Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

De facto Boa Música – Vocal Jazz (I)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos).

Madeleine Peyroux (1973 – 20xx) – Peyroux (pronuncia-se como o país Perú) nasceu em Atenas, Georgia e cresceu entre Brooklyn, Califórnia do Sul e Paris. Foi na “cidade da luz”, como vulgarmente é conhecida a capital da França que ela encontrou a sua voz. Quando jovem ela tocou na rua e em 1989 ela começou a actuar com um grupo de “buskers” (pessoas que tocam em cidades a troco de dinheiro). Nessa altura ela juntou-se ao grupo “Lost Wandering Blues & Jazz Band” tornando-se a única mulher do grupo, o qual fez digressões pela Europa durante alguns anos. Madeleine faz a sua primeira gravação em 1996, com o seu espectacular primeiro álbum “Dreamland”.
Madeleine foi confrontada com um verdadeiro caudal de críticas. Foi comparada com Billie Holiday. Muitos se questionaram como alguém tão novo conseguia cantar canções clássicas de Holliday, Bessie Smith e Patsy Cline, tão convincentemente, como se fossem suas. A revista “Time Magazine” disse de Peyroux, quando da saída do álbum “Dreamland” que era a jovem cantora com a voz mais excitante e envolvente na ribalta desse ano.
Madeleine, a americana que vivera em Paris, como cantora de rua, de repente encontra-se no caminho correcto para a fama. Aparições em “Lilith Fair” e festivais de “jazz”, e primeiras partes nos concertos de Sarah McLachlan e Cesária Évora. Entretanto o álbum “Dreamland” chegava às impressionantes 200.000 cópias mundiais. Oito anos depois edita “Careless Love” na editora “Rounder Records”, em Setembro de 2004. São já seis álbuns, de 1996 a 2009. O último “Bare Bones” saíu em 2009.

Tema “Half the Perfect World”, de 2006, do seu quarto álbum de estúdio. Composto por Leonard Cohen e Anjani Thomas.



Tema “Careless Love”, de William C. Handy, Martha Koenig e Spencer Williams, composto em 1926. Do seu álbum com o mesmo nome, em 2004.



Tema “A Little Bit” de 2006, do seu quarto álbum de estúdio. Composto por Madeleine Peyroux, Larry Klein e Joe Harris.



Tema “This Is Heaven To Me”, composto por Frank Reardon–Ernest Schweikert. Do seu álbum “Careless Love” (2004).

Sem comentários:

Enviar um comentário

Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!