guests) – Nos concertos “Heineken” em 1996, com Eliane Elias (piano), Jack Dejohnette (bateria), Marc Johnson (contrabaixo) e Mannolo Badrena (percussão), gravado pela “TV Cultura” de São Paulo.

Pat Metheny – De novo por cá (III)

(In Wikipédia ou http://www.patmetheny.com - Os excertos das biografias foram adaptados e traduzidos, o resto dos textos são da minha autoria – Ricardo Santos)

Minuano (Six Eight)” (do álbum do grupo, intitulado “Still Life (talking)” de 1987), ao vivo no Japão. Com Pat Metheny (guitarra), Lyle Mays (teclas), Steve Rodby (contrabaixo), Armando Marçal (percussão), Paul Wertico (bateria), Mark Ledford e David Blamires (vocais e outros instrumentos).


Minuano (Six Eight)” (do álbum do grupo, intitulado “Still Life (talking)” de 1987), com a "Metropole Orchestra" ou "Het Metropole Orkest", e a voz de Fay Lovsky, gravado em 2003. É uma orquestra popular de jazz, de origem holandesa. Foi fundada em 1945 por Dolf van der Linden e é administrada e subsidiada pela "Netherlands Public Broadcasting". O nome do grupo foi sugerido por um dos músicos. Dolf van der Linden liderou durante 35 anos até sair em 1980. Foi substituído por Rogier van Otterloo, que conduziu a orquestra até 1998, altura da sua morte súbita. Dick Bakker herdou a batuta até 1995, altura em que o actual maestro Vince Mandoza assumiu a sua liderança.

Gravado no “Festival Norh Sea Jazz” de 2003 – Evento de três dias, na Holanda, e um dos melhores festivais internacionais de jazz na Europa. Ano após ano, os convidados nunca deixam de impressionar, e o fim de semana inteiro é soberbamente organizado. Todas as salas estão localizadas no interior do labirinto, que é o complexo do Centro de Congressos holandês, "Den Haag". Cada um dos dias do Festival atrai uma população de 22.000 ou mais amantes do Jazz, aqueles que simplesmente apreciam umas horas bem passadas.


Amigos pelo menos - Interacção Humorística (XI)

Em 19-06-2009. Obrigado.

Amigos pelo menos

Um dia, na paragem do autocarro, estava uma rapariga que usava uma mini-saia muito apertada.

Quando o autocarro chegou e era a sua vez de entrar, apercebeu-se que a saia estava tão apertada que ela não conseguia levantar a perna o suficiente para chegar ao primeiro degrau.

Tentando arranjar uma maneira de conseguir levantar a perna ela recuou esticou os braços para trás e desapertou um bocadinho o fecho da saia. Ainda assim não conseguia chegar ao degrau...

Embaraçada recuou novamente e esticou os braços para trás das costas para desapertar um pouco mais o fecho. Ainda assim não conseguiu subir para o primeiro degrau...

Então, recuou novamente esticou os braços para trás e desapertou completamente o fecho da saia.

Pensando que desta vez ia conseguir levantou novamente a perna, apenas para descobrir que ainda não conseguia alcançar o degrau...

Vendo como ela estava embaraçada, o homem que estava atrás dela na fila do autocarro, pôs as suas mãos à volta da cintura dela, levantou-a e pousou-a no primeiro degrau do autocarro.

A rapariga virou-se furiosa e perguntou:

- Como se atreve? Eu nem sequer o conheço...

Chocado o homem respondeu-lhe:

- Bem, minha senhora, eu pensei que depois de ter recuado e me ter desapertado a braguilha três vezes, bem, pensei que já éramos pelo menos amigos...

Sessão Abertura Ano Judiciário

Com que vontade gostaríamos de dizer isto e gritá-lo bem alto, mais que não fosse para tirar toda a raiva que temos dentro de nós... estou errado ???!!!

sábado, 16 de abril de 2011

Jazz Standards (X)

O que é um “Jazz Standard” ?

Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem ser muito variar muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:
“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.
… e …
Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.
Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

Tenderly (#26) – Música de Walter Gross e Letra de Jack Lawrence

No início dos anos 40 o pianista Walter Gross escreveu uma melodia, conhecida, informalmente, como “Walter’s Melody” que ele tocava entre amigos. Um dos amigos de Gross, a cantora Margaret Whiting, apresentou-lhe o letrista Jack Lawrence que, por sua vez, escreveu a letra para canção. Gross opôs-se, inicialmente, ao título de “Tenderly” para a composição, alegando que o título soava intencional para um artista, mas acabou por aceitá-lo.

Nat King Cole (Montegomery, 17-03-1919 — Santa Mônica, 15-02-1965) & Oscar Peterson (Montreal, 15-08-1925 - 23-12-2007) (Trio) – O trio era composto, eventulmente e aqui por Irving Ashby (guitarra), Ray Brown (contrabaixo) e Oscar Peterson (piano).


Letra (versão de Nat King Cole)

The evening breeze caressed the trees tenderly
The trembling trees embraced the breeze tenderly
Then you and I came wandering by
And lost in a sigh were we
The shore was kissed by sea and mist tenderly
I can't forget how two hearts met breathlessly
Your arms opened wide and closed me inside
You took my lips, you took my love so tenderly
Your arms opened wide and closed me inside
You took my lips, you took my love so tenderly
You took my lips, you took my love so tenderly

Ella Fitzgerald (Newport News, 25-04-1917 — Beverly Hills, 15-06-1996) – Em Itália, para a Rai Tre (RAI 3), no “La Bussola Club”, em 1960.


Letra (versão de Ella Fitzgerald)

The evening breeze caressed the trees, tenderly
The trembling trees embraced the breeze tenderly
Then you and I came wandering by
and lost in a sigh were we
The shore was kissed by sea and mist tenderly
I can't forget how two hearts met breathlessly
Your arms opened wide
And closed me inside
You took my lips, you took my love,
You took my lips, you took my love, so tenderly

Miles Davis (Alton, Illinois, 26-05-1926 — Santa Monica, California, 28-09-1991) – Do álbum "Miles Davis Live at Birdland 1951-53", com Miles Davis (trompete), Sahib Shibab (Saxofone barítono) e Wade Legge (piano).


Chet Baker (Yale, Oklahoma, 23-12-1929 – Amsterdão, 13-05-1988)

Fábula “Mouseland” Tommy Douglas

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Thomas Clement "Tommy" Douglas (Falkirk, Escócia, 20-10-1904 – Ottawa, Canadá, 24-02-1986) - Foi um pastor batista de origem escocesa que virou um proeminente político social-democrata no Canadá. Como sétimo primeiro-ministro da província de Saskatchewan de 1944 a 1961, pelo partido Co-operative Commonwealth Federation (CCF), liderou o primeiro governo socialista da América do Norte e introduziu o modelo de saúde pública universal no Canadá. Quando o Co-operative Commonwealth Federation (CFC) se uniu ao sindicato Canadian Labour Congress para formar o Novo Partido Democrático (New Democratic Party - NDP), Douglas foi escolhido como líder do novo partido a nível federal, posto no qual serviu durante dez anos, até 1971. Ele é lembrado por sua sagacidade e oratória, através da qual expressou seu idealismo, exemplificado pela fábula da Mouseland.

Em 2004, Tommy Douglas foi eleito o maior canadiano de todos os tempos numa competição organizada pela emissora detelevisão Canadian Broadcasting Corporation. A sua candidatura foi defendida pelo repórter da CBC George Stroumboulopoulos. Em 2006, esta mesma emissora levou para o ar, a mini-série “Gigante da Planície”, que era “A História de Tommy Douglas”, feita em sua homenagem.

Aqui fica com legendas em espanhola, Tommy Douglas, proeminente activista político canadiano, e a sua fábula “Mouseland”.



Pat Metheny – De novo por cá (II)

(In Wikipédia ou http://www.patmetheny.com - Os excertos das biografias foram adaptados e traduzidos, o resto dos textos são da minha autoria – Ricardo Santos)

First Circle” (do álbum do grupo, intitulado “First Circle” de 1984), num espectáculo de um  canal da televisão italiana. Com Pat Metheny (guitarra), Lyle Mays (teclas), Steve Rodby (contrabaixo), Armando Marçal (percussão), Paul Wertico (bateria), Mark Ledford e David Blamires (vocais e outros instrumentos).



First Circle” (do álbum do grupo, intitulado “First Circle” de 1984), com a "Metropole Orchestra" ou "Het Metropole Orkest", e a voz de Fay Lovsky, gravado em 2003. É uma orquestra popular de jazz, de origem holandesa. Foi fundada em 1945 por Dolf van der Linden e é administrada e subsidiada pela "Netherlands Public Broadcasting". O nome do grupo foi sugerido por um dos músicos. Dolf van der Linden liderou durante 35 anos até sair em 1980. Foi substituído por Rogier van Otterloo, que conduziu a orquestra até 1998, altura da sua morte súbita. Dick Bakker herdou a batuta até 1995, altura em que o actual maestro Vince Mandoza assumiu a sua liderança.

Gravado no “Festival Norh Sea Jazz” de 2003 – Evento de três dias, na Holanda, e um dos melhores festivais internacionais de jazz na Europa. Ano após ano, os convidados nunca deixam de impressionar, e o fim de semana inteiro é soberbamente organizado. Todas as salas estão localizadas no interior do labirinto, que é o complexo do Centro de Congressos holandês, "Den Haag". Cada um dos dias do Festival atrai uma população de 22.000 ou mais amantes do Jazz, aqueles que simplesmente apreciam umas horas bem passadas.





Tintas e Pincéis (II) – Columbano Bordalo Pinheiro

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Columbano Bordalo Pinheiro (Lisboa, 21-11-1857 — Lisboa, 06-11-1929) - Foi um pintor naturalista e realista português. Columbano era o quarto filho do escultor e também pintor Manuel Maria Bordalo Pinheiro e de sua esposa Augusta Maria de Carvalho Prostes. Entre os seus irmãos encontrava-se o caricaturista Rafael Bordalo Pinheiro. Iniciou a sua formação na Academia de Belas-Artes de Lisboa, onde foi aluno de Simões de Almeida, um afamado escultor do romantismo português.


Anos após completar a sua formação, rumou a Paris, beneficiado por uma bolsa de estudos custeada pelo rei consorte D. Fernando II de Portugal, já viúvo da rainha D. Maria II de Portugal. Ali ele recebeu a influência de pintores como Manet e Edgar Degas, sendo esta notável na sua obra. Em Paris, na "cidade-luz", Columbano representou-se, em 1882, numa grande exposição, no famoso "Salon de Paris". Nesta apresentou ao público, maioritariamente burguês, o quadro “Soirée Chez Lui”, surpreendentemente aclamado pela difícil crítica de artes parisiense. De regresso a Portugal, juntou-se ao "Grupo do Leão", o qual tencionava renovar a estética das composições na arte do país. Deste período ficaram célebres os retratos de “Ramalho Ortigão”, “Teófilo Braga”, “Eça de Queirós” e “Antero de Quental”, por ele pintados. Para além disto, deu nova ênfase aos palácios lisboetas, ao pintar os painéis que se encontram na sala de recepções do Palácio de São Bento, os Painéis dos Passos Perdidos. Tornou-se, em 1901, professor de pintura histórica na Academia de Belas-Artes de Lisboa, onde se formara na sua juventude. Em 1914, Bordalo Pinheiro foi nomeado pelo novo regime republicano, então recentemente instaurado, para o cargo de director do Museu Nacional de Arte Contemporânea (1911), sucedendo a Carlos Reis.

As imagens (quadros) aqui publicados são:


Grupo do Leão retratado por Columbano Bordalo Pinheiro, em 1885, Óleo sobre Tela (200 x 300 cm), Museu do Chiado, Lisboa.


Um Concerto de Amadores (Soirée Chez Lui) (1882), Óleo sobre Tela (220 x 300 cm), Museu do Chiado, Lisboa.


Antero de Quental (1889), Óleo sobre Tela (73 x 53 cm), Museu do Chiado, Lisboa.


Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro (sobrinho) (1884), Óleo sobre Tela (? X ? cm), Museu do Chiado, Lisboa.


Teófilo Braga (1917), Óleo sobre Tela (128 x 100 cm), Palácio Nacional de Belém, Lisboa.


Auto-Retrato (nnnn) de data desconhecida, Óleo sobre Tela (92 x 69 cm), Museu do Chiado, Lisboa.







Relógio de Parede - Interacção Humorística (X)

Em 05-06-2009. Obrigado.

Relógio de Parede

José mostra orgulhosamente o seu novo apartamento a um amigo, após um jantar bem regado e longo.
Quando chegam à sala, o amigo repara numa tampa de panela, enorme, dependurada numa parede e pergunta:

- O que é aquilo ?

José responde:

- É o meu relógio !

- E como funciona ? - pergunta o amigo.

José pega num martelo e arregaça uma pancada enorme no gongo. De repente, ouve-se do outro lado da parede:

- Pró caralho, grandessíssimo filho da puta !!! SÃO DUAS HORAS DA MANHÃ !!!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Jazz Standards (IX)

O que é um “Jazz Standard” ?

Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem ser muito variar muito.

Então o que é um “standard” ?

Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:
“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.
… e …
Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.
Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

Embraceable You (#24) – Música de George Gershwin e Letra de Ira Gershwin
Em 14 de Outubro de 1930, no Teatro “Alvin” e durante a apresentação do musical “Girl Crazy”, Ginger Roders e Allen Kearns cantaram-na pela primeira vez. Embora este musical tenha marcado a estreia de Ginger Roders como actriz principal, foi a estreante Ethel Merman que teve sobre si os holofotes e “deitou a casa abaixo” com a canção “I Got Rhythm”.

Nat King Cole (Montegomery, 17-03-1919 — Santa Mônica, 15-02-1965) – Em 1944 para a “Capital Records”, pelo King Cole Trio, com Nat King Cole (piano e voz), Johnny Miller (contrabaixo) e Oscar Moore (guitarra).


Letra (versão de Nat King Cole) extensível a Chet Baker

Embrace me, my sweet embraceable you
Embrace me, you irreplaceable you
Just one look at you
My heart grew tipsy in me
You and you alone
Bring out the Gypsy in me

I love all the many charms about you
Above all, I want my arms about you

Don't be a naughty baby
Come to papa, come to papa do
My sweet embraceable you

Don't be a naughty baby
Come to papa, come to papa do
My sweet embraceable you

Chet Baker (Yale, Oklahoma, 23-12-1929 – Amsterdão, 13-05-1988) – Do álbum "Embraceable You" (1957), com Chet Baker (vocal), David Wheat (guitarra) e Ross Savakus (baixo).


 

Frank Sinatra (Hoboken, 12-12-1915 — Los Angeles, 14-05-1998)


Letra (versão de Frank Sinatra)

Embrace me, my sweet embraceable you
Embrace me, my silk-and-lace-able you
I'm in love with you, I am and verily so
But you're much too shy, unnecessarily so

I love all the many charms about you
Above all, I want my arms about you
Don't be a naughty baby, come to papa, do
My sweet embraceable you

I love all the many charms about you
Above all, I want these arms about you
So, don't be a naughty baby, come to papa, do
My sweet embraceable you

Manhattan Jazz Orchestra – Com a David Matthew's “Manhattan Jazz Orchestra” composta por, entre outros, Lew Soloff, Ryan Kisor (trompete), Chris Hunter, Chip Jackson, Jim Pugh (trombone), John Fedchock, David Taylor and Terry Silverlight.





Pat Metheny – De novo por cá (I)

(In Wikipédia ou http://www.patmetheny.com - Os excertos das biografias foram adaptados e traduzidos, o resto dos textos são da minha autoria – Ricardo Santos)

Are you going with me ?” (do álbum do grupo, intitulado “Offramp” de 1982) com Anna Maria Jopek (Varsóvia, 14 de Dezembro de 1970) cantora, música e produtora da Polónia. Anna Maria é filha de Stanislaw Jopek, vocalista do Mazowsze, um grupo folclórico polonês importante.
Formada em música Chopin de Varsóvia, participou pela Polónia no Festival Eurovisão da Canção 1997, com a canção "Ale jestem" que terminou em décimo primeiro classificado. Em seguida, transferiu-se por um curto período para Nova Iorque, onde estudou Jazz e tem realizado em vários eventos nas mais importantes. Em 2002 ela foi descoberta por Pat Metheny no álbum que acompanha "Upojenie".


Are you going with me ?” (do álbum do grupo, intitulado “Offramp” de 1982) com a "Metropole Orchestra" ou "Het Metropole Orkest", gravado em 2003. É uma orquestra popular de jazz, de origem holandesa. Foi fundada em 1945 por Dolf van der Linden e é administrada e subsidiada pela "Netherlands Public Broadcasting". O nome do grupo foi sugerido por um dos músicos. Dolf van der Linden liderou durante 35 anos até sair em 1980. Foi substituído por Rogier van Otterloo, que conduziu a orquestra até 1998, altura da sua morte súbita. Dick Bakker herdou a batuta até 1995, altura em que o actual maestro Vince Mandoza assumiu a sua liderança.

As gravações clássicas que vamos exibir durante 5 semanas, são do “Festival Norh Sea Jazz" de 2003. Evento de três dias, na Holanda, e um dos melhores festivais internacionais de jazz na Europa. Ano após ano, os convidados nunca deixam de impressionar, e o fim de semana inteiro é soberbamente organizado. Todas as salas estão localizadas no interior do labirinto, que é o complexo do Centro de Congressos holandês, "Den Haag". Cada um dos dias do Festival atrai uma população de 22.000 ou mais amantes do Jazz, aqueles que simplesmente apreciam umas horas bem passadas.


Man and God - Interacção Humorística (IX)

Em 05-06-2009. Obrigado.

O Homem e Deus

Man - God, my dear God and creator, are you there ?
God - Yes ?
Man - Can I ask you something ?
God - Of course !
Man - What is for you a million of years ?
God - A second.
Man - And a million of dollars ?
God - A penny.
Man - God, can you give me a penny ?
God - Wait a second...